Apaixonado pela família, comunicação,
música e velocidade – não necessariamente nessa ordem -, Marcos Alberto
Coutinho Barbosa era o protótipo melhor acabado do que se apregoa nas
universidades para o jornalista cibernético ...
Por RONALDO PACHECO
Apaixonado
pela família, comunicação, música e velocidade – não necessariamente
nessa ordem -, Marcos Alberto Coutinho Barbosa era o protótipo melhor
acabado do que se apregoa nas universidades para o jornalista
cibernético. Sempre em busca do fato e da foto para o lead e sublead,
mesmo que a reportagem somente fosse completada ‘com mais informações em
instantes’.
Coutinho tinha voracidade pela informação e exigia urgência em sua veiculação, sempre na expectativa de ser o primeiro a divulgar uma notícia ou de tê-la com exclusividade. Quem trabalhou com ele, sem dúvida, jamais se esquecerá do seu principal bordão: “Isso é urgente!”.
Caso vivesse num país com a cultura de preservar a memória daqueles que contribuíram para melhorar alguma área da ciência, seja humana ou exata, como a Inglaterra, onde morou, certamente Coutinho iria galgar o panteão dos imortais de Mato Grosso e talvez do Brasil. Partiu de Coutinho, com seu incansável e inseparável parceiro Auro Ida (in memorian), a ideia de dispor a informação online para os internautas de Mato Grosso, num momento em que a web ainda engatinhava.
É provável que poucos profissionais da comunicação de Mato Grosso tenham convivido tanto e tão intensamente com Marcos Coutinho e Auro Ida quanto eu. Interessante é que o que antes eu considerava quase um suplício, devido ao grau de qualidade técnica e exigência profissional de ambos, hoje percebo que foi um privilégio. Aliás, para poucos e bons.
Muito mais para não perder a piada do que por maldade, justamente Auro Ida, eu, Marcos Lemos, José Roberto Bebeto Amador, Edilson Almeida, Américo Correa, André Nishizaki e Ademar Andreola lhe impuseram um apelido que, na atualidade, poucos tinham coragem e autoridade para pronunciar: “Menino Maluquinho”. Mais do que uma gozação, tratava-se indiretamente de uma homenagem. Era uma forma de reconhecimento ao mais irrequieto da melhor geração de repórteres políticos da história de Mato Grosso.
E eu era um dos poucos a chamá-lo de ‘Maluquinho’, na lata, sem sofrer represália ou ouvir um palavrão. Se bem que eu gostava muito mais de chamar apenas de M.C.A.B. – as iniciais de seu nome, bordadas nos cantos de suas roupas de quando ainda estudávamos, na década de 1970, no Colégio Evangélico de Buriti, em Chapada dos Guimarães.
Quando perdemos Auro Ida, em 2011, eu e Coutinho sentamo-nos para tentar escrever um artigo sobre o ‘Japonês’. Era para ser uma homenagem a quem nós, eu e MACB, chamávamos de ‘Cabeção’.
Coutinho deu até o título: ‘Réquiem para Auro Ida’.
Conservamos muito. Choramos. E o texto saiu (digamos) abaixo da expectativa. Então, decidimos que a melhor homenagem seria nada redigir e guardar Auro no coração.
Agora, sem MACB, resolvi escrever outro ‘Réquiem’. Nas últimas semanas ele reclamava de cansaço. Creio que, enfim, no seio de Jesus Cristo, Coutinho conseguirá descansar.
Muito mais do que um jornalista, Coutinho era um símbolo. O jornalista pode ser substituído. O símbolo, jamais.
(*) RONALDO PACHECO é jornalista em Cuiabá e amigo de MACB.
Coutinho tinha voracidade pela informação e exigia urgência em sua veiculação, sempre na expectativa de ser o primeiro a divulgar uma notícia ou de tê-la com exclusividade. Quem trabalhou com ele, sem dúvida, jamais se esquecerá do seu principal bordão: “Isso é urgente!”.
Caso vivesse num país com a cultura de preservar a memória daqueles que contribuíram para melhorar alguma área da ciência, seja humana ou exata, como a Inglaterra, onde morou, certamente Coutinho iria galgar o panteão dos imortais de Mato Grosso e talvez do Brasil. Partiu de Coutinho, com seu incansável e inseparável parceiro Auro Ida (in memorian), a ideia de dispor a informação online para os internautas de Mato Grosso, num momento em que a web ainda engatinhava.
