SABOR DE BACALHAU
Da pagina do Enock
Não houve, é claro, nenhuma pergunta em aberto sobre as empresas
fantasmas que faturaram (e será que não continuam faturando?) milhões de
reais dos cofres da Assembléia. Ninguém tentou comparar a sorte de Riva
com as desditas de Bosaipo, atualmente afastando da condição de
conselheiro do TCE por conta do rombo calculado em mais de 500 milhões
de reais denunciado pelo Ministério Público no Legislativo estadual.
Será que os dois ainda se encontram e trocam figurinhas? Penso que
passou longe da imaginação dos repórteres comparar o controle,
atualmente muito denunciado, pelo Brasil afora, de Carlinhos Cachoeira
sobre políticos e governantes de div ersos partidos e diversos governos,
com a própria trajetória de Riva em Mato Grosso, onde teria
transformado a unanimidade dos parlamentares estaduais em seus
“caititus”, segundo a definição primorosa de um dos próprios caititus, o
deputado Percival Muniz que, nas horas de maior entusiasmo, procura
apresentar o seu PPS como um partido decente. Nada também sobre os
milhões que podem estar trocando de mãos, nestes dias, por conta de
alteração na composição do Pleno do Tribunal de Contas. No máximo, algum
papo em off, para mostrar que o acesso a Riva não é tão complicado
assim. Nesta quarta-feira, 17 de abril de 2012, Riva reuniu jornalistas,
segundo a minha delirante imaginação metafórica, para almoçá-los
sorridentemente na Cantina Itália – um dos restaurantes mais
conceituados de Cuiabá. Pelo que informaram, a turma se regalou com a
bacalhoada, muito vinho, a opção de um filé à parmeggiana e outras
iguarias e sobremesas de primeira. Parece que todo mundo comentou que
não haveria bola rasteira, só levantamento de bola para o gerentão da
Assembléia. Tudo que se falou de mais indiscreto, ficou reservado, dado o
cuidado, imagino eu, de não levar ainda maiores preocupações para nossa
população já tão sobressaltada com o noticiário político, cada vez
confundido com o noticiário policial. Riva é mestre em armar essas
comilanças, em que o prato de resistência, avalio, em minha santa
ignorância de blogueiro, é sempre a garantia de que as equipes de
reportagem jamais principalizarão as investigações sobre Riva, em Mato
Grosso, sempre adormecidas nas pautas de nossa grande mídia. A cachoeira
de escândalo de que o Ministério Público acusa o badalado parlamentar
continuará jorrando sob flashs e manchetes entusiasmadas. Confira o
noticiário e confira se alguém fez algum questionamento mais duro ao
político mais processado por corrupção, em Mato Grosso, apontado como
possível parceiro de outro bicheiro, o comendador Arcanjo, em
estrepolias identificas pelos promotores de Justiça a partir dos
documentos da Operação Arca de Noé. É que a vida sempre segue adiante.
(EC)
PSD defende que aliados abram mão de cargos para Silval fazer reforma administrativa
CLÁUDIO MORAES
Da Editoria
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual José Riva
(PSD), condicionou na tarde desta quarta-feira o retorno do PSD a base
política e administrativa do governador Silval Barbosa (PMDB) a uma
profunda reforma administrativa e também no secretariado. Com isso, ele
negou que o partido esteja se articulando para assumir os comandos da
Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa) e também Setpu (Secretaria de
Transportes e Pavimentação Urbana).
“É mentira que o PSD esteja procurando cargos. Se o Governo quiser
recompor com o PSD, só iremos iniciar a conversa após mudanças firmes”,
disse Riva, ao lembrar que o partido entregou os cargos em fevereiro num
gesto político para que o governador ficasse livre para promover
alterações no secretariado e reduzisse o tamanho da máquina pública
estadual.
Para Riva, o governador errou ao não promover as alterações. “O PSD
colocou a bola na marca do penalty, mas Silval bateu para fora”, citou,
ao defender que seja implantado um estudo para fusão e extinção de
secretarias que possuem finalidade similares.
De acordo com o parlamentar, existem alguns secretários no palácio
Paiaguás que estão desestimulados por estarem há vários anos nos cargos
desde a gestão do ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR). “Não
vou funalizar, mas existem secretários sem ânimo”, opinou.
