quinta-feira, 28 de junho de 2012

TRE avalia nova regra eleitoral


CONTROLE 

 Presidente do TRE, Rui Ramos, garante que levará proposição do MCCE para ser avaliada pelo pleno


DA REDAÇÃO /A Gazeta

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) avalia possibilidade de obrigar os candidatos a informarem valores e nomes dos doadores 2 vezes na campanha e não apenas no final, como ocorre hoje em dia. A determinação foi sugerida pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) como forma de dar maior transparência no financiamento dos concorrentes. 

A proposta tem como fundamento a Lei de Acesso à Informação e determina que os candidatos informem, nas prestações de contas parciais, que devem ser apresentadas nos dias 6 de agosto e 6 de setembro, os nomes e os valores dos doadores de campanha. A lei 9504/97, conhecida com lei das eleições, estipula o sigilo dos nomes dos doadores da campanha nas prestações de contas parciais, que devem ser obrigatoriamente apresentados somente nas prestações de contas finais. 

O presidente do TRE, desembargador Rui Ramos, assumiu o compromisso de levar a proposta para o Pleno e, caso seja aprovada, a medida deverá ser submetida a todos os juízes eleitorais do Estado. 

A prestação de contas é obrigatória a todos os candidatos, inclusive os que disputam vagas de vice-prefeito e os que pedirem registro de candidatura e depois abandonarem o pleito. Quem não prestar contas ou tiver os balanços considerados como não prestados impede o candidato de obter a certidão de quitação eleitoral até o final da legislatura ou mandato, persistindo os efeitos da restrição após esse período até a efetiva apresentação das contas. Assim, se o candidato nas Eleições 2012 não prestar suas contas se tornará inelegível nas Eleições 2016. Das decisões das contas, no entanto, cabe recurso para os tribunais no prazo de 3 dias tanto para o tribunal regional quanto para o TSE. 

O coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Antônio Cavalcante Filho, o Ceará, afirma que o combate ao abuso de poder econômico será uma das principais bandeiras do grupo na campanha. Isso porque o grande volume de gastos dos concorrentes é um dos principais indícios desse tipo de crime, o que pode levar à inelegibilidade do candidato e a perda do mandato do eleito. O grupo também já iniciou campanha para incentivar as pessoas a impugnarem candidatos em todo o Estado. As impugnações deverão ser feitas a partir de um modelo no qual basta incluir basicamente o nome do político. Acampanha será feita com modelos de impugnações a serem apresentadas com base em 3 ocorrências mais comuns: o enquadramento do político em uma das situações previstas na Lei da Ficha Limpa (135/2010) e cometimento de crime comum ou eleitoral.

Fonte A Gazeta

Saiba mais:

Doação e doadores


O MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral) do país, e também de Mato Grosso, defende a publicidade prévia das doações de campanha eleitoral nas eleições de 2012. O Movimento se ampara em um provimento do juiz do Maranhão, Marlon Reis, que baixou "provimento" exigindo dos partidos políticos e coligações que apresentem nas prestações de contas parciais (6 de agosto e 6 de setembro) o nome, com CPF e RG ou CNJ, quando for o caso, dos doadores de recursos financeiros aos candidatos. O MCCE encaminhou nesta quarta (27) pedido ao presidente do TRE/MT, desembargador Rui Ramos Ribeiro, para adoção do provimento em Mato Grosso. Veja aqui o provimento.

Fonte: Hiper Notícias

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