“Nem a Câmara e nem o Controle Interno da Prefeitura dão conta de sanar essas irregularidades, não têm capacidade ou interesse de investigar"
por Rojane Marta/VG Notícias
Após ter denúncia contra vereadores várzea-grandense negada pela Câmara municipal, o Movimento do Combate a Corrupção Eleitoral (MCCE), requereu no Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT) uma Tomada de Contas Especial da Casa de Leis e da Prefeitura municipal. O procedimento é previsto na lei que criou o Tribunal e no regimento interno da Corte de Contas.
A Tomada de Contas Especial será referente a excesso de servidores comissionados, existência de servidores fantasmas, locação de maquinários por troca de favores, e locação de imóveis para favorecimento de conselheiros e ex-conselheiros do TCE/MT.
Sobre a existência de ‘servidores fantasmas’, o Movimento questiona o fato de receberem salários públicos sem comparecer ao trabalho – o que gera prejuízo à Câmara de Vereadores e Prefeitura municipal.
Além dos ‘fantasmas’, o MCCE questiona também, o excesso de locação de imóveis para abrigar entidades municipais – que segundo eles, há fortes indícios que estas locações estariam atendendo interesse de familiares de conselheiros e ex-conselheiros do TCE/MT, os quais estariam impedidos de julgar as contas públicas do município.
Outro fator questionável pelo Movimento é a locação de máquinas, caminhões e veículos. Para o coordenador do MCCE, Antonio Cavalcante Filho – popular Ceará, as locações fugiram do controle da administração municipal, e que tal feito estaria beneficiando alguns políticos.
“Nem a Câmara e nem o Controle Interno da Prefeitura dão conta de sanar essas irregularidades, não têm capacidade ou interesse de investigar. Desse modo o Tribunal de Contas deve intervir, investigando os ‘servidores fantasmas’, o possível desvio de finalidade na locação de imóveis e as simulações de aluguel de máquinas, que podem estar servindo para troca de favores”, declarou.
Quanto à recusa dos vereadores em investigar seus companheiros de parlamento, Wanderley Cerqueira(PR) e Isabela Guimarães (DEM) – acusados de empregarem pessoal de modo irregular em seus gabinetes, o advogado do MCCE, Vilson Nery, diz que estranhou o comportamento dos parlamentares.
“Estranha é a pressa em querer mandar tudo ‘pra baixo do tapete’, negando a instauração do processo de investigação. Só queremos ajudar a melhorar a imagem daquela Casa”, enfatizou Nery.
O Movimento requereu na tarde da última quinta-feira (28.04) que a Casa de Leis forneça uma cópia da ata da sessão que negou a instauração de Comissão Processante contra os vereadores, e também cópia digital dos registros de áudio e vídeo. “Vamos ao Judiciário para garantir a transparência quanto ao uso das verbas públicas”, disse o advogado do MCCE.
Fonte: VG Notícias
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