Pacto entre aliados
Riva defendeu que os maiores partidos que compõem a base aliada do
Governo – PMDB, PP, PR e PT – abram mão das indicações políticas de
cargos para deixar o governador livre para alterações. “Os partidos
aliados precisam de desprendimento. Não podemos apenas jogar nas costas
do Silval a responsabilidade pela crise”, salientou, ao reconhecer que
atualmente a gestão “está distante da base”.
O parlamentar afirmou que o governador precisa agir urgentemente para
amenizar os impactos da crise provocada pelo déficit de R$ 1,2 bilhão.
Ele considerou que o governador pode errar se não enfrentar os problemas
que não foram gerados somente por este governo.
Em sua opinião, se houver o respaldo político, o governador promoverá
mudanças. “O Silval é um cara humilde e bem intencionado e precisa de
respaldo para fazer tudo que pensa”, sintetizou.
Riva lembrou que Mato Grosso foi um estado que teve um crescimento
vertiginoso sem planejamento. Ele condenou a Lei Kandir que arrebentou
os estados com produção primária como é o caso de Mato Grosso.
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PERDA DE OPORTUNIDADE
“Colocamos o governador na marca do pênalti e ele chutou pra fora”, diz Riva ao cobrar reforma administrativa
Presidente da Assembleia e secretário geral do PSD cobra “desprendimento” dos demais partidos da base aliada (PR / PT / PMDB) para permitir que Silval faça reforma
KLEBER LIMA
Hipernotícias
“Colocamos o Silval na marca do pênalti, mas ele chutou pra fora”. A
declaração é do presidente da Assembleia Legislativa, ao analisar o fato
de o governador Silval Barbosa (PMDB) ter perdido o ‘time’ (tempo) para
promover a reforma administrativa do Estado, quando o PSD lhe entregou
os cargos que ocupava no Governo. “Aquela ela a hora do governador
chamar os demais partidos e promover a reforma”, analisou.
Para José Riva, a reforma é fundamental, porque daria um novo
planejamento ao governo. Ele lembrou a experiência do governo Dante de
Oliveira, que, segundo ele, realizou uma reforma necessária, mas com
resultados duvidosos. “Tenho informação que aquela reforma tornou o
Estado mais caro do que antes, mas pelo menos causou uma boa impressão
na sociedade e no funcionalismo de que algo estava acontecendo”.
Mayke Toscano/Hipernoticias
Riva diz que Silval perde oportunidade por não promover a reforma administrativa aproveitando a entrega de cargos pelo PSD
José Riva reuniu jornalistas em almoço nesta quarta-feira (25). O
deputado insistiu durante o encontro que falta planejamento ao Estado, e
que esta também é uma responsabilidade da imprensa em alertar a
sociedade.
José Riva reuniu jornalistas em almoço nesta quarta-feira (25). O
deputado insistiu durante o encontro que falta planejamento ao Estado, e
que esta também é uma responsabilidade da imprensa em alertar a
sociedade. “Desde a época do Dante, e isso também aconteceu com o
Blairo, o governo dizia que Mato
Grosso crescia a taxas do tigres
asiáticos, sem considerar que não era apenas a economia que crescia, mas
as necessidades de investimento. Ninguém cobrava isso”, salientou.
O deputado afirmou que Silval precisa fazer um planejamento porque
Mato Grosso “é um rico-pobre, pois não explora suas potencialidades,
apesar do crescimento que tem registrado”.
Como exemplo ele citou o setor de base florestal e também o de
mineração. “Temos informação que na região de Colniza e Juína (Noroeste
do Estado) foram descobertas jazidas de pedras preciosas (kimberley) que
só tem na África, que representam cinco vezes o PIB (Produto Interno
Bruto) de Mato Grosso”. O PIB do Estado hoje é estimado em U$ 40
bilhões. Logo, o potencial mineral da região seria de U$ 200 bilhões.
SECRETARIAS
Riva enfatizou que a reforma administrativa não é um recurso retórico
apenas para troca de secretários, embora passe por elas. “Sinto que há
muitos secretários já cansados, desestimulados, que vivem reclamando das
limitações que enfrentam. Mas, o que o PSD propõe é uma reforma mesmo,
reavaliando a criação de secretarias, considerando a junção de outras,
dentro desse novo planejamento”.
