
( GERALDO ALMENDRA )
VEREADORES DÃO “BOLO” E FOGEM DE REUNIÃO COM MCCE.
A reunião prevista para ocorrer a nove horas da manhã de sábado (24/10) entre o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e os vereadores da Comissão Processante do caso Lutero Ponce (PMDB), não aconteceu. A agenda (data) havia sido estipulada pelos próprios parlamentares para a manhã de sábado, na Câmara de Vereadores de Cuiabá, às 09h00.
Por volta das 08h30 da manhã o Coordenador Estadual do MCCE, Antonio Cavalcante Filho (Ceará) e o advogado Vilson Nery chegaram à câmara, conforme o combinado, para apresentar documentos e requerimentos aos parlamentares.
Porém nem Francisco Vuolo (PR), nem Lueci Ramos (PSDB) e menos ainda o relator, Ludio Cabral (PT) compareceram, e nem justificaram a ausência, na reunião por eles marcada.
“Uma coisa me assombra”, disse o advogado Vilson Nery, “quando um cidadão ingressa com uma ação na Justiça, o magistrado recebe o advogado e as partes interessadas, pessoalmente, para discutir o andamento do processo. Porém a Comissão Processante se recusa a conversar com o MCCE que é o proponente do pedido de cassação, o ‘autor’ do processo. Isso tudo é muito estranho”.
Para o Coordenador do MCCE, Antonio Cavalcante Filho, durante esta semana haverá reuniões com entidades diversas, a fim de articular um modo de acompanhar o processo de cassação de Lutero Ponce. “Não podemos permitir que tudo (o processo) acabe em simulação, enganação, jogo de cena (arquivamento por decurso de prazo). Pelo que pudemos observar há uma insistência de Lutero em desqualificar o trabalho da polícia. Porém o Tribunal de Justiça abriu processo criminal contra Chica Nunes (PSDB) e Lutero Ponce (PMDB) pelas mesmas práticas com relação ao uso de dinheiro público. Será que todo mundo está errado e somente Lutero com a razão?”, indaga.
Não está descartada uma mobilização semelhante à lavagem da assembléia legislativa e uma convocação para participação popular, nos moldes da manifestação que acompanhou a cassação de ex vereador Ralf Leite.
Sobre o ‘bolo’ dos vereadores, Ceará prefere acreditar que os três ficaram doentes ou tiveram problemas graves para não comparecer a reunião. “Até nascimento de criança tem sido justificativa para atrasar a cassação do Lutero”, lembra o militante.