domingo, 11 de setembro de 2011

A vítima 0001 dos atentados do 11 de Setembro:

A mensagem do Padre Mychal

Considerado a primeira vítima dos atentados do 11 de Setembro, Judge defendeu em vida os princípios da compaixão, não-violência e reconciliação.



Por Amy Goodman

No dia 11 de setembro de 2001, o saco com a inscrição “Vítima 0001” continha o cadáver do padre Mychal Judge, um capelão católico do Departamento de Bombeiros de Nova York. Quando soube do desastre no World Trade Center, Judge vestiu seu colarinho de sacerdote e o traje de bombeiros e correu em direção ao centro da cidade. Viu pessoas saltarem dos edifícios e encontrar a morte para evitar, assim, o inferno que acontecia a mais de 300 metros de altura. Às 9h59, a Torre Sul foi abaixo. É provável que a força da queda daquela massa de aço, concreto, vidro e humanos mais os escombros que chegaram ao chão tenha sido a responsável pela morte do padre. A sua morte foi a primeira registrada na manhã do atentado. O trabalho que realizou em vida deveria estar no centro das comemorações do décimo aniversário dos atentados do 11 de Setembro: paz, tolerância e reconciliação.

Uma das primeiras vigílias realizadas neste ano foi em homenagem ao Padre Mychal. Cerca de 300 pessoas se reuniram no domingo em frente à Igreja de San Francisco onde Judge vivia e trabalhava, exatamente na mesma quadra da estação de bombeiros Ladder 24/Engine 1. A marcha seguiu o caminho final do padre até a Zona Zero. O homem que organizou a comemoração chama-se Steven McDonald, um ex-detetive da polícia de Nova York baleado em 1986. McDonald interrogava Shavod Jones, um jovem de 15 anos, quando este atirou, deixando o policial paralítico pelo resto da vida.

Falei com McDonald enquanto encabeçava a procissão em sua cadeira de rodas pela Sétima Avenida. Disse-me o que o padre Mychal significou para ele:“O padre Mychal foi um ser humano maravilhoso, muito carinhoso, compassivo, uma verdadeira testemunha da fé em Deus durante sua vida. É por isso que hoje estamos aqui reunidos”.

Judge conseguiu com que Jones falasse por telefone com McDonald e sua esposa. Da prisão, pediu-lhes desculpas. McDonald o perdoou. Após aprender a lição da reconciliação, o ex-detetive acompanhou Judge em uma viagem à Irlanda do Norte onde trabalharam juntos para ajudar a por fim à violência que açoitava o país.

O padre Mychal era muito conhecido entre os pobres e os desvalidos da Cidade de Nova York e de Nova Jersey. Ajudava aos sem-teto e às vítimas da AIDS. Como membro da ordem franciscana, vestia o tradicional hábito marrom e sandálias. Mas havia um segredo do qual ninguém desconfiava: era homossexual. Em um de seus diários, o sacerdote católico escreveu: “Pensei em mina homossexualidade e em como as pessoas que me conhecem nunca chegam a me conhecer por completo”. Os diários foram entregues ao jornalista Michael Daly pela irmã gêmea de Judge, Dympna, e aparecem no livro de Daly “A Bíblia de Mychal: A surpreendente vida e a heróica morte do Padre Mychal Judge”.

Brendan Fay é um ativista pelos direitos dos homossexuais de longa trajetória, de origem irlandés-estadunidense, amigo de Judge. Produziu um filme sobre o frei franciscano em 2006 chamado “Santo do 11 de Setembro” e está a ponto de terminar outro denominado “Recordando Mychal”. Fay falou nesta semana de seu amigo: “Foi um dos sacerdotes que fez parte da Dignity New York, uma organização de homossexuais e lésbicas católicos. Foi nosso ministro durante a crise da AIDS, quando havia bem poucos sacerdotes dispostos a servir a nossa comunidade”.

A primeira vez que entrevistei Fay foi em outubro de 2001, logo após a publicação de uma foto da Associated Press que mostrava uma bomba dos Estados Unidos prestes a ser lançada no Afeganistão. Na bomba, estava escrito a legenda “Sequestrem isso, putos”. A mensagem ofensiva obrigou as forças armadas a ordenar a seus marinheiros que escrevessem mensagens mais “positivas” em suas bombas.