É provável que poucos profissionais da comunicação de Mato Grosso tenham convivido tanto e tão intensamente com Marcos Coutinho e Auro Ida quanto eu. Interessante é que o que antes eu considerava quase um suplício, devido ao grau de qualidade técnica e exigência profissional de ambos, hoje percebo que foi um privilégio. Aliás, para poucos e bons.
Muito mais para não perder a piada do que por maldade, justamente Auro Ida, eu, Marcos Lemos, José Roberto Bebeto Amador, Edilson Almeida, Américo Correa, André Nishizaki e Ademar Andreola lhe impuseram um apelido que, na atualidade, poucos tinham coragem e autoridade para pronunciar: “Menino Maluquinho”. Mais do que uma gozação, tratava-se indiretamente de uma homenagem. Era uma forma de reconhecimento ao mais irrequieto da melhor geração de repórteres políticos da história de Mato Grosso.
E eu era um dos poucos a chamá-lo de ‘Maluquinho’, na lata, sem sofrer represália ou ouvir um palavrão. Se bem que eu gostava muito mais de chamar apenas de M.C.A.B. – as iniciais de seu nome, bordadas nos cantos de suas roupas de quando ainda estudávamos, na década de 1970, no Colégio Evangélico de Buriti, em Chapada dos Guimarães.
Quando perdemos Auro Ida, em 2011, eu e Coutinho sentamo-nos para tentar escrever um artigo sobre o ‘Japonês’. Era para ser uma homenagem a quem nós, eu e MACB, chamávamos de ‘Cabeção’.
Coutinho deu até o título: ‘Réquiem para Auro Ida’.
Conservamos muito. Choramos. E o texto saiu (digamos) abaixo da expectativa. Então, decidimos que a melhor homenagem seria nada redigir e guardar Auro no coração.
Agora, sem MACB, resolvi escrever outro ‘Réquiem’. Nas últimas semanas ele reclamava de cansaço. Creio que, enfim, no seio de Jesus Cristo, Coutinho conseguirá descansar.
Muito mais do que um jornalista, Coutinho era um símbolo. O jornalista pode ser substituído. O símbolo, jamais.
(*) RONALDO PACHECO é jornalista em Cuiabá e amigo de MACB.
Fonte Hiper Notícias
Leia mais:
GRANDE, COMO ERA GRANDE: Marcos Coutinho, mais um jornalista que morre cedo demais. Em Mato Grosso, com o Olhar Direto, ele desbravou a internet e mostrou que podiamos nos livrar do jornalismo estreito que se pratica nos jornais e nas redes de televisão
Por Enock Cavalcante
A morte do jornalista Marcos Coutinho, aos 47 anos, neste domingo, 9 de junho de 2013, me espanta. Eu fora ao computador, perto do meio dia, neste domingo, cumprir a rotina de saber como é que anda esse mundo de deus e do diabo, temendo saber da morte do Nelson Mandela, quando soube da morte do irriquieto Coutinho. As noticias dão conta de que teria sofrido um acidente vascular cerebral, que, no popular, a gente diz que foi um derrame.
O acidente vascular cerebral (a sigla fatal: AVC), também chamado, segundo a Wikipédia, de acidente vascular encefálico (AVE), é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento (isquemia) ou rompimento (hemorragia) de vasos sanguíneos cerebrais.
Trata-se de uma emergência médica que pode evoluir com sequelas ou morte, sendo a rápida chegada no hospital importante para a decisão terapêutica. No Brasil, a principal causa de morte são as doenças cardiovasculares (cerca de 1 a cada 3 casos), com o AVC representando cerca de 1/3 das mortes por doenças vasculares.
Dentre os principais fatores de risco para AVC estão: a idade avançada, hipertensão arterial (pressão alta), tabagismo, diabetes, colesterol elevado, acidente isquêmico transitório (AIT) prévio, estenose da válvula atrioventricular e fibrilação atrial.
Ao sentir as fortes dores de cabeça, no caminho para Primavera, ao invés de voltar para casa, o Marcos Coutinho deveria ter se dirigido imediatamente a um hospital. Mas, certamente, o Coutinho pensou que estava sentindo uma daquelas dores que dá na gente e depois passa. Dessa vez, não passou.
