Racha entre lideranças do Mato Grosso Muito Mais fica evidente. Enquanto Mauro Mendes, Valtenir e Pedro Taques duelam, os bagrinhos Onofre e Faissal aparecem como traidores e Riva ganha fôlego em Cuiabá
Riva e Mauro foram à Câmara para a posse dos vereadores; no final,
vitória de Riva sobre um dos líderes do Mato Grosso Muito Mais (foto
Luis Alves - Camara de Cuiabá)
Da Pagina do Enock Cavalcanti
Da Pagina do Enock Cavalcanti
A eleição para a Mesa Diretora da Câmara
Municipal de Cuiabá foi uma batalha que o PSB perdeu. O partido chegou
ao poder em Cuiabá e suas principais lideranças na capital – o prefeito
Mauro Mendes e o deputado federal Valtenir Pereira – ao invés de
convergirem para uma convivência harmônica, parece que resolveram partir
para um confronto fraticida. É que no horizonte já está a disputa de
2014 e o apetite pelo poder costuma embotar o raciocínio dos mais
afoitos.
Com seu conhecido nariz empinado, Mauro não consultou Valtenir para
coisa nenhuma, na formulação do seu poder e do seu secretariado em
Cuiabá, assumindo uma arriscada parceria com o prefeito que sai, Chico
Galindo e com o seu partido, o PTB, o que levou Valtenir a colocar o pé
na porta, resolvendo interferir na eleição para o comando da Mesa para
demonstrar que, afinal de contas, ele é o presidente regional do PSB.
O propósito anunciado por Valtenir era reforçar a pretensa
candidatura de Onofre Junior, da bancada do PSB, que estaria sendo
desconsiderada por Mauro que, muito cedo, se definira pelo petebista
Júlio Pinheiro. No vai-e-vem do confronto, Mauro acabou assumindo aquilo
que Laice Lucatelli, no Midia News, chamou de Plano B: lançou, na
última hora, a candidatura de Adilson Levante, do PSB, numa tentativa de
pacificação com os rebeldes Onofre Junir e Faissal Calil.
Só que esse Plano B parece ter sido costurado com muita inabilidade,
por Mauro Mendes. Segundo Onofre Jr, Mauro Mendes não tem traquejo
político, tanto que ele, Onofre, se sentiu humilhado pelo próprio
partido, quando lançara sua candidatura e não recebera apoio nenhum.
Falhou o Mauro, que não viu a importância de tratar com mais respeito a
articulação desenvolvida por Onofre, Valtenir Pereira, etc – e falharam
Valtenir e os peões Onofre Jr e Faissal Calil que, diante de uma
candidatura a presidente de seu partido, deveriam ter percebido que não
dá para votar contra um candidato do próprio partido e não querer ser
chamado de traidor. Aliás, na cerimônia de posse de Mauro Mendes como
prefeito, o senador Pedro Taques lançou seu brado contra os “joaquins
silvérios” que teriam atuando na eleição na Câmara Municipal. Quando
Faissal se dirigia para o plenário, para a votação decisiva, houve um
confronte dele com adeptos mais exaltados de Mauro Mendes – e uma porta
de vidro da Câmara acabou sendo espatificada. O que demonstra que pode
vir chumbo grosso por aí, por parte do diretorio municipal do PSB,
contra Onofre e Faissal.
A traição de Onofre e Faissal fica mais evidente quando, ao invés de
fortalecerem o projeto político do Mato Grosso Muito Mais e do PSB,
acabaram votando para presidente da Câmara de Cuiabá no vereador do PSD,
João Manoel, que, até agora, outra coisa não sabe ser na vida senão
genro do deputado mais processado por corrupção em Mato Grosso que é o
deputado Geraldo Riva.
Apesar de toda a empafia de Mauro Mendes, Onofre e
Faissal não tem justificativa aceitável para fortalecer o grupo
político de Geraldo Riva. Mesmo em cima da hora, Mauro Mendes jogou a
toalha, retirou o apoio a Julio Pinheiro, colocou a presidencia da
Câmara nas mãos do PSB – mas parece que o PSB não é tão importante assim
para Faissal e Onofre. O que valeria na política seria quem fala mais
grosso e quem é capaz de faturar acordos mais proveitosos.
Esses vereadores, ao tratar dos seus interesses pessoais e políticos,
jamais podem perder que vista que tudo que fazem tem uma forte
repercussão não só em seu futuro, maas no futuro daqueles partidos e
daquelas composições políticas em que atuam.
Mas vejam que não falo de uma situação muito fácil de destrinchar.