No dia 20 de setembro de 2001, o Presidente George W. Bush pronunciou um discurso numa sessão conjunta do Congresso, que contou com sua famosa declaração: “Odeiam nossa liberdade”. Em seguida, deu boas-vindas a Lisa Beamer, viúva de Todd Beamer, o passageiro a bordo do Voo 93 da United a quem se escutou dizer “Ao ataque!” antes de se arremeter contra os sequestradores do avião. O companheiro de voo de Beamer, Mark Bingham, um jogador de rúgbi e consultor de relações públicas que também se somou à luta para evitar que os sequestradores utilizassem o avião como arma, era homossexual declarado, assim como David Charlebois, o co-piloto do Voo 77 da American Airlines, que colidiu contra o Pentágono.

Uma década mais tarde, Brendan Fay reflete sobre a vida de seu amigo: “Creio que, de alguma maneira, é muito importante que pensemos no lado humano de todas as pessoas que morreram no 11 de Setembro. O que podemos aprender com Mychal Judge, em meio a este inferno, guerra, maldade e violência, é que houve por aqui um homem que nos conduziu por outro caminho possível: o da compaixão, da não-violência e da reconciliação. Mychal Judge tinha um coração tão grande como Nova York. Havia lugar para todos nele. E creio que esta seja a lição que podemos aprender a partir de sua história”.

Fonte: Estratégia e Análise

Visite a pagina do MCCE-MT

Saiba mais:


As suspeitas sobre o 11 de Setembro

“Darei uma razão propagandística para começar a guerra, não importa se é ela plausível ou não. Ao vencedor não se pergunta depois se ele disse ou não a verdade”. Discurso de Adolf Hitler, em 25 de outubro de 1939, poucos dias antes da invasão da Polônia.



Por Altamiro Borges

Até hoje persistem dúvidas sobre o de que fato aconteceu na manhã de 11 de setembro de 2001. Naquele fatídico dia, dois aviões atingiram as “torres gêmeas” do World Trade Center, em Nova York, símbolo da ostentação capitalista; um outro destruiu parte do prédio do Pentágono, em Washington, símbolo do poder imperial; e um quarto caiu na Pensilvânia.

Segundo dados oficiais, estes atentados causaram a morte de 3 mil pessoas e comoveram o mundo. Mas eles também ressuscitaram a desgastada imagem de George W. Bush, eleito de forma fraudulenta no final de 2000, e lançaram o planeta na insana “guerra infinita” contra o “eixo do mal” – que contabiliza a morte de 700 mil iraquianos e de mais de três mil soldados ianques.

Alguns setores mais críticos, inclusive nos EUA, garantem que os atentados foram orquestrados de forma inescrupulosa pela própria equipe de facínoras do governo Bush, interessada em criar o clima de histeria para justificar as bárbaras invasões do Afeganistão e Iraque. A comparação com o nazista Adolf Hitler é inevitável.

Outros, menos conspirativos, afirmam que eles foram funcionais aos planos expansionistas do imperialismo. Apresentam várias provas que confirmam que o governo dos EUA nada fez para evitar os atentados, mesmo sabendo previamente do risco iminente. Razões para tão graves e espantosas suspeitas existem. Não são meras especulações dos críticos mais radicais do ex-presidente-terrorista George W. Bush.

Relações intimas com os Bin Laden

Afinal, são conhecidas as antigas e intimas relações entre a dinastia Bush e a rica família de Osama Bin Laden, dona de uma das maiores construtoras do Oriente Médio. A primeira empresa de petróleo de George W. Bush, a Arbusto, inclusive foi financiada pela corporação do líder do grupo Al-Qaeda, culpado pelos ataques.

Não é para menos que no discurso em que anunciou a invasão do Afeganistão, Bush ordenou que se retirassem as referências à construtora árabe. Esta postura tão cordial diante desta fiel parceira nos negócios também pode explicar porque os familiares de Osama bin Laden foram retirados às pressas dos EUA, sem se sujeitarem às rigorosas normas de segurança dos aeroportos impostas no dia dos atentados.