Esse é um momento para nos solidarizarmos com a mulher, com os filhos, com os muitos amigos do Marcos Coutinho que devem ser consolados diante dessa perda brutal. A gente nunca aceita a finitude da vida. Fica achando que as pessoas queridas vão existir para todo o sempre – e a coisa não é bem assim. Lembro do verso doloroso do poeta Cassiano Ricardo: “Desde que se nasce, já se começa a morrer”.
Fazia tempo que eu não falava com o Coutinho. Pintou uma divergência em nossa abordagem jornalística das coisas que acontecem na política, aqui em Mato Grosso, e ele preferiu se afastar de mim. Ultimamente nos limitávamos aos cumprimentos formais, sem aquela alegria de antigamente. Isso me espantava e me doía, mas, o que fazer? A vida é feita de encontros e desencontros.
Sim, houve muita alegria no meu passado de convivência com o explosivo Marcos Coutinho. Sempre que ele me encontrava, naqueles bons tempos, acontecia um abraço forte, expressões altissonantes de alegria. O Coutinho era uma força da Natureza, um cara saudavelmente imprevisível, saudavelmente incontrolável.
Acho que ninguém se lembra, ninguém dá muita importância a isso, mas a primeira vez que resolvi lançar artigos na internet, foi através de um espaço que o Marcos Coutinho me abriu no seu Olhar Direto. Não sei o que foi feito dos textos daquela minha colaboração, mas eu sempre a escrevi com muito gosto, até o momento em que já não conseguia publicar ali tudo que gostaria de publicar. E eu, inspirado pelos versos do poeta e amigo Paulo Mendes Campos, segui em frente: “Todo homem deve compreender a amargura e profundidade do seu limite”.
Fui, então, para Brasilia, onde lancei o “DeBrasilia.com”, que viria, depois, a se transformar nesta PÁGINA DO E.
Uma coisa é certa: Coutinho marcou presença com atitudes vitais para a afirmação do jornalismo na internet, em Mato Grosso, rompendo com a ditadura dos nossos “grandes” jornais e de nossas “grandes” redes de televisão (que, na verdade, não são tão grandes assim). Fico sempre triste ao perceber que ninguém vem registrando e contando esta história. Quando rompeu com A Gazeta e resolveu levar adiante o projeto do Olhar Direto que o Mário Marques iniciara, o Coutinho firmou um marco indelével no jornalismo mato-grossense.
Coutinho navegou contra as imposições e os esquemas políticos do empresariado jornalístico tradicional, firmou seu Olhar Direto, fez um trabalho exemplar, desbravando os caminhos dessa grande via que é a internet. Claro que aconteceram as derrapadas. Em alguns momentos ele acabou mimetizando os vícios daqueles empresários que combatera. É que o Coutinho, me parece óbvio, não era um super-homem, um ser acima dos outros seres; era um homem no meio de outros homens e também era condicionado pelo meio em que atuava e não conseguiu, em muitos momentos, superar e transcender alguns destes limites.
Mas a História certamente já registra que, em Mato Grosso, com o Olhar Direto, o companheiro Marcos Coutinho desbravou a internet, ousou, viabilizou, nos mostrou o caminho da liberdade que se abriu via a grande via, e demonstrou que podíamos nos livrar do jornalismo estreito que se praticava e se pratica nos grandes jornais e nas grandes rede de televisão, tão subordinadas a esquemas políticos e a esquemas empresariais deletérios. Marcos Coutinho é um pioneiro, sem dúvida nenhuma. O Marcos marcou, entende? Foi ele, por exemplo, quem publicou as primeiras matérias apontando os desacertos do Poder Judiciário de Mato Grosso que acabou sendo alvo de notável depuração no episódio do Escândalo da Maçonaria. Antes de Marcos Coutinho, escrever sobre as tramas do Judiciário, era tabu.
Para mim, a morte do Coutinho parece mais dura porque, agnóstico que sou, acho difícil idealizar uma vida depois da morte física de cada um de nós. Como o Drummond, me convenci de que nós morremos de verdade, nós morremos mortos. Nós não revivemos, porque não há nenhum exemplo na natureza disso. Por isso é que digo que o Coutinho morreu cedo demais. 47 anos, meu Deus! O Coutinho merecia mais um tempo, para continuar fazendo o seu trabalho e perseguindo a perfeição, ao seu modo.