Não existe aqui uma linha reta que a gente possa seguir para chegar à
melhor conclusão. O fato é que o enredo político em Cuiabá que parecia
ser tão simples, com o PSB construindo por aqui sua principal base de
atuação e a principal base de atuação do Mato Grosso Muito Mais, para
2014, de repente se complica, com a renúncia do vice João Malheiros, que
é do grupo de Blairo Maggi e, agora, com a eleição de João Emanuel, do
grupo do Riva, para comandar a Câmara e atuar como vice de Mauro Mendes.
Desde que Riva perdeu força dentro do Judiciário e desde que seus
processos começaram a avançar, na fase pós- Escandalo da Maçonaria,
apontando para a inviabilização de qualquer pretensão futura dele em
matéria de disputa eleitoral, é preocupante perceber que Riva, apesar de
tudo, continua a evoluir, no mundo da política, como se os processos
judiciais contra ele simplesmente não existissem. Pior: fica parecendo
que esses processos e o desgaste de Riva não são devidamente
considerados por aqueles que com ele se articularam. A se confirmarem
articulações de Valtenir Pereira com Riva, nesta eleição, na Câmara de
Cuiabá, teremos um retrocesso político grave. Eis ai uma anotação que
faço e que fica a merecer maior aprofundamento. E vejam só que
complicado: Allan Kardec e Arilson, do PT, votaram de forma entusiasmada
na chapa que traduzia o reforço a Riva em Cuiabá. Quer dizer, a novata
bancada do PT na Câmara de Cuiabá para que optou pela insignificância.
Fonte: Blog do Enock
Você poderá gostar também:
O que se pode esperar de quem exerce ou busca poder sobre outros?
Político profissional e empresário corporativo têm a mesma natureza selvagem e predatória de hienas famintas a procura de presas frágeis e desorganizadas.
Leia mais:
Além de Francisco Serafim, acusado de tentar matar o próprio filho, Mauro Mendes escolheu, como secretário de Assistência Social, José Rodrigues Rocha Jr, que já foi preso e condenado por porte ilegal de armas
A ação contra o secretário foi julgada procedente pelo magistrado no dia 7 de novembro de 2011. No despacho, o juiz concedeu a José Rodrigues o direito de responder em liberdade, devido à inexistência de motivos para que seja decretada sua prisão.
Mendes empossa condenado por porte ilegal de arma
Antonielle Costa
O prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB) empossou ontem (3), o novo secretário de Assistência Social e Desenvolvimento Humano, José Rodrigues Rocha Júnior, que em 2011 foi condenado por posse e porte ilegal de arma de uso restrito das Forças Armadas.
A sentença de condenação foi proferida pelo juiz da 2ª Vara de Várzea Grande, Newton Godoy e previa uma pena de reclusão em regime aberto mais multa, no entanto, foi convertida em pagamento de multa no valor de R$ 1 mil e em prestação de serviços.
Rodrigues foi preso em fevereiro de 2010 com um revólver calibre .357, no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, no momento em que tentava embarcar em um voo para Brasília.
O caso foi investigado pela Polícia Federal, que apurou que a arma pertencia à família do secretário, e encaminhado a Comarca de Várzea Grande, onde o magistrado abriu vista para o Ministério Público Estadual (MPE) para oferecimento da denúncia.
A ação contra o secretário foi julgada procedente pelo magistrado no dia 7 de novembro de 2011. No despacho, o juiz concedeu a José Rodrigues o direito de responder em liberdade, devido à inexistência de motivos para que seja decretada sua prisão.
Na mesma decisão, o magistrado decretou a perda da arma, devendo a Diretoria Administrativa do Fórum encaminhá-la ao Exército Federal.
Além disso, determinou que após o trânsito em julgado, o nome do secretário seja lançado no rol de culpados e que seja expedido ofício ao Tribunal Regional Eleitoral, ao Sistema de Identificação Criminal e ao Infoseg, para que procedam a inclusão de José Rodrigues em seus arquivos.
A reportagem apurou que não houve recurso e em agosto passado a Justiça determinou o cumprimento da sentença.
Prisão
O secretário José Júnior chegou a ficar preso por menos de 12 horas no 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, no bairro Verdão, mas conseguiu na Justiça liberdade provisória, como prevê o artigo 310 do Código de Processo Penal. A decisão foi proferida pelo juiz da Vara de Execução Penal, Adilson Polegato.
Arma
Conforme o laudo da perícia da arma realizado pela PF, ficou comprovado que se trata de um revólver .357 Magnum, modelo RT 65, marca Taurus, com o número de série OE 261817, fabricado em aço de carbono, com acabamento inoxidado. A arma estava em condições de funcionamento capaz de efetuar disparos, se acionada, segundo o laudo.
