segunda-feira, 17 de junho de 2013

PMs se sentam com ativistas durante protesto e são aplaudidos em SP


"Estamos vivendo uma experiência que nunca vivemos. Estamos aprendendo com essa passeata. 

 PMs sentam com os manifestantes na avenida Luís Carlos Berrini e são aplaudidos em São Paulo Foto: Peter Fussy / SXC.HU

Durante os protestos contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo, na noite desta segunda-feira, um grupo de cerca de 10 policiais militares acompanharam ativistas e se sentaram na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini. Eles foram aplaudidos por integrantes do protesto.

"Isso é uma demonstração de respeito da Polícia Militar à vontade política da população", diz Matheus Prei, integrante do Movimento Passe Livre e que acompanha os policiais. "Estamos vivendo uma experiência que nunca vivemos. Estamos aprendendo com essa passeata. Quando a gente não é reprimido, a gente consegue manter o controle das pessoas e não tem vandalismo, nem violência."

Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.


Segundo a administração pública, em quatro dias de manifestações mais de 250 pessoas foram presas, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. No dia 13 de junho, bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.

O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

No dia seguinte ao protesto marcado pela violência, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou que via "ações coordenadas" oportunistas no movimento, reiterou "a defesa do direito de ir e vir" da população, mas garantiu que não permitirá que os manifestantes prejudiquem a circulação de veículos e pessoas. No mesmo dia, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou que a polícia deve ser investigada por abusos cometidos, mas não deixou de criticar a ação dos ativistas.

As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. "O reajuste abaixo da inflação é um esforço da prefeitura para não onerar em excesso os passageiros", disse em nota. 

O prefeito da capital havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas

Fonte Portal Terra

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Da Redação - Laura Petraglia/Olhar Direto

Depois de reunir mais de 600 pessoas que marcharam de encontro à caminhada “No Clima da Copa” promovida pela Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo) neste domingo (16), a sociedade civil organizada de Cuiabá realiza na próxima quarta-feira (19) um movimento pelo passe livre e na quinta-feira (20), o II Ato de Manifestação Contra a Corrupção e Violência.

Manifestação em caminhada da Copa chama a atenção e divide opiniões; veja fotos

No grupo montado para tratar do assunto nas redes sociais, quase 100 mil pessoas já foram convidadas para participar dos atos, desta vez com marcados para o final da tarde, às 17h30, com concentração na Praça Alencastro.

“Dentre tantos atos ocorrendo no País, chegou a vez da nossa população se posicionar contra tudo o que vem ocorrendo na nossa Cuiabá. Desde as várias denuncias de desvios do cofre público para as obras da Copa, que está criando vários transtornos em nossa cidade”, consta da descrição do grupo.

Na descrição do grupo criado para discussão do manifesto, o texto relata ainda que em Cuiabá, há algo semelhante a São Paulo, já que a é uma das tarifas mais altas do país em transporte público.

“O aumento da passagem ocorrido no final do ano de 2012, um valor abusivo diante daquilo que a população tem em troca com os serviços prestados. São ônibus sem ar condicionado, frotas que não suportam a demanda e causam superlotação diária e geram uma má qualidade de vida para a população que necessita desse meio. Por isso vamos as ruas, nada muda sem agitação, nada se transforma sem conscientização. Por nós, pelo povo e pela justiça! Levem cartazes, megafones, música, e sua voz. Cuiabá também não se calará. Todos para mostrarmos que não somos somente estatísticas e número de habitantes, somos uma nação unida”, finaliza.

Confira os debates sobre a temática no grupo criado na rede social

Fonte: Olhar Direto

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