É isso o que os dez ministros do Supremo Tribunal Federal decidem nesta
segunda-feira, ao julgar a cúpula da direção partidária, formada por
José Genoino e Delúbio Soares, além de José Dirceu, no início do governo
Lula; legenda mais votada nas eleições municipais deste ano, o Partido
dos Trabalhadores pode ganhar um carimbo indesejável às vésperas do
segundo turno
247 – Artigo 288 do Código Penal, o crime de formação de quadrilha
existe quando três ou mais pessoas se associam para, de forma
permanente, cometer crimes, atentando assim contra a paz pública. É isso
que o Supremo Tribunal Federal deve definir nesta segunda-feira, em
relação à antiga direção do PT, formada pelo ex-presidente José Genoino,
o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o ex-ministro José Dirceu que, embora
não fosse formalmente do comando do partido, é percebido pela
procuradoria-geral da República como o chefe de uma quadrilha, por
supostamente comandar a estrutura de poder, dentro e fora do PT.
A esse respeito, José Genoino já se pronunciou. Disse que, sim, se
associou aos companheiros de seu partido para, ao longo se sua vida
pública, promover uma transformação social no País. Delúbio Soares e
José Dirceu também fizeram afirmações parecidas, mas a eventual
condenação dos três vem sendo considerada o “clímax” do julgamento.
Afinal, às vésperas do segundo turno, o partido mais votado nas eleições
municipais de 2012 – com 17,2 milhões de votos – pode ganhar um rótulo
indesejável, a ser explorado por seus adversários.
No último capítulo da Ação Penal 470, o ministro relator Joaquim
Barbosa já votou pela condenação de todos. O revisor, Ricardo
Lewandowski, propôs a absolvição geral. Já se sabe que Celso de Mello,
que usou a expressão “marginas do poder”, reproduzida por Merval Pereira
em uma de suas colunas, votará pela condenação, argumentando que os
petistas tentaram um golpe contra as instituições democráticas, ao
comprar apoio parlamentar.
No entanto, espera-se um placar apertado, de 5 a 5 ou 6 a 4 pela
condenação, a depender do voto do ministro Marco Aurélio Mello. Este,
por sinal, teve um vídeo do passado resgatado, em que defendia a
ditadura militar como um “mal necessário”, o que coloca pressão sobre o
seu voto. De todo modo, seja por 5 a 5 ou 6 a 4, a decisão permitiria
recursos por parte da defesa.
Seja como for, ganhando ou não o rótulo de quadrilha, as
administrações petistas têm sido referendadas pelo público. Dos grandes
partidos, o PT foi o que mais cresceu nas eleições municipais deste ano e
está prestes a conquistar São Paulo.
Fonte: Brasil 247
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STJ pede aval da Assembléia para processar Silval por peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Deputados caititus aproveitam a deixa para propor barganhas nada republicanas ao Paiaguás. E a grande mídia se mantém calada e, certamente, bem recompensada!
Deputados que apoiam Lúdio e deputados que apoiam Mauro devem se juntar para impedir ação penal contra governador. A ação, movida pelo MP, tenta por em pratos limpos todos fatos relativos aos rombos nos cofres da Assembléia Legislativa
Por Enock Cavalcanti
Meus amigos, meus inimigos: como sempre, o fato está sendo escondido pela nossa grande mídia. Nesse início de semana, todavia, um novo confronto marca os bastidores da política, em Mato Grosso. De um lado, os deputados caititus de nossa Assembléia Legislativa, com suas goelas sempre largas, comandadas pelo deputado superprocessado José Geraldo Riva (PSD). Do outro lado, o sempre acuado e inexpressivo governador Silval Barbosa (PMDB), que deve estar se divertindo muito com a atual propaganda eleitoral do candidato petista Lúdio Cabral (PT), em Cuiabá, na disputa do segundo turno, propaganda na qual Silval é mostrado como uma espécie de grande estadista, grande realizador, um homem ao lado de quem vale a pena fazer política.
