terça-feira, 19 de junho de 2012

MPE pede suspeição do juiz Marcelo Barros no julgamento do processo que pode tornar José Riva inelegível


Ele é um dos julgadores da apelação 30107/2011 e de duas apelações de número 121201/2010 e 16587/2011 do Tribunal de Justiça e teve a suspeição solicitada pela procuradora Silvana Viana, como consta no protocolo 61851/2012 de 2ª instância.




Da Redação - Victor Cabral - Julia Munhoz/Olhar Direto

A procuradora Silvana Viana pediu a suspeição do juiz Marcelo Barros no julgamento do processo que pode tornar inelegível o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, nesta terça-feira (19). Marcelo Barros (foto) é um dos dez magistrados aposentados compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele se mantinha no cargo por força de uma liminar que foi derrubada na semana passada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), todavia, o presidente do tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rubens de Oliveira ainda não foi notificado pelo STF sobre o afastamento de Barros e dos outros 9 magistrados, com isto Marcelo de Barros ainda está apto a votar em seus processos.

Ele é um dos julgadores da apelação 30107/2011 e de duas apelações de número 121201/2010 e 16587/2011 do Tribunal de Justiça e teve a suspeição solicitada pela procuradora Silvana Viana, como consta no protocolo 61851/2012 de 2ª instância. Todas as apelações estão sob a relatoria do desembargador Luis Carlos da Costa. O desembargador no primeiro julgamento votou rejeitando todas as preliminares levantadas pela defesa do deputado Riva. Entretanto, o julgamento não foi concluído devido a um pedido de vista de um dos julgadores (faltam votar ainda dois julgadores).


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TJ pode tornar deputado José Riva inelegível em julgamento na terça

 

Nessas ações, mesmo o Ministério Público Estadual pedindo a extinção da punibilidade da formação de quadrilha pela prescrição, Luiz Carlos se mostra contrário durante a tese.

 

De Redação - Marcos Coutinho - Victor Cabral/Olhar direto

 

O presidente da Assembleia Legislativa pode se tornar inelegível na próxima terça-feira (19). Nesta data haverá a continuação do julgamento no Tribunal de Justiça da apelação 30107/2011 e de duas apelações de número 121201/2010 e 16587/2011.

Todas as apelações estão sob a relatoria do desembargador Luis Carlos da Costa, que na primeira já votou rejeitando todas as preliminares levantadas pela defesa do parlamentar. Entretanto, o julgamento não foi concluído devido a um pedido de vista de um dos julgadores (faltam votar ainda dois julgadores).


Essas apelações se referem às sentenças proferidas pelo juiz Luís Aparecido Bertolucci que ao julgar o caso em primeira instância condenou o parlamentar à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e à devolução de dinheiro ao erário.


Bertolucci está sob suspeição e, enquanto o TJ não decidir se é suspeito ou não, ele não poderá proferir decisões nos outros processos pelos mesmos fatos a que responde o parlamentar.


O voto preliminar do desembargador Luiz Carlos, relator das apelações de Riva, é um duro golpe nas pretensões eleitorais do presidente da Assembleia.


Luiz Carlos tem rechaçado as defesas do parlamentar, mesmo aquelas que têm concordância do próprio Ministério Público e dos demais julgadores. Nessas ações, mesmo o Ministério Público Estadual pedindo a extinção da punibilidade da formação de quadrilha pela prescrição, Luiz Carlos se mostra contrário durante a tese.


A tendência é que o voto do relator, desembargador Luiz Carlos, se repita nas outras apelações. Se o voto for acompanhado pelos demais membros, ao ter suas apelações negadas, Riva terá sentenças confirmadas pelo colegiado se tornando ficha suja nos termos da Lei da Ficha Limpa.


Procurado pela reportagem, o deputado preferiu não comentar o assunto, porém deixou escapar que vem sendo procurado por amigos que o tem alertado sobre as intenções do magistrado em prejudicá-lo

Fonte: Olhar Direto

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JUIZ RELATA AMEAÇAS DE MORTE E PEDE AFASTAMENTO

 

Juiz responsável pela Monte Carlo relata ameaças de morte e pede afastamento. Magistrado diz ter sido alertado sobre possibilidade de sofrer represálias nos próximos meses.

Felipe Recondo, de O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - O juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, que comandava a Operação Monte Carlo, relata ser alvo de ameaças de morte, revela que homicídios podem ter sido cometidos por integrantes do esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira e pede para ser tirado do caso.  

 

Em ofício encaminhado no último dia 13 ao corregedor Geral do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Carlos Olavo, o juiz federal afirma não ter mais condições de permanecer no caso por estar em "situação de extrema exposição junto à criminalidade do estado de Goiás". E para evitar represálias, revela que deixará o país temporariamente.

No documento, a que o Estado teve acesso, o juiz relata que segue esquema rígido de segurança por recomendação da Polícia Federal, mas revela que sua família foi recentemente abordada por policiais e diz que foi alertado da possibilidade de sofrer represálias nos próximos meses.

"Minha família, em sua própria residência, foi procurada por policiais que gostariam de conversar a respeito do processo atinente a Operação Monte Carlo, em nítida ameaça velada, visto que mostraram que sabem quem são meus familiares e onde moram", diz no documento.

Lima indica que investigados pela Operação Monte Carlos podem estar relacionados a assassinatos cometidos recentemente, o que configuraria queima de arquivo. "Pelo que se tem informação, até o presente momento, há crimes de homicídio provavelmente praticados a mando por réus do processo pertinente à Operação Monte Carlo, o que reforça a periculosidade da quadrilha", relata.

Nas cinco páginas em que explica o pedido para deixar o caso, Lima elenca os recentes processos polêmicos que comandou. À frente da Operação Monte Carlo, 79 réus foram denunciados, sendo 35 policiais federais, civis e militares. E por ter determinado o afastamento dos policiais de suas funções, afirma que não pôde ser removido para varas no interior do Estado "por não haver condições adequadas de segurança".

Em setembro, Lima afirma que tirará os três meses de férias que teria acumulado e sairá do país por "questões de segurança". Mas mesmo assim afirma que ficará marcado por sua atuação neste caso. "Infelizmente, Excelência, Goiânia/GO é uma cidade pequena, onde todos se conhecem, e terei que conviver com as consequências da Operação Monte Carlo e dessas outras operações por muito tempo, principalmente porque nasci e fui criado nesta cidade", afirma o juiz.

Suspeição. O juiz federal titular da 11ª Vara em Goiás, Leão Aparecido Alves, deve herdar o comando do processo. Mas suas relações pessoais podem colocá-lo sob suspeita. Alves admitiu, recentemente, ser amigo há 19 anos de um dos investigados - José Olímpio de Queiroga Neto, suspeitado de ser o responsável pela escolha de pessoas que poderiam integrar as atividades do grupo e de repassar porcentagem dos lucros das casas de jogos a Carlinhos Cachoeira.


COMENTÁRIO DO BENGOCHEAEsta é a justiça brasileira, um poder que capitula para a bandidagem? Onde estão os pilares institucionais da nossa democracia? Onde estão aqueles instrumentos que deveriam dar guarida ao juiz e à justiça contra as ameaças mafiosas?

E se os policiais sob constante ameaça nas ruas, de repente, deixassem de cumprir o dever face aos salários baixos, condições de trabalho precários, justiça leniente, leis benevolentes, poder corrupto do crime e arsenal cada vez mais poderoso dos bandidos?

Quem ganha mais se afasta, quem ganha pouco continua defendendo a sociedade, mesmo com todos os riscos e dificuldades envolvidas. 


Fonte: Mazelas do Judiciario


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