Cassação na Câmara de Cuiabá. Devassa no Senado Federal. Na Assembléia de MT, todavia, o deputado Geraldo Riva mantém seu domínio inquestionável, protegido por uma espécie de pacto mafioso - o pacto dos caititus.
Cassação de Ralf Leite na Câmara de Cuiabá. Comissão Processante contra Luteno na Câmara de Cuiabá. Bate-bocas históricos no Senado, estrelados por Collor, Pedro Simon, Renan Calheiros e o Tasso Jereissati, propiciando à população compreender o que vai pelos desvãos da política parlamentar.
O que acontece neste Brasil, hoje em dia, é auspicioso. Sinto que lá, em Brasília, aqueles parlamentares todos que se agridem, de repente estão todos com razão. Que se cassem todos eles. Seria até bom começar a reduzir esta máquina parlamentar, reduzir esta onerosa estrutura parlamentar na Capital Federal. É auspicioso viver nesta democracia, onde todos as caixas pretas vão sendo abertas, todos os esgotos vão sendo alvo de uma depuração, e a nação é levada a refletir sobre seus destinos.
Fico lastimando, aqui no meu canto, o silêncio e o cumpradrio que impera, infelizmente, na Assembléia Legislativa de Mato Grosso, dominada pelo deputado Geraldo Riva. Lá, não existe reação. Lá impera uma sub-espécie do pacto mafioso, o pacto dos caititus. Roberto França, Sérgio Ricardo, Alexandre César, Daltinho, Dal Bosco, o Portugues, o Ademir Bruneto, o Percival Muniz, o Maksuês Leite, o Carlos Brito, o Piveta, o Gilmar Fabris, etc, etc, são todos caititus que fazem força não para denunciar, mas para calar qualquer investigação sobre os intestinos de nosso parlamento estadual.
Ah, como seria bom se algum daqueles deputados apontasse um dedo para Geraldo Riva e falasse dos seus processos mais de cem processos, dos pedidos de afastamento e de condenação do deputado Riva que correm surdos na Justiça, a pedido do Ministério Público, apontando um possível desvio de recursos públicos que pode chegar à assombrosa quantia de mais de 120 milhões de reais.
Seria bom se um dedo se levantasse contra Riva, pelo menos um dedo. Mesmo que fosse um dedo sujo.
Fonte: Pagina do Enock