quarta-feira, 14 de novembro de 2012

MOROSIDADE DEIXA IMPUNE MENTOR DO MENSALÃO MINEIRO


REVISTA ISTO É N° Edição: 2244 | 09.Nov.12 - 21:00 | Atualizado em 11.Nov.12 - 11:31

Parabéns, Walfrido! Apontado pelo Ministério Publico como um dos mentores do mensalão mineiro, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia completará 70 anos e tem suas acusações prescritas

 Alan Rodrigues 



IMPUNIDADE
Segundo o ministro Joaquim Barbosa, do STF,
Mares Guia (foto) comandou "triangulação criminosa"


No próximo dia 24, o ex-ministro de Relações Institucionais do governo Lula Walfrido dos Mares Guias fará aniversário. Mais do que as sete décadas vividas ele tem a comemorar o futuro. Isso porque, assim que completar os 70 anos, Mares Guia terá a certeza de que não irá para a cadeia, caso o processo do mensalão mineiro tenha o mesmo destino do Mensalão petista em pauta no STF. Trata-se de uma prerrogativa legal aos septuagenários. Atual presidente do PSB de Minas, Mares Guia é apontado pelo Ministério Público como um dos coordenadores do esquema montado com Marcos Valério para a fracassada tentativa de reeleição do governador Eduardo Azeredo, em 1998. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o que foi feito em Minas serviu como embrião para o esquema montado anos depois pelo PT.

O mensalão mineiro e suas provas foram revelados por ISTOÉ em 2007. A reportagem mostrou a existência do esquema de arrecadação irregular para a campanha de Azeredo, que foi coordenada pelo ex-ministro. Segundo denúncia, recebida pelo STF, foi construída uma farsa para captar dinheiro público e canalizá-lo para a campanha do PSDB. O esquema teria movimentado mais de R$ 100 milhões e beneficiado 159 políticos de Minas. Entre os milhares de páginas do processo, mostra-se que o arranjo construído por Azeredo, Valério e Walfrido ruiu, quando houve uma briga envolvendo o tesoureiro da campanha tucana, Cláudio Mourão, que cobrava parte dos recursos arrecadados. Para aplacar a ira do tesoureiro, Walfrido, segundo o ministro do STF, Joaquim Barbosa, montou uma Operação Abafa, triangulação criminosa pela qual Valério repassou R$ 700 mil a Mourão via contas do ex-ministro do governo Lula. Para viabilizar o negócio, Walfrido ressarciu Marcos Valério com um empréstimo fictício assinado em nome de sua empresa, a Samos Participações, feito no Banco Rural, e a promissória foi avalizada por Eduardo Azeredo.
 


PROVAS
Reportagem de ISTOÉ mostra os documentos que comprovam
o envolvimento do ex-ministro no mensalão mineiro

A denúncia do mensalão mineiro foi aceita pela Justiça em 2010, 12 anos depois da ocorrência dos fatos, e nos corredores do STF a informação é a de que o caso será julgado em 2013.  

Fonte: Mazelas do Judiciario

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Mensalão mineiro, é o escândalo de peculato e lavagem de dinheiro que ocorreu na campanha para a eleição de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) - um dos fundadores, e presidente do PSDB nacional - ao governo de Minas Gerais em 1998, e que resultou na sua denúncia pelo Procurador Geral da República ao STF, como "um dos principais mentores e principal beneficiário do esquema implantado", baseada no Inquérito n.o 2280 que a instrui, denunciando Azeredo por "peculato e lavagem de dinheiro".

O valerioduto tucano foi um esquema de financiamento irregular—com recursos públicos e doações privadas ilegais—à campanha à reeleição em 1998 então governador mineiro e atual senador Eduardo Azeredo (PSDB), montado pelo empresário Marcos Valério.

Novas apurações devem envolver, entre outras, cinco pessoas ligadas à Cemig (estatal de energia mineira), quatro à Comig (estatal de infra-estrutura mineira, atual Codemig), uma à Copasa (estatal de saneamento mineira) e dois à gráfica Graffar, que teriam desviado recursos da Cemig para a campanha de Azeredo.

Em denúncia apresentada dia 20 de novembro de 2007 ao Supremo Tribunal Federal, o Procurador Geral da República denunciou que o esquema criminoso, que veio a ser chamado pela imprensa de "mensalão tucano", foi "a origem e o laboratório" do episódio que ficou conhecido como Mensalão.



"Vários delitos graves foram comprovados, sendo que parte deles integra a presente imputação, enquanto os demais deverão ser apreciados nas instâncias adequadas."
"Além disso, inúmeras provas residentes nestes autos reforçam o já robusto quadro probatório que amparou a denúncia apresentada no bojo do Inquérito n.o 2245 (Mensalão)."
"A inicial penal em exame limitar-se-á a descrever os delitos que tiveram o comprovado envolvimento do Senador da República Eduardo Azeredo e do Ministro de Estado Walfrido dos Mares Guia, bem como os crimes intimamente a eles vinculados." 
Antonio Fernando denunciou 15 políticos por peculato e lavagem de dinheiro e afirmou que o esquema montado pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza para injetar dinheiro público na campanha do tucano Eduardo Azeredo (PSDB-MG) foi "o laboratório" do mensalão nacional - cuja denúncia foi aceita pelo STF, em quase sua totalidade, em agosto de 2007. As investigações atingem o secretário do governador mineiro tucano Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à presidência da república em 2010.

Segundo a denúncia do Procurador Geral da República, ficou claro que o modus operandi dos fatos criminosos apurados nos processo do mensalão teve a sua origem no período da campanha de Eduardo Azeredo (PSDB-MG) para Governador do Estado de Minas Gerais no ano de 1998"
Embora negue conhecer os fatos, as provas colhidas desmentem sua versão defensiva. Há uma série de telefonemas entre Eduardo Azeredo, Marcos Valério, Cristiano Paz e a empresa SMP&B, demonstrando intenso relacionamento do primeiro (Eduardo Azeredo) com os integrantes do núcleo que operou o esquema criminoso de repasse de recursos para a sua campanha.
Em 3 de novembro de 2009, Azerevo começou ser julgado no Supremo Tribunal Federal. Em 3 de dezembro de 2009, por cinco votos contra três, o plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu abrir ação penal contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e torná-lo réu por envolvimento em um esquema de caixa dois durante sua campanha para reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998, que ficou conhecido como mensalão mineiro.

Wikipédia

 
Fonte: Ceará-Mirim Livre
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