Além disso, é público e notório que os setores mais agressivos do imperialismo já almejavam há tempos ocupar países estratégicos, preocupados com a grave crise energética e motivados pelo aumento do poder geopolítico dos EUA no planeta. Estas idéias já estavam presentes no governo de Bush-pai no documento Orientação da Política de Defesa (DPG), de 1992, que inclusive sugeria a invasão do Iraque.

Os atentados serviram somente de pretexto para reeditá-las, em setembro de 2002, na fascista Estratégia de Segurança Nacional (NSS). Os motivos para esta ação belicista e expansionista não tinham nada a ver com Osama Bin Laden, mas sim com as ambições do poderoso “complexo industrial-militar” que domina os EUA.

Alertas sobre os aviões-mísseis

Mas o que reforça a tese – seja da conspiração ou da razão funcional – são alguns fatos que antecederam os atentados. Hoje se sabe que, desde 1996, o serviço de inteligência interna, o FBI, já produzia relatórios alertando para o risco da Al-Qaeda usar aviões como mísseis em ataques suicidas nos EUA. Eles citavam que este grupo treinava pilotos no próprio território ianque e em outros países.

Em março de 1999, o serviço de inteligência da Alemanha (BND), forneceu à CIA o nome e o telefone de Marwan al-Shehhi, o terrorista que seqüestrou o vôo 175 da United Arlines e lançou o avião contra o World Trade Center. Ele mantinha contatos com o Mohamed Zammar, residente em Hamburgo, ativo militante da Al-Qaeda.

Cinco meses antes dos ataques, o próprio governo dos EUA avisara as companhias aéreas sobre o perigo do seqüestro de aviões para fins terroristas. Esta possibilidade foi comunicada diretamente ao presidente Bush nos primeiros dias de agosto de 2001, tanto pela CIA, que enviou um memorando advertindo sobre possíveis ataques, como pelo FBI, através do top-secret briefing do agente Kenneth Williamns.

O texto, datado de 6 de agosto, tinha como título “Bin Laden determinado a atacar dentro dos EUA”. Logo na sua abertura, o agente inclusive mencionava o World Trade Ceder como provável “alvo da ação terrorista”.

Ordem superior suspeita

O presidente George W. Bush manteve o conteúdo deste texto em rigoroso sigilo por quase três anos para que o país não soubesse que havia ignorado o alerta. Ele só se tornou público em abril de 2004, quando a sua ex-assessora de segurança, Condoleezza Rice, foi obrigada a ler o título do top-secret briefing numa seção do Congresso. Diante da denúncia bombástica, a Casa Branca ainda tentou desmentir as evidências.

Alegou que eram apenas especulações visando abortar os ataques ao Afeganistão e ao Iraque. Coisa de antipatriotas. Mas Eleanor Hill, antiga inspetora-chefe do Departamento de Defesa, confirmou no comitê parlamentar responsável por apurar falhas na segurança que a CIA, o FBI e outros serviços de inteligência dos EUA já tinham provas suficientes sobre os riscos de ataques da Al-Qaeda.

Um agente do FBI, que até hoje tem a sua identidade mantida em sigilo, ainda revelou ao comitê que seus superiores negaram, em 29 de agosto de 2001 – duas semanas antes dos atentados –, o pedido de prisão de Khalid Al-Midhar, um dos seqüestradores do vôo AA77, cujo avião foi lançado contra o Pentágono. Este havia participado de uma reunião da Al-Qaeda, na Malásia, 18 meses antes.

A CIA sabia da sua militância no grupo e seu nome constatava da lista de passageiros do avião-bomba. Stella Rimington, ex-chefona da MI5, agência de inteligência da Grã-Bretanha, revela em seu livro de memórias que estranhou o fato do governo estadunidense nada ter feito para reforçar a segurança nos aeroportos, já que eram conhecidos os relatórios da CIA e do FBI sobre os cursos em escolhas de aviação do país de militantes islâmicos.

