segunda-feira, 10 de agosto de 2009

FRAUDES NO PAC

Veja Relação Completa dos Presos



Sanecap é o alvo principal das investigações da operação policial



RAMON MONTEAGUDO / BRUNO GARCIADA SEDE DA PF




A Polícia Federal desencadeou, na manhã desta segunda-feira (10), a Operação Pacenas, de combate a fraude em processos licitatórios envolvendo recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).




Os empresários Carlos Avalone, da Construtora Três Irmãos; Jorge Pires de Miranda, da Concremax, que forma o Consórcio Cuiabano, junto com a Gemini, de Anildo Lima Barros, já estão na sede da Polícia Federal. Informações dão conta de que o procurador José Antônio Rosa, da prefeitura de Cuiabá, também está na PF.




Serão cumpridos 11 mandados de prisão e 22 de busca e apreensão em Cuiabá. Serão cumpridos também cinco mandados de busca e apreensão em São Paulo, três em Goiânia e um no Distrito Federal.




As investigações iniciaram em 2007, na Superintendência de Polícia Federal em Mato Grosso, por meio de denúncias do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público da União e do Estado.




A fraude se dava por meio de indução nos editais de cláusulas que direcionavam determinadas empresas por meio de cláusulas consideradas restritivas. Denúncias anônimas davam conta de que as empresas já eram vencedoras das licitações mesmo antes do procedimento licitatório, pois os concorrentes ajustavam o conteúdo das propostas previamente, oferecendo pagamentos em dinheiro e parte dos contratos firmados com a Prefeitura.




As empresas integrantes do esquema contam com grande força política, sejam por pertencerem a políticos conhecidos em Mato Grosso ou por intenso contato de seus proprietários com políticos municipais.




Foram encontradas várias irregularidades em fiscalizações relatadas pelo TCU: falta de parcelamento do objeto, preços acima dos praticados no mercado, atestados técnicos que extrapolam a análise qualitativa entre outros.




Os envolvidos responderão pelos crimes de fraude à licitação, advocacia administrativa e formação de quadrilha. As penas variam de detenção de três meses até a reclusão de 3 anos além de multa.




O nome da operação é uma referência à empresa pública responsável pelos procedimentos licitatórios. Lido ao contrário, o nome Sanecap torna-se Pacenas.




Fonte: Midia News