terça-feira, 5 de junho de 2012

TARTARUGA PARAPLÉGICA – Escândalo da Maçonaria na reta final

 A expectativa já se arrasta há mais de ano, o que espanta dado o fato de ser um julgamento em sede de mandado de segurança. Mas o zeloso e pressuroso ministro Celso de Mello, autor da liminar que vem mantendo em função sub judice 10 magistrados do Judiciário de Mato Grosso, anuncia que “em breve” julgará o mérito dos recursos impetrados por esses 10 juizes e desembargadores mato-grossense punidos pelo CNJ por envolvimento do chamando Escândalo da Maçonaria – e que conseguiram justamente de Celso de Mello a liminar que os mantém nos cargos e que o advogado Ophir Cavalcanti, presidente nacional da OAB qualificou à época como “assustadora”.  São situações como esse que alimentam o triste folclórico da lentidão do Judiciário brasileiro – uma lentidão já referendada aqui nesta perplexa PAGINA DO E como a lentidão das tartarugas paraplégicas. Confira o noticiário. (EC)

INFORMOU O STF

Ministro decidirá em breve futuro de magistrados

Por Antonielle Costa

Por meio da assessoria de imprensa do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Celso de Mello afirmou que irá julgar “em breve” os mandados de segurança, cuja liminar concedida por ele mantém dez magistrados nos quadros do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. Eles foram aposentados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e recorreram ao STF.

A reportagem tentou uma entrevista com o ministro para falar sobre o caso, no entanto, ele preferiu não comentar e informou pela assessoria que julgará o caso em breve. De acordo com o andamento do processo divulgado pelo site do STF, os processos estão conclusos com o ministro desde março passado.
Mello irá julgar um pedido de reconsideração de sua decisão, interposto pela Advocacia Geral da União (AGU). A medida foi adotada duas semanas após o STF decidir que o CNJ tem competência concorrente com as corregedorias estaduais.

A tese do ministro que sustentava a liminar era de que atuação do conselho era subsidiária, ou seja, devendo aguardar a atuação dos tribunais para depois exercer suas funções disciplinares.
O entendimento foi vencido pela maioria do Supremo e com essa decisão, a AGU entende que a liminar deve ser revista e os magistrados voltam a ser aposentados novamente.

Atualmente exercem os cargos amparados pela liminar concedida por Celso de Mello: José Ferreira Leite, Mariano Travassos e José Tadeu Cury e os juízes Marcelo Barros, Irênio Lima Fernandes, Marcos Aurélio dos Reis, Antonio Horácio Neto, Juanita Clait Duarte, Graciema Ribeira Caravellas e Maria Cristina Oliveira Simões.

Eles foram acusados de desviar dinheiro do Judiciário, para salvar uma cooperativa de crédito ligada a Maçonaria.

Atuação concorrente   Por seis votos a cinco, o STF decidiu que o CNJ tem competência concorrente com as corregedorias estaduais. Para a maioria dos ministros, não é preciso aguardar a atuação dos tribunais para que o órgão exerça suas funções disciplinares. A decisão foi proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proposta pela Associação de Magistrados Brasileiros (AMB).   Em seu voto o relator da ADI, o ministro Marco Aurélio defendeu que o órgão atue somente após os tribunais estaduais, em casos de situações anômalas avocar o processo ou ainda motivadamente a instauração de um procedimento originariamente.

O voto do relator foi acompanhado pelos ministros Cezar Peluso, Luiz Fux, Ricardo Lewandoswi e Celso de Mello. Votaram a favor do CNJ: Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa, Rosa Webber, Dias Toffoli, Carmem Lúcia e Ayres Brito.

fonte MATO GROSSO NOTICIAS

Saiba mais:

Blogueiro afirma que magistrados de MT continuam vendendo sentenças mesmo após aposentadorias

 

 Da Redação - Julia Munhoz/Olhar Direto

 O blogueiro Fábio Pannunzio publicou em sua página pessoal nesta terça-feira (05) uma informação que deve prejudicar ainda mais a imagem do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Segundo o jornalista, os dez magistrados do Estados que foram aposentados compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) continuam atuando na venda de sentenças.