Eu costumo olhar para o jornalismo mato-grossense, para o jornalismo brasileiro, como um trabalho multifacetado. Cada um de nós dá sua contribuição – e cabe ao público leitor procurar entender a contribuição que cada um de nós vai dando para que se trace o mosaico de nossa realidade no presente, no passado e no futuro. Existirá aquele capaz de abarcar a realidade como um todo? Duvido.
Torço, por isso mesmo, para que os sucessores de Marcos Coutinho possam dar continuidade ao trabalho que ele formatou, através do portal Olhar Direto, que é hoje um sucesso inegável, consagrador da memória do Coutinho. Não poderá haver melhor homenagem ao jornalista desbravador que o Coutinho foi do que esta, de levar adiante a sua proposta. Não é só o show de todo o artista, como cantaram João Bosco e Aldir Blanc; o trabalho de todo jornalista, também, tem que continuar.
Fonte: Pagina do Enock
Leia mais:
Por Enock Cavalcante
A morte do jornalista Marcos Coutinho, aos 47 anos, neste domingo, 9 de junho de 2013, me espanta. Eu fora ao computador, perto do meio dia, neste domingo, cumprir a rotina de saber como é que anda esse mundo de deus e do diabo, temendo saber da morte do Nelson Mandela, quando soube da morte do irriquieto Coutinho. As noticias dão conta de que teria sofrido um acidente vascular cerebral, que, no popular, a gente diz que foi um derrame.
O acidente vascular cerebral (a sigla fatal: AVC), também chamado, segundo a Wikipédia, de acidente vascular encefálico (AVE), é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento (isquemia) ou rompimento (hemorragia) de vasos sanguíneos cerebrais.
Trata-se de uma emergência médica que pode evoluir com sequelas ou morte, sendo a rápida chegada no hospital importante para a decisão terapêutica. No Brasil, a principal causa de morte são as doenças cardiovasculares (cerca de 1 a cada 3 casos), com o AVC representando cerca de 1/3 das mortes por doenças vasculares.
Dentre os principais fatores de risco para AVC estão: a idade avançada, hipertensão arterial (pressão alta), tabagismo, diabetes, colesterol elevado, acidente isquêmico transitório (AIT) prévio, estenose da válvula atrioventricular e fibrilação atrial.
Ao sentir as fortes dores de cabeça, no caminho para Primavera, ao invés de voltar para casa, o Marcos Coutinho deveria ter se dirigido imediatamente a um hospital. Mas, certamente, o Coutinho pensou que estava sentindo uma daquelas dores que dá na gente e depois passa. Dessa vez, não passou.
Esse é um momento para nos solidarizarmos com a mulher, com os filhos, com os muitos amigos do Marcos Coutinho que devem ser consolados diante dessa perda brutal. A gente nunca aceita a finitude da vida. Fica achando que as pessoas queridas vão existir para todo o sempre – e a coisa não é bem assim. Lembro do verso doloroso do poeta Cassiano Ricardo: “Desde que se nasce, já se começa a morrer”.
Fazia tempo que eu não falava com o Coutinho. Pintou uma divergência em nossa abordagem jornalística das coisas que acontecem na política, aqui em Mato Grosso, e ele preferiu se afastar de mim. Ultimamente nos limitávamos aos cumprimentos formais, sem aquela alegria de antigamente. Isso me espantava e me doía, mas, o que fazer? A vida é feita de encontros e desencontros.
Sim, houve muita alegria no meu passado de convivência com o explosivo Marcos Coutinho. Sempre que ele me encontrava, naqueles bons tempos, acontecia um abraço forte, expressões altissonantes de alegria. O Coutinho era uma força da Natureza, um cara saudavelmente imprevisível, saudavelmente incontrolável.
Acho que ninguém se lembra, ninguém dá muita importância a isso, mas a primeira vez que resolvi lançar artigos na internet, foi através de um espaço que o Marcos Coutinho me abriu no seu Olhar Direto. Não sei o que foi feito dos textos daquela minha colaboração, mas eu sempre a escrevi com muito gosto, até o momento em que já não conseguia publicar ali tudo que gostaria de publicar. E eu, inspirado pelos versos do poeta e amigo Paulo Mendes Campos, segui em frente: “Todo homem deve compreender a amargura e profundidade do seu limite”.
Fui, então, para Brasilia, onde lancei o “DeBrasilia.com”, que viria, depois, a se transformar nesta PÁGINA DO E.