Perguntado se o PSD tem interesse em alguma secretaria no momento,
Riva disse que não. “Nem Sinfra (na verdade, Setpu) nem Sefaz. Não
queremos cargos, queremos a reforma”.
GOVERNO SILVAL
Apesar das críticas, José Riva defendeu Silval Barbosa. Para ele,
Silval ainda não pôde montar um governo que seja a sua imagem e
semelhança devido aos acordos de campanha. “Essa é a contribuição do PSD
ao entregar os cargos e propor a reforma administrativa. Se os demais
partidos da base tivessem esse desprendimento, essa seria a oportunidade
do Silval criar um governo seu. Ainda dá tempo para fazer a diferença”,
frisou, referindo-se principalmente ao PR, PMDB e PT.
EDER MORAES
Sobre a crise política causada com a saída de Eder Moraes da
Secretaria Extraordinária da Copa, Riva foi mais cauteloso. Ele admitiu
que esteve presente na reunião entre a cúpula do Tribunal de Contas do
Estado (TCE) e o governador na segunda-feira da semana passada, mas
negou que tenham pedido a cabeça do ex-secretário.
De acordo com ele, “Eder é um grande executivo, mas também um grande
criador de problema”. Perguntado se sabia o motivo da demissão de Eder e
se concordava com a ida do ex-secretário para a Ager, Riva respondeu
com uma metáfora.
“Um amigo meu era casado havia 21 anos e não tinha uma boa relação
com a esposa. Um dia ele se separou da mulher porque uma camisa sua
estava com uma mancha. Acho que foi a gota d’água”, frisou, dizendo que
não deu e nem dará opinião sobre a readmissão de Eder no governo.
José Riva também defendeu a posição do vice-governador Chico Daltro,
presidente do PSD, que pediu ao governador Silval que tire a Ager da sua
responsabilidade, caso decida indicar Eder Moraes para a Agência.
“O Chico é uma das pessoas mais determinadas que conheço. Ele recebeu
essa missão de realizar a licitação (das linhas do transporte
intermunicipal) e investiu tudo nisso. Ele colocou ao governador, com
razão, que não queria mais ficar responsável pela Ager se for para lá
alguém que não tenha o mesmo compromisso com a licitação”, explicou.
Para Riva, a “licitação é necessária. É uma exigência da Justiça, do Ministério Público. Tem que ser feita”.
FONTE HIPERNOTICIAS
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Riva afirma que só aceita conversar com Silval sobre composições caso haja ampla reforma administrativa
Enquanto o governo estadual não fizer uma ampla reforma
administrativa, o PSD não aceita conversar sobre cargos e participação
no governo. A afirmativa é do presidente da Assembleia Legislativa e
secretário-geral da sigla em Mato Grosso, deputado José Riva (PSD), que
aponta também que o governador Silval Barbosa precisa agir rápido, antes
que seu governo seja engolido.
“Eu tenho uma ideia sobre o que é a reforma ideal. Faria uma revisão
em cada secretaria para ver o que é possível fundir para enxugar a
máquina. O PSD entregou os cargos que ocupava no governo e só aceita
discutir isso novamente depois que o Silval promover uma reforma”,
ressaltou.
Segundo o parlamentar, a necessidade urgente de o governo rever seus
conceitos não é só pela parte de enxugamento da máquina pública e
equilíbrio fiscal.
“Nós entendemos que tem secretário desestimulado com o fato de não
ter autonomia para trabalhar. Além disso, o governo está distante da
base”, declarou.
Para colocar em prática essa reforma, o social-democrata acredita que
o chefe do executivo tenha que contar com uma situação conjunta.
“Os partidos aliados tem que ter o desprendimento de conversar com o
governo e saber abrir mão de cargos. Não podemos jogar só nos ombros do
Silval esse estrangulamento. O que houve foi falta de planejamento,
crescimento desordenado do Estado. Eu sou parceiro do governo, quero
ajudar, não é porque tá ruim que nós vamos correr. Nós precisamos ajudar
o governo a dar certo”, finalizou.