De acordo com a publicação de Pannunzio, os sete juízes e quatro desembargadores, que se mantém nos respectivos cargos por força de liminar concedida pelo STF (Supremo Tribunal Federal), estariam atuando 'desbragadamente' em casos que envolvem grandes somas.

As denúncias teriam sido feitas a Pannunzio por advogados que atuam em Cuiabá e um dos casos que estariam sendo negociados pelos magistrados aposentados seria a licitação das linhas de ônibus interestaduais.

Confira a íntegra da publicação:

O vale-tudo em MT: juízes aposentados pelo CNJ continuam mandando na Justiça

Dois anos. Esse é o tempo que já transcorreu desde que o ministro Celso de Mello, do STF, concedeu uma liminar mandando reintegrar ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso sete juízes e quatro desembargadores aposentados compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça. Os magistrados foram acusados de desviar dinheiro do TJ para a construção da sede uma loja maçônica. Condenados à pena máxima — a aposentadoria compulsória –, conseguiram ser reintegrados e permanecem incólumes.

Enquanto isso, advogados que atuam em Cuiabá dizem que o mercado negro de venda de sentenças nunca esteve tão ativo. Intermediários dos juízes aposentados atuam desbragadamente em casos que envolvem grandes somas. Neste momento, uma das causas mais cobiçadas é a que diz respeito à licitação das linhas de ônibus interestaduais, alvo de uma guerra judicial na qual duelam o sindicato das concessionárias, de um lado, e o governo do estado de outro. A lide envolve somas milionárias e ameaça a saúde das empresas que atualmente exploram os serviços. O Poder Público insiste na licitação enquanto os concessionários asseguram que ela tem cartas marcadas para beneficiar um grupo paulista.

A Corregedora do CNJ Eliana Calmon tem dito publicamente que o problema está afeto ao STF. Inexplicavelmente, o Supremo ainda não pôs em votação o mérito da ação cautelar que permitiu a volta dos desembargadores e juízes aposentados.

Fábio Pannunzio

 

Saiba mais: 

 

Tribunal aciona MPE para apurar suposto "mercado negro"

 

Jornalista da Band denuncia magistrados de MT; desembargador não vê provas



O jornalista Fábio Pannunzio, que denunciou um suposto "mercado negro" no TJ de MT 

ANTONIO DE SOUZA  DA EDITORIA/Mídia News

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Rubens de Oliveira, encaminhou pedido ao procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra, e ao secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, para que investiguem a denúncia feita pelo jornalista Fábio Pannunzio, da TV Bandeirantes, de que um suposto esquema de venda de sentenças continuaria funcionando no âmbito do Poder Judiciário de Mato Grosso.

Em seu blog, nesta terça-feira (5), o jornalista criticou o fato de dez magistrados mato-grossenses, aposentados compulsoriamente pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), continuarem atuando.

Três desembargadores e sete juízes, apontados pela Polícia Federal, durante a Operação Asafe, em 2010, como integrantes de um suposto esquema de venda de sentença, foram beneficiados por uma liminar do ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal).

"Diante da denúncia feita nesta terça-feira pelo jornalista Fábio Pannunzio, em seu blog, e repercutida por sites locais, de que estaria ocorrendo venda de sentenças no Poder Judiciário Estadual, o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rubens de Oliveira Santos Filho, oficiou ao procurador-geral de Justiça, Marcelo Ferra de Carvalho, e ao secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado, para que tomem conhecimento e adotem providências no sentido de apurar as referidas denúncias, que foram feitas sem a apresentação de provas", diz nota emitida pelo TJ, no começo da noite de hoje.

Depois de criticar a atuação dos magistrados, Panuzzio citou que advogados que atuam em Cuiabá "dizem que o mercado negro de venda de sentenças nunca esteve tão ativo". 


O jornalista afirmou que "intermediários dos juízes aposentados atuam desbragadamente em casos que envolvem grandes somas".


"Neste momento, uma das causas mais cobiçadas é a que diz respeito à licitação das linhas de ônibus interestaduais, alvo de uma guerra judicial na qual duelam o sindicato das concessionárias", completou.

 

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