"Responde a pelo menos 120 processos, a maior parte deles por improbidade administrativa, corrupção, peculato e outras acusações gravíssimas às quais o eleitor matogrossense parece isensível". (Fábio Pannunzio)
Riva comemorou seu retorno a Assembléia depois de cassado duas vezes pelo TRE.
Quem enche as burras com grana pública graças ao patrocinio de poder comandado por político super-denunciado por corrupção, o que é? No caso de Becari, Dorileo, Melatti, Sérgio Ricardo, Antero e tantos outros, temos empresários e politicos de sucesso!
Da pagina do E
Viver em Mato Grosso é alegre e triste. A lista da vergonha, divulgada pela Ong Moral, graças a uma decisão do Tribunal de Justiça, que obrigou o Legislativo estadual a abrir, ainda que parcialmente o seu livro-caixa, revelou que, em Mato Grosso, a Assembléia Legislativa está botando dinheiro público pelo ladrão (eu disse ladrão? Pois disse-o muito bem!) financiando as aventuras jornalisticas dos mais variados espécimes do empresariado e do jornalismo mato-grossense. Em 2010, foram mais de 17 milhões distribuídos às empresas e às iniciativas comerciais comandadas por empresários e políticos e jornalistas espertos e de muito sucesso como os senhores Dorileo Leal (A Gazeta), Roberto Donner (Tv Rondon), Zilmar Melatti (Tv Centro América), Antero Paes de Barros (PNB on Line), Isabela Corrêa (Folha do Estado), Luis Carlos Becari (TV Cidade Verde e rádio Jovem Pan), Sérgio Ricardo (jornalista e deputado estadual PR), Maksuês Leite (TV Cuiabá e O Documento) e tantos e tantos outros que são figuras exponenciais do nosso empresariado, das nossas empresas jornalisticas, verdadeiros pais da pátria, dignos detentores de todos os prêmios, todos eles "Top of Mind", porque, evidentemente, o empresário João Pedro Marques (revista RDM) também está neste grupo de tanto destaque.
Quem enche as suas burras com o suado dinheiro do contribuinte, sem que o contribuinte perceba, graças à complacente convivência com um político super-denunciada por corrupção, como é que deve ser chamado? Aqui em Mato Grosso, o nome deste político é José Geraldo Riva, deputado estadual, duas vezes cassado por corrupção eleitoral, em 2010, pelo Tribunal Regional Eleitoral, mas que continua exercendo permanente e estranho fascínio sobre os capitães de indústria de nosso Estado e também sobre o empresariado que comanda as nossas empresas de comunicação, encarregadas de manter nosso povo bem informado sobre tudo e sobre todos que ameaçam os cofres públicos. Segundo o Ministério Público Estadual, que ainda não está inteiramente dominado, José Geraldo Riva é uma dessas ameaças vivas e ativas ao erário. Só que há muito tempo o caso Riva só entra nas pautas jornalísticas ocasionalmente, na grande, na média e na pequena imprensa mato-grossense. Quase todo mundo, no jornalismo mato-grossense, gosta de dizer que Riva é um fenômeno de charme, de astúcia, de habilidade, de traquejo, de competência política. E deve ser mesmo, para conseguir estabelecer essa quase unanimidade em praticamente todos os setores da vida de nosso Estado. Quem sou eu para desmentir e desmontar o establishment que adora o Riva!
Ainda esta semana, vimos o deputado estadual Percival Muniz, líder do PPS e presidente do seu partido em nosso Estado, dizendo que José Geraldo Riva concentra a "Tropa de Elite da política de Mato Grosso" em sua figura. Se o pretenso líder da Oposição na Assembléia e no Estado se curva e bajula Riva desta maneira, por que é que alguém vai dar trela aos toscos argumentos alinhados nesta PÁGINA DO E?! Riva, todo mundo diz, é o Cara!
