terça-feira, 13 de novembro de 2012

DEPOIS DE DIRCEU E GENOINO, NOBLAT JÁ PEDE LULA-LÁ


“Não estamos no Estado Policial. Ainda somos, com exceções, o País da Impunidade. Fazer valer a lei penal contra todos os crimes, especialmente os mais graves, e independentemente do estrato social do criminoso, não é autoritarismo. Trata-se do império da lei, que deve valer para todos, e que é um componente essencial a qualquer regime democrático e ao Estado de Direito””.(Sergio Fernando Moro)

José Dirceu: dez anos e dez meses de prisão. José Genoino: seis anos e onze meses. O próximo da fila pode vir a ser o ex-presidente Lula. É o que prega o jornalista Ricardo Noblat, do Globo, pelo Twitter

Brasil 247

247 - "E agora, pela milionésima vez, a pergunta q não quer calar: E Lula? Não sabia de nada?" Com esse tweet, o jornalista Ricardo Noblat, do Globo, ensaiou aquele que pode vir a ser o próximo passo do ritual encenado pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento da Ação Penal 470, com a torcida organizada dos meios de comunicação. 

Numa sessão tensa, que começou com Joaquim Barbosa invertendo a ordem do julgamento e agredindo o revisor Ricardo Lewandowski ("o senhor não tem voto aqui"), que abandonou o plenário em sinal de protesto, José Dirceu foi condenado a dez anos e dez meses de prisão. José Genoino, por sua vez, foi apenado em seis anos e onze meses. 

Enquanto os ministros ainda votavam, Noblat postava seu tweet, como quem pede: Lula-lá, mas na cadeia. A mesma penitenciária de Dirceu, Delúbio e Genoino. 

Antes de inverter a sessão e iniciar a votação pelo chamado "núcleo político", Joaquim Barbosa conseguiu ser recebido pela presidente Dilma Rousseff, a quem entregou o convite para a sua posse como presidente do STF, no dia 22. De acordo com informações do Palácio do Planalto, Dilma comparecerá.

Fonte: Brasil 247

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10 ANOS POR GALES! 




Hoje me lembrei de um dos meus filmes prediletos: O homem que não vendeu sua alma (d. Fred Zinneman, 1966). 

É sobre a dignidade com que o grande pensador Thomas Morus (Paul Scofield) resiste às pressões do rei Henrique VIII (Robert Shaw), obcecado em arrancar-lhe um endosso à sua ruptura com a Igreja Católica e à decisão de tornar-se ele próprio o chefe espiritual dos ingleses. 

Morus era católico fervoroso e preferiu perder tudo (poder, riqueza e a própria vida) do que coonestar as pretensões papais do monarca. 

Levado a julgamento, o autor da Utopia, com extrema habilidade, evitou tanto trair suas convicções como fornecer aos acusadores quaisquer justificativas legais para sua condenação. 

Até que um crapulazinho ambicioso (John Hurt) dá o falso testemunho que o condena, recebendo como recompensa o cargo de coletor de impostos no território de Gales. 

Morus, com infinito desprezo, diz-lhe que nem por riquezas incomensuráveis compensaria ele ter perdido a alma; muito menos "por Gales" (recém-anexado e tido como insignificante). 

Embora me entristeça a condenação do antigo companheiro de jornadas estudantis e tenha considerado sua pena exageradíssima, parece-me que ele se vulnerabilizou irrefletidamente, colocando o pescoço no laço que a veja e outras escórias sempre mantiveram armado para ele. 

Melhor seria se, como Morus, tivesse permanecido fiel aos valores originais. No seu caso, perseverando nas tentativas de mudar o mundo, ao invés de aderir à realpolitik (começando pelo crime, muito pior do que qualquer mensalão, de ele ter pessoalmente negociado os termos da capitulação de Lula aos grandes capitalistas em 2002, assumindo o compromisso de que as linhas mestras da política econômica de FHC permaneceriam intocadas sob a Presidência petista). 



O governo manietado daí decorrente, exatamente por não ser revolucionário, nem de longe justificava o preço que ele agora pagará, esses 10 anos por Gales! Bem diferente do caso de Tiradentes: ninguém tem dúvidas sobre se valeu a pena ele morrer pela independência.

Fonte Náufrago da Utopia


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