Em consulta ao Sistema Nacional do Registro de Arma (Sinarm), ficou comprovado que não há registro do revólver, bem como não existe arma em nome de José Júnior.
No entanto, o revólver foi rastreado pelo número de série OE 261817 junto à fabricante Forjas Taurus S.A., que informou que o revólver havia sido vendido para a empresa Grupo El Hage SRL E Hag, localizada em Pedro Juan Canballero no Paraguai, de acordo com Nota Fiscal nº 294494 de 14/11/1995
FONTE MATO GROSSO NOTICIAS
Leia também:
Como funciona a cabeça de um corrupto e a falta de ética
É difícil compreender a psique de uma pessoa insensível à ética. A psicanálise, as ciências sociais e a filosofia ajudam a pesquisar o mistério.
Os bandidos e a política de Mato Grosso - I
"Impressionante
é que, apesar de ter seu know-how desvendado pelo Ministério Público,
Riva e seus comparsas conseguiram sobreviver a 118 processos, às
sentenças que já os condenaram quatro vezes". (FABIO PANNUNZIO)
Saiba mais:
GOVERNO NOVO: Francisco Serafim de Barros, suspeito de mandar matar o próprio filho por causa de prêmio de 28 milhões da Megasena, assume Secretaria de Planejamento da Prefeitura, com Mauro Mendes – informa Ronaldo Pacheco
O novo secretário, Francisco Serafim, com o novo prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes
NAS BARRAS DA JUSTIÇA
Suspeito de mandar matar filho por causa de prêmio da loteria assume cargo na gestão de Mauro Mendes
Durante o anúncio do secretariado, Mendes omitiu o nome de Serafim, adotando um procedimento contrário ao que fez com os demais
RONALDO PACHECO
HIPERNOTICIAS
Considerado homem de confiança do prefeito Mauro Mendes (PSB), o novo secretário Municipal de Planejamento e Coordenação, Francisco Serafim de Barros, ex-diretor nacional do Banco da Amazônia (Basa) e ex-superintendente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), é suspeito de ter mandado matar o próprio filho, Fábio Cezar Barros Leão, em 2010, por causa de um prêmio milionário da Mega Sena, principal loteria do Brasil. Ainda em tramitação no Poder Judiciário, o caso protagonizado por Serafim de Barros possui ingredientes para superar em maldade até mesmo os ‘causos’ criados pelo imortal Nelson Rodrigues, um dos ícones das tramas cafajestes na literatura brasileira.
Ao anunciar o secretariado, Mendes omitiu o nome de Serafim, adotando um procedimento contrário ao que fez com os demais, deixando que as especulações – sobre sua participação ou não no staff – reverberassem nos veículos de comunicação. A verdadeira confirmação ocorreu somente na noite desta terça-feira (01), no Centro de Eventos do Pantanal, durante a posse do prefeito com os secretários.
Na Secretaria de Planejamento, Sefarim coordena os gastos da Prefeitura de Cuiabá. Na municipalidade, a gestão é compartilhada, semelhante à que é executada pelo governo de Mato Grosso: a Secretaria Municipal de Fazenda é responsável pela arrecadação, enquanto a Seplan é quem autoriza os gastos. Desta forma, Serafim Barros detém a ‘chave do cofre’ da administração Mauro Mendes.
Na posse dos secretários, Mauro Mendes não tocou no assunto e se apressou em encerrar a entrevista, quando o tema começou vir à baila. Na tarde desta quarta-feira (02), a reportagem do Hipernotícias manteve vários contatos com a assessoria de Prefeitura de Cuiabá, solicitando uma entrevista com Francisco Serafim, mas não obteve êxito.
O caso teve repercussão nacional, principalmente por sua exposição na mídia, inclusive em programas dominicais, como o Fantástico (Globo). Na época, em entrevista à Globo, o atual secretário de Planejamento negou tudo.
“Eu jamais na minha vida poderia planejar ou arquitetar a morte de um ser humano, muito menos do nosso filho”, defendeu-se Francisco Serafim, à época.
ENTENDA O CASO
A desavença entre pai e filho teria começado em julho de 2006. Na época, Francisco Serafim era diretor do Banco da Amazônia (Basa), em Belém (PA), e Fábio Cezar ganhou o prêmio de R$ 28.244.624,32 – na Mega Sena. Considerado expertise em gestão financeira, Serafim depositou o prêmio em sua conta, autorizado por Fábio Cezar Barros.