Eu só fico imaginando se esta imagem tão imaculada que alguns nos repassam sobre o Riva tem algo a ver com a permanente abertura dos cofres da Assembléia para patrocinar tantas e tão variadas iniciativas, nos mais diversos setores. O que a Ong Moral nos mostrou, graças a uma decisão da Justiça, que obrigou a Assembléia a abrir parte do seu livro-caixa, é que Riva, em matéria de propaganda, gasta mais do que o supermercado Modelo, do que a Coca-cola, do que a Gabriela, do que a Ginco, do que a Decorliz, do que os shoppings todos - e talvez, até, mais do que todos estes empreendimentos reunidos. Dinheiro que não é dele, que deveria ser investido com mais critério. Riva é um grande camarada para aqueles que evitam devassar os porões desta Assembléia Legislativa para a qual elegemos 24 deputados mas que encontrou um jeito mirabolante de sustentar 30 parlamentares, incorporando à sua folha mais não sei quantos suplentes, não sei quantos assessores, não sei quantos cabos eleitorais. Todos pagos pelo repasse de verbas que o Governo do Estado faz a Assembléia e que, como se viu na mais recente campanha eleitoral, foi por diversas vezes questionado por ser um repasse exagerado. Wilson Santos, Mauro Mendes e vários outros políticos, durante a campanha, bateram nesta tecla. Só que, passada a campanha, continua a rotina de remeter para a Assembléia milhões e milhões que poderia ser investidos em políticas públicas, em benefício de nosso povo.
E o pior é que esta gente que aparece na lista da Assembléia, também estará, certamente, na lista da Secom do Estado, na Secom da Prefeitura, na Secom de VG, e em muitas outras sinecuras. Tudo bem que os governos até anunciassem mas em níveis mais discretos e sem fazer desta propaganda instrumento de atrelamento de nossa midia. Digo isso e logo imagino: será que isso é possível
Quem enche as suas burras com o suado dinheiro do contribuinte, sem que o contribuinte perceba, graças à complacente convivência com um político super-denunciada por corrupção, como é que deve ser chamado? Pelo que se vê em Mato Grosso, o povo gosta de ver essa gente toda, que se reúne em torno de Riva, faturando tranquilamente a grana pública - afinal de contas, todo mundo lê A Gazeta, todo mundo curte a Tv Centro América, muita gente vota nos candidatos bancados pelo Becari, tem gente pra caramba que vai pra beira do rio Cuiabá abraçar os projetos pretensamente eleitoreiros de Sérgio Ricardo.
De acordo com as denúncias do Ministério Público Estadual, Geraldo Riva teria montado e organizado uma quadrilha, dentro da Assembléia Legislativa, para assaltar os cofres públicos. Isto está dito, literalmente, nos diversos processos ajuizados pelo MP contra Riva. O Ministério Público fala, processa, mas parece que ninguém dá crédito. Pelo que se vê, sobre este escandalo todo, só aparecem manchetes discretas. Eu idealizo que, no caso do Riva, toda vez que ele botasse a sua careca de fora, alguém deveria lembrar: está aí um homem denunciado pelo Ministério Público de desviar, junto com Humberto Bosaipo e mais vinte e tantos denunciados, uma quantia que pode chegar ao estratósferico montante de 500 milhões de reais. Mas qual! Ao invés de investigar Riva e ajudar no esclarecimento de todo este esquema, denunciado a partir da Operação Arca de Noé, que aconteceu há mais de 10 anos, quando Pedro Taques ainda era um ativo e respeitado procurador da República, os donos de jornais, os homens da televisão e dos sites, preferem faturar com o Riva, badalar o Riva, mamar gulosamente dos cofres da Assembléia, enquanto a saúde pública é um caos, enquanto as escolas estão fechadas por causa de uma greve de professores cansados de receber uma merreca como salário. Taí a lista divulgada pela Ong Moral que não me deixa mentir. São 17 milhões desperdiçados com propaganda, minha gente! Pelo que bem disse a Ong Moral, em seu comunicado, isto é dinheiro para calar a boca da turma.
Viver em Mato Grosso é alegre e triste. Neste Estado tem muita gente bonita, muita gente trabalhadora, uma Natureza exuberante. Mas tem também esse caso do rombo da Assembléia que nunca se esclarece, este rombo pela qual ninguém foi punido até agora, que me deixa entristecido. O que é que voce acha de tudo isso, ilustre leitor, caríssima leitora?
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Fonte: Pagina do Enock
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