Greve de fome de Clayton Arantes diante do TJ é mais uma acusação explicita de marucataia no Judiciário e expõe o juiz Paulo Martini, de Sinop, e todo o Tribunal que não teria estrutura nem culhão para investigar seus magistrados
Clayton é jornalista e produtor rural em Sinop. Ele se diz vítima de uma máfia, que seria comandada pelo juiz Paulo Martini, de Sinop
Da Pagina Do Enock
O Judiciário de Mato Grosso parece que é cenário de uma patifaria sem fim. A denúncia da hora, parte de um produtor de Sinop, Clayton Arantes, que denuncia a existencia de uma máfia naquela comarca, que seria comandada pelo juiz Paulo Martini e envolveria também um grupo de advogados. Clayton iniciou greve de fome no TJ, contando com apoio da Ordem dos Advogados do Brasil e do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral. Tanto Cláudio Stábile, que comanda a OAB, quanto Antonio Cavalcante Filho, que comanda o MCCE, estiveram diante do prédio do TJ, onde Clayton armou sua barraca, para solidarizar-se com sua greve de fome. Confira o noticiário:
Clayton iniciou greve de fome no TJ, contando com apoio da Ordem dos Advogados do Brasil e do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral - MCCE-MT. Tanto Cláudio Stábile, que comanda a OAB, quanto Antonio Cavalcante Filho e Vilson Nery que comandam o MCCE-MT estiveram diante do prédio do TJ
Juiz teria recebido R$ 153 mil, denuncia produtor
O jornalista e produtor rural de Sinop (500 km de Cuiabá), Clayton Arantes iniciou nesta quinta-feira (20), uma greve de fome acampando em frente ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso, visando denunciar o juiz da 1ª Vara Cível, Paulo Martini, por venda de sentenças. Arantes acusa o magistrado de beneficiar advogados com decisões “esdrúxulas” e estaria recebendo dinheiro em troca.
O produtor está prestes a perder uma área de 968 hectares dentro de uma propriedade de 2.222 hectares, que sua família adquiriu em 1998. A negociação foi feita com o agricultor Adão Rodrigues, que vendeu a área por R$ 450 mil. Logo depois, Adão alegou ter perdido as notas promissórias e o pagamento foi documentado em recibo.
Anos mais tarde, o agricultor queria comprar parte da propriedade de volta, pagando em quatro parcelas. Efetuou apenas uma e voltou a cobrar a dívida de R$ 450 mil que já teria sido paga. A partir daí, o problema foi judicializado e Adão conseguir uma decisão do juiz Paulo Martini, para retomar a área.
Arantes acusa o juiz de ter recebido R$ 153 mil pela decisão favorável. “Decidi fazer esse movimento, porque me sinto injustiçado. Fui vítima de um juiz, que é líder de um grupo de mafiosos que atuam em Sinop. Um juiz corrupto e não posso como cidadão ficar de braços cruzados diante dessa situação”, afirmou.
De acordo com o produtor rural, Martini é conhecido em Sinop e região como “vendedor de sentença” e já responde vários processos, mas continua no cargo. “Ele deveria estar afastado do cargo há muito tempo, parte da população de Sinop já foi vítima desse juiz corrupto”, disse.
Arantes entrou com uma representação contra o juiz na Corregedoria do TJ. A assessoria de imprensa do departamento, afirmou que o caso está sendo investigado.
Barraca em que o produtor rural permanecerá enquanto durar a greve de fome/foto Midia News
Denúncias
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Stábile, afirmou que a entidade já recebeu várias denúncias contra o juiz e já pediu providências, "mas no âmbito do Judiciário Estadual nada foi feito para que o juiz deixe de cometer injustiças".
“O juiz que deveria ser o pacificador está sendo a causa de conflitos em Sinop e atinge toda a região que é pólo no Estado. Infelizmente ações como essa acabam manchando a imagem da magistratura”, afirmou.
Segundo Stábile, o Ministério Público Estadual já pediu o afastamento de Martini, mas o requerimento não foi acatado. O magistrado responde inclusive ação criminal e ainda continua no cargo.
Devidos as fracassadas tentativas na Justiça Estadual, a OAB vai à Brasília levar o caso ao conhecimento da corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, para algumas providências sejam tomadas.
Stábile afirmou que há indícios fortes de corrupção e que alguma providência precisa ser tomada.
fonte Mato Grosso Notícias
Saiba mais
Produtor acusa TJ de apoiar máfia do Fórum de Sinop
Diante de mais esta denúncia de Sinop e do que tem afirmado Eliana Calmon, cabe a pergunta: o que faz, no TJMT, o corregedor Márcio Vidal?
