O povo não quer ver as “novelinhas” que mostram o quanto o candidato é dedicado à família e como ele sofreu no passado. Não quero lágrimas. Quero propostas. Se for pra ver novela prefiro a Juliana Paes e não o programa eleitoral.
Por Antonio
Cavalcante Filho e Vilson Nery*
Muito tem se chateado o povão com a má qualidade da propaganda
eleitoral, mais ainda porque a sociedade arca com os custos do chamado “horário
eleitoral gratuito” (rádio e televisão) que segundo um ministro do TSE chega a
custar cerca de um bilhão de reais.
É renúncia fiscal (dinheiro que o governo deixa de receber), igual a esses
benefícios que fizeram do Mauro Mendes um milionário, sócio do Eike Batista.
Renúncia fiscal é o dinheiro que premia cantores de lambadão, ritmo defendido
pelo o outro Mauro, o “socialista libertário”.
Os marqueteiros estão fazendo um grande desserviço à Democracia, com a droga
que estão expondo nos programas eleitorais exibidos na televisão, no rádio e
naquelas porcarias que estão nas ruas (cavaletes e painéis).
Acho até que esses profissionais, com óculos fundo de garrafa (tipo PC
Siqueira), jeitão de nerd, visual Restart e idéias de criação iguais ao Ratinho
combinado com a Sonia Abraão fizeram um acordo entre si: independente de quem
seja o candidato que esteja pedindo votos, deve tratar o povão como trouxas.
Ora, não me interessa ver na TV quem é a família do Guilherme Maluf. Ou ele diz
porque a saúde não funciona (talvez seja culpa dos hospitais particulares) e o
que ele fará para remediar, ou então se explique porque recebia salário da
Secretaria de Saúde de Várzea Grande sem bater ponto.
O povo não quer ver as “novelinhas” que mostram o quanto o candidato é dedicado
à família e como ele sofreu no passado. Não quero lágrimas. Quero
propostas. Se for pra ver novela prefiro a Juliana Paes e não o programa
eleitoral. Ou então ver o Ludio explicando sua fidelidade a Lutero (o vereador)
e o Carlos Britto falando em criar Guarda Municipal. Aliás, a PM “descia a
borracha” em estudantes e moradores que protestavam contra o aumento da
passagem de ônibus quando o Britto chefiava a Segurança Pública. Será que ele
vai se explicar “pro” povo?
Fato é que os marqueteiros recebem fortunas por seu trabalho, encarecem em
demasia as campanhas e não estão inovando em absolutamente nada. Na melhor das
hipóteses estão enchendo nossas ruas de lixo eleitoral e levando os candidatos
a responderem processos por propaganda ilegal.
Que estes seres “iluminados” e bem pagos façam uma reflexão, contribuam com a
Democracia, ajudem a educar o povo, incentivem a obediência às leis ou se
sujeitem a pecha de que são os “anti cristos” da eleição de 2012.
*Antonio Cavalcante Filho e Vilson Nery são ativistas do MCCE (Movimento de
Combate à Corrupção Eleitoral)
"A verdade é que essa campanha eleitoral tão suja transformou uma simples caminhada pelas ruas da capital numa verdadeira prova de superação de obstáculos tanto para os pedestres quanto para os veículos. É claro que ninguém gosta disso, mas será esta politicalha sujona, se eleita, que irá administrar a nossa querida Cuiabá"
O candidato honesto que quer ser eleito não polui a sua cidade com esses horríveis cavaletes ou com a barulheira estridente dos alto-falantes. Não tenha dúvidas de que quem desrespeita a cidadania agora desrespeitará muito mais depois.
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