“Uma junta de homens do petróleo”

Tamanho desprezo por informações tão alarmantes e graves é que leva várias pessoas a acreditarem que o ex-presidente-terrorista George W. Bush orquestrou macabramente os atentados ou, no mínimo, foi cúmplice dos ataques para viabilizar o seu projeto expansionista. Alguns até estranham o fato do plano de ocupação do Afeganistão ter sido anunciado apenas seis dias após os atentados, em 17 de setembro.

No documento de duas páginas e meia, classificado de top-secret, o presidente já detalhava a campanha de invasão do Afeganistão e dava ordens aos seus assessores para iniciarem o planejamento das opções militares de ataque ao Iraque. Tão lerdo diante dos inúmeros alertas; tão ágil na aplicação do seu sonho imperialista!

O premiado escritor Gore Vidal, que se auto-exilou após a invasão do Afeganistão, foi um dos que afirmou que os atentados serviram de pretexto para ambições econômicas. “Somos governados por uma junta de homens do petróleo. A maior parte deles é do ramo do petróleo – ambos os Bushes, Cheney, Rumsfeld e assim por diante. Eles estão no poder e este grande golpe irá beneficiá-los pessoalmente e [...] também vai beneficiar os EUA: que o país tenha acesso a esse imenso manancial de óleo da Ásia Central através de diversos oleodutos”.

“Durante muito tempo tratamos com o Talibã, mas seus homens se tinham tornado doidos e desmiolados demais, a ponto de tornar-se impossível tratar com eles. Então entramos no país para tentar estabilizar a situação, para que a Unocal (empresa de energia) possa construir o oleoduto”.

Fonte: Blog do Miro

Visite a pagina do MCCE-MT

Leia mais:

Cheney, Rumsfeld e a obscura arte da propaganda

A implosão das Torres Gêmeas no atentado do 11 de Setembro só não matou mais estadunidenses do que os Governos de Bush e Obama com suas guerras no Oriente Médio.



“Quando se mente, deve-se mentir grande e ser fiel a essa mentira”, escreveu Joseph Goebbels, o ministro da propaganda do Reich alemão em 1941. O ex-Vice-presidente Dick Cheney parece ter tomado o famoso conselho nazista em seu novo livro: “No meu tempo”. Cheney continua fiel a suas convicções em temas que vão desde a invasão do Iraque até o uso da tortura. Durante uma entrevista no programa Dateline da NBC News, o republicano falou sobre as revelações do livro: “Muitas cabeças vão rolar em Washington”. As memórias de Cheney seguem as de seu colega e amigo Donald Rumsfeld. Enquanto ambos promovem sua própria versão da história, há quem os desafie e os enfrente.

O título do livro de Rumsfeld, “Conhecido e desconhecido”, advém de uma resposta infame que deu durante uma conferência de imprensa no Pentágono quando ainda era ministro da Defesa. Em 12 de fevereiro de 2002, Rumsfeld tentava explicar a falta de evidências que vincularam o Iraque a armas de destruição em massa: “Há conhecidos que conhecemos, há coisas que sabemos que sabemos. Também sabemos que há conhecidos que desconhecemos, o que quer dizer que sabemos que há algumas coisas que não sabemos. Mas também há coisas desconhecidas que desconhecemos, aquilo que não sabemos que não sabemos”.

A enigmática declaração de Rumsfeld se fez famosa e emblemática por seu desdém aos jornalistas. É considerada um símbolo das mentiras e manipulações que levaram aos Estados Unidos à desastrosa invasão e ocupação do Iraque.

Uma pessoa que foi convencida graças à retórica de Rumsfeld foi Jared August Hagemann.

Hagemann se alistou no exército para servir seu país, a fim de fazer frente às ameaças que repetidamente o Ministro da Defesa mencionava. Quando o soldado estadunidense recebeu o chamado para mais uma missão (sua esposa não se lembra se era a sétima ou a oitava), a pressão foi demasiada. No dia 28 de junho de 2011, Jared Hagemann, de 25 anos, atirou em si mesmo na Base Conjunta Lewsi-McChord, próximo de Seattle. O Pentágono deu a entender que Hagemann morreu por causa de uma ferida de bala “auto-infligida”, mas ainda assim não chamou o fato de suicídio.