FONTE OLHAR DIRETO
————————“Tem secretário muito ruim, que não faz nada, só reclama”
Deputado Riva diz que PSD não quer cargos e volta a defender reforma administrativa
RAMON MONTEAGUDO Do MIDIANEWS
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PSD),
voltou a criticar hoje (25) a postura do governador Silval Barbosa
(PMDB) em relação à questão administrativa do Estado. Segundo Riva, Mato
Grosso vive uma situação “preocupante” em vários aspectos, sobretudo o
econômico, que só terá saída se houver disposição para uma reforma
administrativa.
“Muitos falam que o PSD quer assumir a Secretaria de Transportes e
Pavimentação… Mas, repito: só vamos assumir cargos se houver uma
discussão maior, uma readequação em relação aos problemas
administrativos. Hoje o governo investe muito pouco em melhorias
sociais; está muito engessado”, disse, durante um almoço com a imprensa.
Enfático, Riva criticou a falta de comprometimento de parte do secretariado de Silval.
“Não vou citar nomes, mas tem secretário que não faz nada, só reclama
que não manda, que não tem autonomia, que o quinto escalão tem mais
poder que ele. Oras, tem que falar isso pro governador, tem que resolver
com ele, e não ficar reclamando nas ruas. Então, falta entrosamento na
equipe do Sival, tem secretários muito ruins, desestimulados”, disse.
Longe das bases
Segundo Riva, o governo também está distante das bases que o elegeram, sobretudo em relação aos municípios do interior.
“Eu cobro isso há tempos, mas infelizmente não funcionou. O
governador precisa repactuar, ir dialogar com as bases, explicar porque
prometeu obras e não consegue realizar. Tem que dar satisfação. Falar,
olha, eu prometi asfalto em Aripuanã, mas a situação econômica do Estado
é diferente da que eu imaginava, não dá para fazer. Então, precisa
apresentar alternativas. Por exemplo, numa situação dessas ele poderia
fazer uma parceria, doar diesel para os poderes locais, junto com a
sociedade organizada, arrumar as estradas. É um exemplo”, afirmou.
Riva reiterou que, apesar de o PSD não fazer parte da base de
sustentação política, tem se empenhado para dar um novo rumo ao Estado.
“Eu sou parceiro do governo. Eu quero ajudar. Não tem esse negócio de
correr porque a situação está ruim. Precisamos fazer o governo dar
certo, e não é por questões políticas. É porque a sociedade está
precisando desse respaldo”, afirmou.
Coragem
Questionado se faltaria “coragem” a Silval para adotar as medidas que
ele julga necessárias, Riva disse: “Não é essa a questão, de ter
coragem ou não. É um conjunto de situações, os partidos têm que ter
desprendimento, conversar com o governo, abrir mão de cargos, se
necessário. Precisam ajudar na condução de uma reforma administrativa.
Falo isso em relação a todos os partidos, o PSD, o PR, o PP, o PMDB,
todos”.
Ele considerou que as dificuldades atuais enfrentadas pelo Estado não são culpa do governo Silval.
“Não podemos jogar nos ombros dele esse problema que assola Mato
Grosso. Esse estrangulamento vem de décadas, da falta de planejamento
público dos últimos governos. A economia de Mato Grosso cresceu 10%, a
índices chineses… Mas ninguém se preocupou em fazer as escolas, os
leitos hospitalares e os empregos crescerem 10% ao ano”, disse.
Atitude
Em sua avaliação, o governador Silval Barbosa “insistirá no erro” se não tiver “atitude e enfrentar o problema”.
“Tem que enfrentar. Tem que mostrar para a sociedade que o governo
está fazendo a parte dele, reduzindo o custo da atividade meio para
poder investir mais na ponta, no cidadão. Hoje, o custo da atividade
administrativa é altíssimo. A folha de pagamento do setor da saúde é de
R$ 426 milhões. O cidadão está pagando imposto para o Estado pagar folha
de funcionários. Isso quer dizer uma coisa: zero de investimento”,
afirmou.
Ele citou, como medida que poderia ser adotada por Silva, a extinção e
a fusão de secretarias. “Fez sentido ter extinguido a Secretaria de
Infraestrutura e criado a Secretaria de Cidades e a de Transporte e
Pavimentação? Faz sentido a Secretaria de Esportes não fazer parte do
processo da Copa do Pantnal”, questionou.
“Então tem que fazer a reforma. Não somos donos da verdade, mas quero
ver alguém provar que estamos errados. Essa é a posição do PSD”, disse.
fonte MIDIANEWS
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