Marcos Coutinho/Olhar Direto
Uma 'máfia' composta por um grupo de advogados e juízes tem funcionado a partir do Fórum de Sinop (550 km de Cuiabá) e encontra respaldo até no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), denuncia o produtor rural Clayton Arantes, que começa hoje uma greve de fome em protesto contra arbitrariedades supostamente praticadas pelo juiz Paulo Martini, baseado naquele município.
"Essa máfia, esse grupo, tem funcionado no Fórum de Sinop, numa espécie de poder paralelo, e encontra apoio até mesmo no Tribunal de Justiça, que já deveria ter afastado esse magistrado (Martini)", acusa Arantes.
Na opinião do produtor rural, que também é jornalista, a complacência do Tribunal de Justiça com um juiz "corrupto" é preocupante e inaceitável. "É um magistrado notoriamente corrupto, notoriamente desqualificado, que lamentavelmente encontra apoio de alguns no Tribunal em Cuiabá", assinala Clayton Arantes.
O "apoio", pondera o produtor, se deve ao fato de os magistrados da cúpula do TJMT não terem punido Martini de forma exemplar diante as inúmeras denúncias já feitas contra o magistrado.
Em tom de desabafo e repúdio, Arantes foi enfático ao denunciar que o juiz Paulo Martini "oferece seus serviços publicamente a um grupo de advogados", e "joga na lama a imagem do Poder Judiciário de Mato Grosso.
"E eu jamais vou fazer negociatas com esse bando, com essa quadrilha. Todo mundo tem o direito de ter um julgamento justo e imparcial, mas isso não ocorreu em meu processo, no meu caso e de outras pessoas", declara.
FONTE OLHAR DIRETO
Leia mais:
Produtor diz que juiz Paulo Martini é "capo da Máfia"
Clayton Arantes iniciou protesto contra magistrado de Sinop, que ele classifica de "mafioso"
O produtor Clayton Arantes, que acusa o juiz Paulo Martini de vender sentenças/foto Midia News
RAMON MONTEAGUDO
DA REDAÇÃO
O produtor rural Clayton Arantes, de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá), iniciou há pouco, em frente ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso, uma greve de fome em protesto contra o juiz Paulo Martini, titular da 1ª Vara Cível da Comarca do município.
Arantes classificou o magistrado de "mafioso" e "vendedor de sentenças". "Como se pode apurar, Martini é um contumaz vendedor de sentenças do fórum de Sinop, como atestam várias outras denúncias. Ele é notoriamente corrupto e, inclusive, responde a processo no próprio Tribunal de Justiça, oriunda de uma denúncia do Ministério Público Estadual", afirmou.
Em duas placas, feitas em protesto pela situação e afixadas próximo ao local onde permanecerá acampado, Arantes clama "pelo fim das injustiças e corrupção no Poder Judiciário de Sinop".
Uma das placas usa a imagem de um dos "Irmãos Metralhas", personagem de história em quadrinhos que simboliza a corrupção.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Claúdio Stábile, esteve no local do protesto e afirmou que irá tomar providências para se apurar a postura do juiz.
Litígio
O protesto e a greve de fome são motivados pela transação comercial de uma propriedade de 2222 hectares, que fica entre os municípios de Sinop e Santa Carmem, que Arantes adquiriu em 1998 por R$ 450 mil.
Segundo ele, o ex-proprietário, Adão Rodrigues, entrou na Justiça para reaver 968 hectares.
"Hoje, a área sob litígio, está avaliada em 18 milhões. O fato é que a máfia comandada pelo juiz Paulo Martini entrou em um esquema e não reconhece o meu direito. Por isso, tive que partir para esse protesto radical para fazer valer meus direitos", disse.
O produtor afirmou que a propriedade recebeu investimentos nos últimos 14 anos. "Abrimos lavouras e usamos o título de propriedade para conseguir financiamentos junto a bancos e empresas, onde as matrículas da área foram hipotecadas como garantia de pagamento", explicou.
Segundo o produtor rural, a distribuição dos processos no Fórum de Sinop evidencia o "sistema de fraude liderado por Paulo Martini".
"No esquema há advogados que negociam com seus clientes causas consideradas perdidas. O vendedor de sentença oferece à parte o ganho de causa mas, para isso, terá que dividir parte do valor com o juíz e advogados", disse.
CNJ
O presidente da Ordem, Cláudio Stábile, afirmou que enviará ao Conselho Nacional de Justiça o pedido para que o juiz Paulo Martini seja afastado da Comarca de Sinop.
"A situação em Sinop está difícil, inclusive por causa da truculência do juiz no trato com os advogados. Me parece que o Tribunal de Justiça já poderia ter afastado esse juiz, mas não o fez. Então vamos cobrar uma solução de instâncias superiores", afirmou.
Fonte: Mídia news
Visite a pagina do MCCE-MT