"Ainda vivemos em um país onde as leis existem para a corte, para beneficiar a corte e ao povo, pão, circo e o rigores da lei".
por Adriana Vandoni
O texto abaixo é do Josias de Souza e pouco há a complementar, apenas a observação de que Paulo Maluf está certo e começo a crer que a Justiça brasileira existe para servir a esse tipo de brasileiro. Ontem o Tribunal Superior Eleitoral absolveu dois deputados de Mato Grosso. Uma estadual enxotada da Assembléia nas últimas eleições e um federal, Pedro Henry, que dentre seus feitos pelo país está a participação ativa no mensalão. Ele é um dos quarenta da quadrilha, como denominou o ministro do STF Joaquim Barbosa. Ambos, segundo o Tribunal Regional de Mato Grosso, cometeram crime eleitoral. Compravam votos em uma comunidade carente ou algo que o valha. Mas o TSE entendeu que não. Pouca diferença faria. Estamos no último mês do último ano do mandato. Mandato que eles cumpriram integralmente graças a liminares concedidas.
Existe liminar para que um suposto seqüestrador continue seqüestrando? E para um traficante, existe? A enfermeira que por uma série de erros em cadeia administrou vaselina no lugar de soro e matou uma criança, terá liminar para continuar exercendo sua profissão até que a culpa seja esclarecida?
Este Brasil é hipócrita! É uma República de bandidos!
Ou será que o dinheiro supostamente desviado por um deputado ou prefeito, senador, governador ou presidente, não contribui para que nossos hospitais sejam deficientes, para que os profissionais da saúde tenham salários baixos e condições de trabalho estafante, e enfim para que crianças morram em função do atendimento? É claro que o dinheiro roubado faz falta exatamente para essa população que depende deste deplorável, corrupto e hipócrita Brasil.
Ainda vivemos em um país onde as leis existem para a corte, para beneficiar a corte e ao povo, pão, circo e o rigores da lei.
‘Eu Sempre acreditei na Justiça’, declara Paulo Maluf
A reincidência com que Paulo Maluf é absolvido comprova: no Brasil, nada é mais suspeito do que um prontuário absolutamente limpo.
Um dia depois de o TJ-SP ter branqueado sua ficha, Paulo Maluf veio à boca do palco para dizer: “Eu sempre acreditei na Justiça”.
Maluf não acorreu aos refletores voluntariamente. Em visita ao gabinete de transição, avistou-se com Michel Temer, o vice eleito.
Escondeu-se na entrada. Mas viu-se compelido a sair pela porta da frente, dando de cara com os repórteres:
“Eu entrei por outra portaria e o rapaz me fez vir por aqui. Hoje eu não estou falando. E também nem estou ouvindo”.
Melhor assim. Certas ocasiões, por inexplicáveis, dispensam maiores explicações.
Fonte: Prosa e Política
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