Uma coisa é certa: Coutinho marcou presença com atitudes vitais para a afirmação do jornalismo na internet, em Mato Grosso, rompendo com a ditadura dos nossos “grandes” jornais e de nossas “grandes” redes de televisão (que, na verdade, não são tão grandes assim). Fico sempre triste ao perceber que ninguém vem registrando e contando esta história. Quando rompeu com A Gazeta e resolveu levar adiante o projeto do Olhar Direto que o Mário Marques iniciara, o Coutinho firmou um marco indelével no jornalismo mato-grossense.
Coutinho navegou contra as imposições e os esquemas políticos do empresariado jornalístico tradicional, firmou seu Olhar Direto, fez um trabalho exemplar, desbravando os caminhos dessa grande via que é a internet. Claro que aconteceram as derrapadas. Em alguns momentos ele acabou mimetizando os vícios daqueles empresários que combatera. É que o Coutinho, me parece óbvio, não era um super-homem, um ser acima dos outros seres; era um homem no meio de outros homens e também era condicionado pelo meio em que atuava e não conseguiu, em muitos momentos, superar e transcender alguns destes limites.
Mas a História certamente já registra que, em Mato Grosso, com o Olhar Direto, o companheiro Marcos Coutinho desbravou a internet, ousou, viabilizou, nos mostrou o caminho da liberdade que se abriu via a grande via, e demonstrou que podíamos nos livrar do jornalismo estreito que se praticava e se pratica nos grandes jornais e nas grandes rede de televisão, tão subordinadas a esquemas políticos e a esquemas empresariais deletérios. Marcos Coutinho é um pioneiro, sem dúvida nenhuma. O Marcos marcou, entende? Foi ele, por exemplo, quem publicou as primeiras matérias apontando os desacertos do Poder Judiciário de Mato Grosso que acabou sendo alvo de notável depuração no episódio do Escândalo da Maçonaria. Antes de Marcos Coutinho, escrever sobre as tramas do Judiciário, era tabu.
Para mim, a morte do Coutinho parece mais dura porque, agnóstico que sou, acho difícil idealizar uma vida depois da morte física de cada um de nós. Como o Drummond, me convenci de que nós morremos de verdade, nós morremos mortos. Nós não revivemos, porque não há nenhum exemplo na natureza disso. Por isso é que digo que o Coutinho morreu cedo demais. 47 anos, meu Deus! O Coutinho merecia mais um tempo, para continuar fazendo o seu trabalho e perseguindo a perfeição, ao seu modo.
Eu costumo olhar para o jornalismo mato-grossense, para o jornalismo brasileiro, como um trabalho multifacetado. Cada um de nós dá sua contribuição – e cabe ao público leitor procurar entender a contribuição que cada um de nós vai dando para que se trace o mosaico de nossa realidade no presente, no passado e no futuro. Existirá aquele capaz de abarcar a realidade como um todo? Duvido.
Torço, por isso mesmo, para que os sucessores de Marcos Coutinho possam dar continuidade ao trabalho que ele formatou, através do portal Olhar Direto, que é hoje um sucesso inegável, consagrador da memória do Coutinho. Não poderá haver melhor homenagem ao jornalista desbravador que o Coutinho foi do que esta, de levar adiante a sua proposta. Não é só o show de todo o artista, como cantaram João Bosco e Aldir Blanc; o trabalho de todo jornalista, também, tem que continuar.
Fonte: Pagina do Enock
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Celestial moradia diante do pavimento estrelado. Olhar Direto iluminado.
Obreiro da palavra em sintonia existencial... Olhar Direto: Polir e lapidar!
Universo jornalístico ampliado além de um olhar... Olhar Direto: Edificar!
Tempo e espaço cidadão publicado. Olhar Direto nos predicados da razão.
Imprensa e liberdade de expressão. Olhar Direto elaborado com perfeição.
Notabilidade em comunicação virtual. Olhar Direto em elevado manancial.
Humanidade e perfeição gramatical. Olhar Direto em exaltado memorial...
Olhar Direto no esplendor da alvorada angelical. Paz em plenitude Divinal!
(*) AIRTON REIS é professor, poeta e embaixador da paz em Mato Grosso. E-mail: airtonreis.poeta@gmail.com
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Notabilidade em comunicação virtual. Olhar Direto em elevado manancial.
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(*) AIRTON REIS é professor, poeta e embaixador da paz em Mato Grosso. E-mail: airtonreis.poeta@gmail.com
Fonte Hiper Notícias
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