REVISTA ISTO É N° Edição: 2244 | 09.Nov.12 - 21:00 | Atualizado em 11.Nov.12 - 11:31
Parabéns, Walfrido! Apontado pelo Ministério Publico como um dos mentores do mensalão mineiro, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia completará 70 anos e tem suas acusações prescritas
Alan Rodrigues
Parabéns, Walfrido! Apontado pelo Ministério Publico como um dos mentores do mensalão mineiro, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia completará 70 anos e tem suas acusações prescritas
Alan Rodrigues
IMPUNIDADE
Segundo o ministro Joaquim Barbosa, do STF,
Mares Guia (foto) comandou "triangulação criminosa"
No próximo dia 24, o ex-ministro de Relações Institucionais do governo Lula Walfrido dos Mares Guias fará aniversário. Mais do que as sete décadas vividas ele tem a comemorar o futuro. Isso porque, assim que completar os 70 anos, Mares Guia terá a certeza de que não irá para a cadeia, caso o processo do mensalão mineiro tenha o mesmo destino do Mensalão petista em pauta no STF. Trata-se de uma prerrogativa legal aos septuagenários. Atual presidente do PSB de Minas, Mares Guia é apontado pelo Ministério Público como um dos coordenadores do esquema montado com Marcos Valério para a fracassada tentativa de reeleição do governador Eduardo Azeredo, em 1998. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o que foi feito em Minas serviu como embrião para o esquema montado anos depois pelo PT.
O mensalão mineiro e suas provas foram revelados por ISTOÉ em 2007. A reportagem mostrou a existência do esquema de arrecadação irregular para a campanha de Azeredo, que foi coordenada pelo ex-ministro. Segundo denúncia, recebida pelo STF, foi construída uma farsa para captar dinheiro público e canalizá-lo para a campanha do PSDB. O esquema teria movimentado mais de R$ 100 milhões e beneficiado 159 políticos de Minas. Entre os milhares de páginas do processo, mostra-se que o arranjo construído por Azeredo, Valério e Walfrido ruiu, quando houve uma briga envolvendo o tesoureiro da campanha tucana, Cláudio Mourão, que cobrava parte dos recursos arrecadados. Para aplacar a ira do tesoureiro, Walfrido, segundo o ministro do STF, Joaquim Barbosa, montou uma Operação Abafa, triangulação criminosa pela qual Valério repassou R$ 700 mil a Mourão via contas do ex-ministro do governo Lula. Para viabilizar o negócio, Walfrido ressarciu Marcos Valério com um empréstimo fictício assinado em nome de sua empresa, a Samos Participações, feito no Banco Rural, e a promissória foi avalizada por Eduardo Azeredo.
Segundo o ministro Joaquim Barbosa, do STF,
Mares Guia (foto) comandou "triangulação criminosa"
No próximo dia 24, o ex-ministro de Relações Institucionais do governo Lula Walfrido dos Mares Guias fará aniversário. Mais do que as sete décadas vividas ele tem a comemorar o futuro. Isso porque, assim que completar os 70 anos, Mares Guia terá a certeza de que não irá para a cadeia, caso o processo do mensalão mineiro tenha o mesmo destino do Mensalão petista em pauta no STF. Trata-se de uma prerrogativa legal aos septuagenários. Atual presidente do PSB de Minas, Mares Guia é apontado pelo Ministério Público como um dos coordenadores do esquema montado com Marcos Valério para a fracassada tentativa de reeleição do governador Eduardo Azeredo, em 1998. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o que foi feito em Minas serviu como embrião para o esquema montado anos depois pelo PT.
O mensalão mineiro e suas provas foram revelados por ISTOÉ em 2007. A reportagem mostrou a existência do esquema de arrecadação irregular para a campanha de Azeredo, que foi coordenada pelo ex-ministro. Segundo denúncia, recebida pelo STF, foi construída uma farsa para captar dinheiro público e canalizá-lo para a campanha do PSDB. O esquema teria movimentado mais de R$ 100 milhões e beneficiado 159 políticos de Minas. Entre os milhares de páginas do processo, mostra-se que o arranjo construído por Azeredo, Valério e Walfrido ruiu, quando houve uma briga envolvendo o tesoureiro da campanha tucana, Cláudio Mourão, que cobrava parte dos recursos arrecadados. Para aplacar a ira do tesoureiro, Walfrido, segundo o ministro do STF, Joaquim Barbosa, montou uma Operação Abafa, triangulação criminosa pela qual Valério repassou R$ 700 mil a Mourão via contas do ex-ministro do governo Lula. Para viabilizar o negócio, Walfrido ressarciu Marcos Valério com um empréstimo fictício assinado em nome de sua empresa, a Samos Participações, feito no Banco Rural, e a promissória foi avalizada por Eduardo Azeredo.
