domingo, 6 de maio de 2012

Adams vê juízes do TRE vigiados e assediados como nunca



Alguém pode achar que uma eventual cassação do governador vai prejudicar as obras para a Copa. E daí? Não vivemos num sistema republicano, no qual a troca súbita de um mandatário deve ser um fato corriqueiro? Ainda mais afastar um governador fraco, titubeante e comandado por grupos de influência




Juízes do TRE assediados e vigiados como nunca


 

por ADEMAR ADAMS


Fiquei fora do estado por 10 dias sem acompanhar os acontecimentos locais e quando chego de volta encontro a política mais agitada do que nunca.

O fato de o processo que pode cassar o mandato de Silval ir à pauta na terça-feira, faz com que o burburinho corra como um rastilho. Foi só ligar o celular e as informações e especulações pipocarem.
Alguém me diz que tem juiz do TRE-MT sendo procurado com ofertas milionárias, dinheiro vivo mesmo. Dizem que o difícil é operar o esquema. O medo ronda tanto o corruptor quanto o possível corrompível.
Falaram-me até que algumas pessoas estão sendo seguidas de forma profissional. É que a inteligência da Polícia Federal e até a Abin teriam sido mobilizadas. Por traz de tudo, o Conselho Nacional de Justiça.

O que é verdade e o que é especulação, nunca vai se saber.

Nos sites de notícias tem gente dando pitaco, antecipando os votos. Fulano vota pela cassação, beltrano absolve, etc. Por exemplo: André Pozetti, jovem renovação da Corte, vem sendo questionado após decisão que favoreceu Riva na ação que pede a cassação dele por compra de votos em Campo Verde. Quero crer que esse jurista não vai sujar sua ficha logo no começo. Talvez no caso do processo do Riva esteja querendo evitar alegação de cerceamento de defesa.

A mim me preocupa a ausência do desembargador Rui Ramos, considerado muito ético e responsável pela moralização do Tribunal Eleitoral após os tenebrosos tempos de Stábile. Por que doutor Rui foi se ausentar logo numa hora destas?

Alguém pode achar que uma eventual cassação do governador vai prejudicar as obras para a Copa. E daí? Não vivemos num sistema republicano, no qual a troca súbita de um mandatário deve ser um fato corriqueiro? Ainda mais afastar um governador fraco, titubeante e comandado por grupos de influência.
Assim, terça-feira, oito de maio, vai ficar na história. E o povo vai estar lá para ver.

PMDB apostaria em Mauro contra Pedro Taques?

As especulações envolvem até Mauro Mendes, candidato da coligação que denunciou a fraude eleitoral armada pelo governador Silval. Dizem que o empresário vem sendo sondado para aliviar a pressão, em troca do apoio do PMDB nas eleições ao governo em 2014. Viria daí tibieza de Mendes na definição para a prefeitura.

Quanto a isso, não se pode duvidar de que o grupo político que venceu as eleições em 2010 esteja entregando os anéis para não perder os dedos. Preferem apoiar Mauro, para não ver Pedro Taques no Paiaguás. Mas quem, além de Riva, deve temer o ex-procurador?

Blairo Máqquinas

Em meio a tudo isso, vemos que também o ex-governador Blairo Máqquinas foi respingado pela agua suja do Cachoeira. Para mim, nihil novi sub sole, ou seja, isso não é novidade. A leniência de Blairo com a corrupção nos oito anos de governo, não teria sido mero descuido. O sojicultor que esteve de braço dado com todos os corruptos, deve ter nadado de braçada nesse mercado negro que suga as verbas públicas para os interesses privados.


Ademar Adams é jornalista em Cuiabá,MT


Saiba mais:


FIM DE REINADO: Silval pode ser cassado terça, dia 8



Por Enock Cavalcante


O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) vai decidir na próxima terça-feira (8) o processo que ficou conhecido como o “caso Empaer”, que pode custar a cassação do diploma do governador Silval Barbosa (PMDB). O pedido de cassação foi formalmente apresentado pelo Ministério Público Eleitoral.

Silval e o vice Chico Daltro (hoje no PSD) foram acusados pela coligação “Mato Grosso Melhor Pra Você” (PDT, PPS, PSB, PV, do candidato opositor Mauro Mendes) de uso irregular da máquina pública na campanha ao governo do Estado em agosto de 2010.

Consta da denúncia que, à época, o então presidente da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Social e Extensão Rural (Empaer), Enock Alves, enviou um memorando aos servidores convocando-os para uma reunião com o governador.

Muitos servidores só teriam ficado sabendo na hora de que se tratava, em verdade, de uma reunião política patrocinada pela coligação encabeçada por Silval, Blairo Maggi, Abicalil, Bezerra e outros caciques.

A ação que será julgada na terça-feira revela que as despesas com diárias e transporte teriam sido integralmente pagas pelos cofres estaduais para que servidores da pasta de diversos municípios mato-grossenses estivessem presentes.

No último dia 12, o Ministério Público Eleitoral protocolou no TRE parecer favorável aos pedidos de declaração de inelegibilidade e cassação dos diplomas do governador e do vice. “O abuso de poder político é evidente, razão pela qual é de rigor a procedência da presente demanda”, argumenta o Ministério Público.


Fonte Pagina do Enock 


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