Há pouco mais de dois anos, em maio de 2010, Francisco Serafim de Barros foi preso, acusado de planejar a morte de um de seus filhos, Fábio Cézar Barros Leão, então com 40 anos, por causa de um prêmio de R$ 28,8 milhões da Mega Sena que ele ganhou há quatro anos. O empresário Fabiano Barros Leão, irmão da vítima, na época também foi preso, suspeito de auxiliar o pai.
A denúncia de que pai e filho teriam encomendado a morte do premiado foi feita por pistoleiros, supostamente contratados para executar o crime. Ambos passaram cinco dias em prisão temporária.
As investigações começaram depois que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Mato Grosso do Sul apreendeu um carro com dois homens armados que seguiam para Campo Grande (MS). Eles tinham o endereço da namorada de Fábio Barros Leão e fotos do casal. Os detidos eram de Rio Verde, em Goiás, onde o suspeito possuía investimentos.
O advogado Ricardo Monteiro, responsável pela defesa de Fabio Cezar Barros, conseguiu um acordo parcial, no segundo semestre de 2010, para que o cliente recebesse parte do dinheiro. O montante nunca foi revelado, porque Monteiro e Cezar Barros Leão teriam firmado um acordo de sigilo. O processo criminal, porém, prossegue em Campo Grande e, também, na Comarca de Jaciara.
Caso Mega-Sena ganha destaque no Fantástico
Mega-Sena: pai e mais 5 são indiciados por plano contra milionário
PORTAL TERRA
A polícia do Mato Grosso do Sul indiciou, neste domingo, por formação de quadrilha, seis acusados de planejar o assassinato de Fábio Cézar de Barros Leão, 40 anos, que ganhou R$ 28,8 milhões da Mega-Sena em 2006. Entre os acusados estão o irmão, o pai e um parente distante de Fábio, além de dois supostos pistoleiros, e o primo de um deles, segundo informações do delegado adjunto do Grupo Armado de Repressão a Assaltos, Roubos e Seqüestros (Garras), Rodrigo Yassaaka.
O bancário aposentado Francisco Serafim Barros, 60 anos, e o seu filho Fábio disputam na Justiça o controle de R$ 12 milhões, além de propriedades rurais compradas com o dinheiro do prêmio. Quando recebeu o dinheiro, Fábio depositou o montante em nome do pai, mas mudou de idéia e tenta reaver o que ganhou nos tribunais.
De acordo com a polícia, os envolvidos não puderam ser enquadrados por tentativa de homicídio, porque o crime não chegou a ser executado. Todos conseguiram alvarás de soltura, com exceção de Fabiano Leão de Barros, irmão caçula de Fábio, preso em flagrante em Juscimeira (MT), com um arsenal de armas em sua fazenda. “Qual fazendeiro que não guarda armas em casa?”, disse após prestar depoimento.
Foram indiciados Francisco Serafim Barros (pai), Fabiano Leão de Barro (irmão) – ambos negam o crime -, José Gonçalves de Moraes (primo distante do aposentado, apontado com responsável por contratar os executores), Ademar Oliveira da Silva e Maxuel Silva dos Santos (pistoleiros) e Florêncio Rodrigues (primo de Ademar).
Investigações
As investigações começaram em março, após a prisão dos pistoleiros. Eles foram detidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na cidade de Bandeirantes (MS). Com a dupla, foram encontradas armas e fotografias de um casal. Os dois foram soltos por falta de provas, mas as investigações seguiram, com a ajuda de escutas telefônicas.
Francisco teria dado R$ 2 mil a José Gonçalves de Moraes, conhecido como Zé Gordo, para a contratação dos pistoleiros. O crime seria executado em março, na cidade Campo Grande (MS), onde Fábio, que é ex-vidraceiro, possui uma casa, e costumava visitar a noiva.
No fim de semana escolhido para o crime, os supostos pistoleiros se hospedaram próximos à casa de Fábio, mas ele não apareceu. A polícia acredita que a dupla foi presa quando retornava para Goiás, onde vivem, mas poderiam executar o plano em outra ocasião.
Há quatro semanas, o aposentado foi contratado para ocupar o cargo de superintendente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), mas perdeu o emprego, assim que foi preso. A entidade confirmou o afastamento em nota divulgada à imprensa.
Fabio também é acusado de matar a tiros um homem durante uma discussão ocorrida num bingo beneficente, promovido em Cuiabá (MT), em 2005.
Fonte: Pagina do Enock
Você poderá gostar de:
Como funciona a moral mafiosa no tocante a dinheiro
O MAL-ESTAR E A CORRUPÇÃO
Corrupção: uma explanação filosófica sobre uma “onerosa e reincidente” realidade humana
Os bandidos e a política
cebook.com/ antoniocavalcantefilh o.cavalcante
Visite a pagina do MCCE-MT