PROVAS
Reportagem de ISTOÉ mostra os documentos que comprovam
o envolvimento do ex-ministro no mensalão mineiro
A denúncia do mensalão mineiro foi aceita pela Justiça em 2010, 12 anos depois da ocorrência dos fatos, e nos corredores do STF a informação é a de que o caso será julgado em 2013.
Reportagem de ISTOÉ mostra os documentos que comprovam
o envolvimento do ex-ministro no mensalão mineiro
A denúncia do mensalão mineiro foi aceita pela Justiça em 2010, 12 anos depois da ocorrência dos fatos, e nos corredores do STF a informação é a de que o caso será julgado em 2013.
Leia mais:
MENSALÃO TUCANO
Vai haver punição?
Mensalão
mineiro, é o escândalo de peculato e lavagem de dinheiro que ocorreu na
campanha para a eleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) - um dos
fundadores, e presidente do PSDB nacional - ao governo de Minas Gerais
em 1998, e que resultou na sua denúncia pelo Procurador Geral da
República ao STF, como "um dos principais mentores e principal
beneficiário do esquema implantado", baseada no Inquérito n.o 2280 que a
instrui, denunciando Azeredo por "peculato e lavagem de dinheiro".
O
valerioduto tucano foi um esquema de financiamento irregular—com
recursos públicos e doações privadas ilegais—à campanha à reeleição em
1998 então governador mineiro e atual senador Eduardo Azeredo (PSDB),
montado pelo empresário Marcos Valério.
Novas apurações devem envolver, entre outras, cinco pessoas ligadas à Cemig (estatal de energia mineira), quatro à Comig (estatal de infra-estrutura mineira, atual Codemig), uma à Copasa (estatal de saneamento mineira) e dois à gráfica Graffar, que teriam desviado recursos da Cemig para a campanha de Azeredo.
Em denúncia apresentada dia 20 de novembro de 2007 ao Supremo Tribunal Federal,
o Procurador Geral da República denunciou que o esquema criminoso, que
veio a ser chamado pela imprensa de "mensalão tucano", foi "a origem e o
laboratório" do episódio que ficou conhecido como Mensalão.
-
- "Vários delitos graves foram comprovados, sendo que parte deles integra a presente imputação, enquanto os demais deverão ser apreciados nas instâncias adequadas."
-
- "Além disso, inúmeras provas residentes nestes autos reforçam o já robusto quadro probatório que amparou a denúncia apresentada no bojo do Inquérito n.o 2245 (Mensalão)."
-
- "A inicial penal em exame limitar-se-á a descrever os delitos que tiveram o comprovado envolvimento do Senador da República Eduardo Azeredo e do Ministro de Estado Walfrido dos Mares Guia, bem como os crimes intimamente a eles vinculados."
Antonio Fernando denunciou 15 políticos por peculato e lavagem de
dinheiro e afirmou que o esquema montado pelo publicitário Marcos
Valério Fernandes de Souza para injetar dinheiro público na campanha do
tucano Eduardo Azeredo (PSDB-MG) foi "o laboratório" do mensalão nacional - cuja denúncia foi aceita pelo STF, em quase sua totalidade, em agosto de 2007. As investigações atingem o secretário do governador mineiro tucano Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à presidência da república em 2010.
Segundo a denúncia do Procurador Geral da República, ficou claro que o modus operandi dos fatos criminosos apurados nos processo do mensalão teve a sua origem no período da campanha de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) para Governador do Estado de Minas Gerais no ano de 1998".
-
- Embora negue conhecer os fatos, as provas colhidas desmentem sua versão defensiva. Há uma série de telefonemas entre Eduardo Azeredo, Marcos Valério, Cristiano Paz e a empresa SMP&B, demonstrando intenso relacionamento do primeiro (Eduardo Azeredo) com os integrantes do núcleo que operou o esquema criminoso de repasse de recursos para a sua campanha.
Em 3 de novembro de 2009, Azerevo começou ser julgado no Supremo Tribunal Federal.
Em 3 de dezembro de 2009, por cinco votos contra três, o plenário do
Supremo Tribunal Federal decidiu abrir ação penal contra o senador
Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e torná-lo réu por envolvimento em um esquema
de caixa dois durante sua campanha para reeleição ao governo de Minas
Gerais, em 1998, que ficou conhecido como mensalão mineiro.
Wikipédia
Fonte: Ceará-Mirim Livre
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