Jared ameaçou suicidar-se várias vezes. Não foi o único. Segundo informações, cinco soldados cometeram suicídio no Fort Lewis em julho. Estima-se que mais de trezentos mil soldados que voltaram da guerra padecem de transtornos por estresse pós-traumático ou depressão.

A viúva de Hagemann, Ashley Joppa-Hagemann, soube que Rumsfeld disponibilizaria exemplares de seu livro na base. Na sexta-feira, 26 de agosto, Ashley entregou a Rumsfeld uma cópia do programa dos serviços fúnebres em memória de seu falecido esposo. Ela me descreveu o encontro: “Disse-lhe que queria que visse meu esposo, e assim o conheceria, assim poderia lembrar-se do rosto de ao menos um dos soldados que perderam suas vidas em virtude das mentiras em relação ao 11 de Setembro”.

Perguntei-lhe sobre a resposta de Rumsfeld: “Tudo o que lembro é ele dizendo ‘Ah,sim! Ouvi algo disso’. Em seguida, fui acossada por um de seus seguranças pessoais, expulsa do local e advertida para não mais voltar”. Infelizmente, é o Sargento do Estado Maior Hagemann quem nunca mais vai voltar a sua esposa e a seus dois pequenos filhos.


Em uma entrevista para a NBC, Cheney afirmou ter desempenhado um papel na renúncia do então Secretário de Estado Colin Powell. Consultei a respeito junto ao ex-chefe de despacho de Powell, o Coronel Lawrence Wilkerson, que respondeu: “Pelos trechos que li, vale dizer que não li o livro inteiro, o que o vice-presidente disse de mais impactante é que teve algo a ver com o afastamento de Colin Powell de seu cargo em janeiro de 2005. Isso é um disparate total”.

Mais importante, no entanto, é a cobrança de Wilkerson para que os responsáveis por levar o país à guerra no Iraque sejam responsabilizados por seus atos, o que implicaria em um castigo a si mesmo. Um pilar central da invasão do Iraque foi o discurso de Powell em 2003 diante das Nações Unidas, em que expôs o caso das armas de destruição em massa. Wilkerson assume plena responsabilidade pela coordenação do discurso de Powell: “Infelizmente, e já reconheci diversas vezes publicamente e em particular, fui a pessoa que preparou a apresentação de Powell ante Conselho de Segurança das Nações Unidas. Provavelmente foi o maior erro da minha vida.
Lamento-o até o dia de hoje. Lamento não ter renunciando naquele momento”. Perguntei ao Coronel Wilkerson o que pensa de grupos como o Centro pelos Direitos Constitucionais e o advogado e blogueiro Glenn Greenwald que pediu o julgamento criminal de Cheney, Rumsfeld e outros funcionários do governo Bush. Respondeu-me: “Estaria disposto a testemunhar, e estaria disposto a enfrentar qualquer castigo que mereça”.

O Coronel Wilkerson ainda comentou sobre o livro de Cheney: “É um livro escrito sem medo. Sem medo de que um dia alguém faça de Cheney um ‘Pinochet’”. O Coronel Wilkerson se refere ao caso do ditador chileno Augusto Pinochet, que foi preso na Inglaterra e detido durante um ano antes de ser liberado. Um juiz espanhol queria que o extraditasse para julgá-lo por crimes contra a humanidade.
A poucos dias do décimo aniversário d0 11 de Setembro e enquanto aumenta o número de vítimas de todos os lados envolvidos no conflito, os livros de Rumsfeld e Cheney nos lembram mais uma vez qual é a primeira baixa da guerra: a verdade.

————————–

Denis Moynihan colaborou na produção jornalística desta coluna.
@2010 Amy Goodman

Texto em inglês traduzido por Fernanda Garpe y Democracy Now! em espanhol.

Esta versão é exclusiva de Estratégia & Análise para o português. O texto em espanhol traduzido para o português por Rafael Cavalcanti Barreto, e revisado por Bruno Lima Rocha.

Fonte: Estratégia e Análise

Visite a pagina do MCCE-MT