Claro que Lúdio Cabral e seus marqueteiros estão exagerando. Silval Barbosa, na realidade, vem se afirmando como um dos piores administradores e articuladores políticos que já passaram pelo Governo de Mato Grosso. Mas, como ele tá que tá com Ludio que tá que com Dilma, etc, etc, a campanha do PT, infelizmente, vende ilusão para o povo menos informado, notadamente o povo das periferias, que não acompanha os bastidores política com muita atenção, já que a luta pela sobrevivência lhe cobra um preço muito escorchante.
Mas deixemos o nariz de cera de lado e vamos aos fatos: na semana passada, o ministro Massami Uyeda, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), encaminhou ofício à Assembleia Legislativa de Mato Grosso pedindo autorização para prosseguir com ação penal impetrada pelo Ministério Publico Estadual, através do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, contra o atual governador de Mato Grosso Silval Barbosa, por seu envolvimento naqueles mesmos rombos que já valeram tantos processos contra o super processado deputado Riva, o conselheiro Bosaipo e, pelo menos, mais 20 pessoas, entre deputados e servidores da Assembléia. O STJ já enviara ofício à Assembléia em maio e agosto deste ano de 2012, com o mesmo pedido – como informa a repórter Catarine Piccioni (Olhar Direto), lá de Brasilia. A Assembléia vem fazendo corpo mole e o presidente Riva não coloca o pedido do ministro Uyeda em votação, vai empurrando com barriga.
Para a próxima terça-feira, dia 22, está marcada uma reunião entre o governador vacilão do PMDB, Silval Barbosa e os deputados caititus da Assembléia. Ninguém, entre as pessoas informadas sobre esta reunião, duvida que vá ser mais uma sessão de barganha política. Para votar contra o pedido do STJ, o que se sussurra nos bastidores da Assembléia, é que Riva e seus caititus vão cobrar que o Governo do Estado libere mais grana para eles, sob a forma de emendas parlamentares. E vejam só que absurdo: até mesmo a reestruturação do MT Saúde,já aprovada em primeira votação, e que envolve a garantia de atendimento médico-hospitalar a milhares de familias de servidores em nosso Estado, também entra nesse leilão que os deputados pretendem impor ao governador, na terça – reunião estrategicamente marcada para acontecer em meio aos tiroteios pirotécnicos do segundo turno entre Lúdio e Mauro Mendes.
Um detalhe muito importante e que deveria estar pautando as equipes de reportagem de toda a nossa imprensa, se essa imprensa cumprisse com suas responsabilidades: o Superior Tribunal de Justiça quer avançar com processo contra o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa por fraude em licitação, lavagem de dinheiro decorrente de crime contra a administração pública, supressão de documentos, peculato, ordenação de despesa não autorizada e formação de quadrilha. Como se vê, denuncias da maior gravidade.
Silval pode vira réu por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Lavagem de dinheiro. Peculato. Formação de quadrilha. Denuncias da maior gravidade. Os mesmos crimes pelos quais figuras como Pedro Henry, José Dirceu, José Genoino, etc, etc, estão sendo denunciados lá em Brasilia, no rumoroso processo do Mensalão, que também tem merecido espaços generosos na imprensa de Mato Grosso e virou matéria de destaque no Jornal Nacional nessas últimas semanas. Só que na hora de falar da lavagem de dinheiro que acontece aqui, da formação de quadrilha que acontece aqui, bem debaixo do nosso nariz, nossa midia faz ouvido de mercador. E a equipe comandada pelo Ulisses Serotini, na Tv Centro América, não alerta a equipe comandada pelo William Bonner, lá na Rede Globo: tem um fato aqui que desdobra esse assunto do Mensalão!
Pior: os deputados caititus, na Assembléia Legislativa, são os primeiros a se calarem. E aí, nessa omissão, se misturam os deputados que apoiam Lúdio com os deputados que apoiam Mauro Mendes, mostrando que, muito provavelmente, são todos eles farinha do mesmo saco. A guerrinha no programa eleitoral, geralmente, é só confronto para inglês ver. Sim, porque, pelo que tenho visto, fazendo boca de siri sobre o processo contra Silval Barbosa também estão parlamentares como Percival Muniz, Emanuel Pinheiro e Luciane Bezerra, que evitam qualquer referencia ao fato em seus pronunciamentos na tribuna e em suas declarações à imprensa. Farinha do mesmo saco – para azar do povo de Mato Grosso que é quem paga a conta. Toda essa dinheirama, entre excessos de arrecadação e emendas parlamentares, sim, saem do bolso dos contribuintes que parecem investir numa espécie de saco sem fundo.
Não seria também o caso dos nossos deputados federais e senadores discutirem estas questões, pressionando a Assembléia Legislativa, para que a autorização para o processo contra Silval seja dada e se possa ter todos os esclarecimentos possíveis sobre os rombos da Assembléia, com a punição exemplar de todos aqueles que forem responsabilizados pelos crimes denunciados pelo MP? Puxa vida, estes processos sobre os rombos na Assembléia já se arrastam há tantos e tantos anos, minha gente!
O fato que percebo é que jornais amigos e jornalistas amestrados também não perguntam nada a ninguém – e o assunto fica escondido, tratado de forma ocasional e não contínua, enquanto o povo dança nas ruas em torno das campanhas de Lúdio Cabral e Mauro Mendes. Influenciar e decidir sobre o verdadeiro poder, em Mato Grosso, é coisa para poucos e bons.
Restam, então, os cidadãos. Diante destes fatos, o que é que os cidadãos podem fazer? Aguardo pelos comentários dos cidadãos. Ou será que os cidadãos também vão se calar?
Fonte Pagina do Enock
Deputados que apoiam Lúdio e deputados que apoiam Mauro devem se juntar para impedir ação penal contra governador. A ação, movida pelo MP, tenta por em pratos limpos todos fatos relativos aos rombos nos cofres da Assembléia Legislativa
Por Enock Cavalcanti
Meus amigos, meus inimigos: como sempre, o fato está sendo escondido pela nossa grande mídia. Nesse início de semana, todavia, um novo confronto marca os bastidores da política, em Mato Grosso. De um lado, os deputados caititus de nossa Assembléia Legislativa, com suas goelas sempre largas, comandadas pelo deputado superprocessado José Geraldo Riva (PSD). Do outro lado, o sempre acuado e inexpressivo governador Silval Barbosa (PMDB), que deve estar se divertindo muito com a atual propaganda eleitoral do candidato petista Lúdio Cabral (PT), em Cuiabá, na disputa do segundo turno, propaganda na qual Silval é mostrado como uma espécie de grande estadista, grande realizador, um homem ao lado de quem vale a pena fazer política.
Claro que Lúdio Cabral e seus marqueteiros estão exagerando. Silval Barbosa, na realidade, vem se afirmando como um dos piores administradores e articuladores políticos que já passaram pelo Governo de Mato Grosso. Mas, como ele tá que tá com Ludio que tá que com Dilma, etc, etc, a campanha do PT, infelizmente, vende ilusão para o povo menos informado, notadamente o povo das periferias, que não acompanha os bastidores política com muita atenção, já que a luta pela sobrevivência lhe cobra um preço muito escorchante.
Mas deixemos o nariz de cera de lado e vamos aos fatos: na semana passada, o ministro Massami Uyeda, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), encaminhou ofício à Assembleia Legislativa de Mato Grosso pedindo autorização para prosseguir com ação penal impetrada pelo Ministério Publico Estadual, através do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, contra o atual governador de Mato Grosso Silval Barbosa, por seu envolvimento naqueles mesmos rombos que já valeram tantos processos contra o super processado deputado Riva, o conselheiro Bosaipo e, pelo menos, mais 20 pessoas, entre deputados e servidores da Assembléia. O STJ já enviara ofício à Assembléia em maio e agosto deste ano de 2012, com o mesmo pedido – como informa a repórter Catarine Piccioni (Olhar Direto), lá de Brasilia. A Assembléia vem fazendo corpo mole e o presidente Riva não coloca o pedido do ministro Uyeda em votação, vai empurrando com barriga.
Para a próxima terça-feira, dia 22, está marcada uma reunião entre o governador vacilão do PMDB, Silval Barbosa e os deputados caititus da Assembléia. Ninguém, entre as pessoas informadas sobre esta reunião, duvida que vá ser mais uma sessão de barganha política. Para votar contra o pedido do STJ, o que se sussurra nos bastidores da Assembléia, é que Riva e seus caititus vão cobrar que o Governo do Estado libere mais grana para eles, sob a forma de emendas parlamentares. E vejam só que absurdo: até mesmo a reestruturação do MT Saúde,já aprovada em primeira votação, e que envolve a garantia de atendimento médico-hospitalar a milhares de familias de servidores em nosso Estado, também entra nesse leilão que os deputados pretendem impor ao governador, na terça – reunião estrategicamente marcada para acontecer em meio aos tiroteios pirotécnicos do segundo turno entre Lúdio e Mauro Mendes.
Um detalhe muito importante e que deveria estar pautando as equipes de reportagem de toda a nossa imprensa, se essa imprensa cumprisse com suas responsabilidades: o Superior Tribunal de Justiça quer avançar com processo contra o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa por fraude em licitação, lavagem de dinheiro decorrente de crime contra a administração pública, supressão de documentos, peculato, ordenação de despesa não autorizada e formação de quadrilha. Como se vê, denuncias da maior gravidade.
Silval pode vira réu por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Lavagem de dinheiro. Peculato. Formação de quadrilha. Denuncias da maior gravidade. Os mesmos crimes pelos quais figuras como Pedro Henry, José Dirceu, José Genoino, etc, etc, estão sendo denunciados lá em Brasilia, no rumoroso processo do Mensalão, que também tem merecido espaços generosos na imprensa de Mato Grosso e virou matéria de destaque no Jornal Nacional nessas últimas semanas. Só que na hora de falar da lavagem de dinheiro que acontece aqui, da formação de quadrilha que acontece aqui, bem debaixo do nosso nariz, nossa midia faz ouvido de mercador. E a equipe comandada pelo Ulisses Serotini, na Tv Centro América, não alerta a equipe comandada pelo William Bonner, lá na Rede Globo: tem um fato aqui que desdobra esse assunto do Mensalão!
Pior: os deputados caititus, na Assembléia Legislativa, são os primeiros a se calarem. E aí, nessa omissão, se misturam os deputados que apoiam Lúdio com os deputados que apoiam Mauro Mendes, mostrando que, muito provavelmente, são todos eles farinha do mesmo saco. A guerrinha no programa eleitoral, geralmente, é só confronto para inglês ver. Sim, porque, pelo que tenho visto, fazendo boca de siri sobre o processo contra Silval Barbosa também estão parlamentares como Percival Muniz, Emanuel Pinheiro e Luciane Bezerra, que evitam qualquer referencia ao fato em seus pronunciamentos na tribuna e em suas declarações à imprensa. Farinha do mesmo saco – para azar do povo de Mato Grosso que é quem paga a conta. Toda essa dinheirama, entre excessos de arrecadação e emendas parlamentares, sim, saem do bolso dos contribuintes que parecem investir numa espécie de saco sem fundo.
Não seria também o caso dos nossos deputados federais e senadores discutirem estas questões, pressionando a Assembléia Legislativa, para que a autorização para o processo contra Silval seja dada e se possa ter todos os esclarecimentos possíveis sobre os rombos da Assembléia, com a punição exemplar de todos aqueles que forem responsabilizados pelos crimes denunciados pelo MP? Puxa vida, estes processos sobre os rombos na Assembléia já se arrastam há tantos e tantos anos, minha gente!
O fato que percebo é que jornais amigos e jornalistas amestrados também não perguntam nada a ninguém – e o assunto fica escondido, tratado de forma ocasional e não contínua, enquanto o povo dança nas ruas em torno das campanhas de Lúdio Cabral e Mauro Mendes. Influenciar e decidir sobre o verdadeiro poder, em Mato Grosso, é coisa para poucos e bons.
Restam, então, os cidadãos. Diante destes fatos, o que é que os cidadãos podem fazer? Aguardo pelos comentários dos cidadãos. Ou será que os cidadãos também vão se calar?
Fonte Pagina do Enock
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