quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Bens do deputado Riva e do conselheiro Bosaipo estão indisponíveis.


"A impunidade não salva da pena e castigo merecido; retarda-o para o fazer mais grave pela reincidência e agravação das culpas e crimes subseqüentes."(Marquês de Maricá)




O juiz Alex Nunes de Figueiredo, da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá, em cumprimento a decisão do Superior Tribunal de Justiça, decretou, nesta terça-feira (12 de novembro) a indisponibilidade dos bens do deputado José Geraldo Riva, do conselheiro afastado do TCE, Humberto Melo Bosaipo, e de Guilherme da Costa Garcia, Nivaldo de Araújo e Geraldo Lauro.
 
Os réus são acusados de desvio de dinheiro e apropriação indevida de recursos públicos do Poder Legislativo, por meio de emissão e pagamento com cheques de empresas inexistentes ou irregulares.

Por unanimidade, a Segunda Turma do STJ deu provimento ao recurso especial interposto pelo Ministério Público Estadual e seguiu voto do relator, ministro Castro Meira.

A decisão é de 21 de outubro de 2010 e de lá para cá diversos embargos foram interpostos até o trânsito em julgado em 2013, com a manutenção da decisão da Segunda Turma.

Na decisão desta terça-feira, o juiz mandou oficiar os cartórios de registros de imóveis de Cuiabá, Várzea Grande, Juara, Juína, Porto dos Gaúchos, Chapada dos Guimarães e Barra do Garças. O objetivo é averbar todas as matrículas de imóveis pertencentes aos réus e encaminhar cópias para o juízo.

O Departamento de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) terá que inserir restrição de indisponibilidade nos registros dos veículos cadastrados em nome dos réus e enviar os comprovantes da operação ao magistrado.

Clique aqui para ler a íntegra da decisão.


(Coordenadoria de Comunicação do TJMT)
 

 
 
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Depois de 3 anos de esperneios, decisão da 2ª Turma do STJ, que acolheu voto do ministro Castro Meira, bloqueando bens de Riva, Bosaipo e mais 3 acusados por rombos na Assembleia, transita em julgado e não pode mais ser contestada. Juiz Alex de Figueiredo determina caçada a bens que Bosaipo e Riva ainda mantenham em seus nomes. Patrimônio poderá ser usado, ao final dos julgamentos, para cobrir perdas que Riva e Bosaipo teriam promovido com ações que MP aponta como criminosas. Devido ao lento arrastar da Justiça, crime de formação de quadrilha já prescreveu, em benefício de Riva e Bosaipo e outros identificados pelo MP como comparsas na trama 
 
Na fotomontagem vemos o ministro José de Castro Meira, que se aposentou no STJ, em setembro deste ano, mas deixou um voto marcante com relação a Humberto Bosaipo, ex-deputado estadual e atual conselheiro afastado do Tribunal de Contas de Mato Grosso, e ao deputado estadual José Geraldo Riva, cacique do PSD, seis vezes eleito presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso e afastado do cargo em maio deste ano de 2013, por decisão judicial.
 
 
 
Pagina do Enock Cavalcanti 

As derrotas jurídicas de Riva e Bosaipo não repercutem, todavia, no plenário da Assembléia, onde o cacique do PSD continua exercendo, com aparente mão de ferro, seu controle sobre Romoaldo Jr, Alexandre César, Mauro Savi, Emanuel Pinheiro, Guilherme Maluf, Luciane Bezerra, Zé Domingos, Zeca Viana, Ademir Brunetto, e outros caititus. Os protestos de rua contra Riva, que foram destaque na histórica manifestação de 20 de junho, em Cuiabá, também arrefeceram. Mantendo seu mandato e o controle, nos bastidores da Assembleia, Riva vem sustentando continuadas ações de marketing que tentam contrapor uma “imagem positiva” sua e do Legislativo Estadual, procurando tirar do foco, para o grande público, as denúncias e os processos contra diversas gestões da chamada Casa Cidadã. Esse marketing se utiliza, fortemente, de parcerias com a TV Centro América, com o Grupo Gazeta de Comunicação e sites como o Olhar Direto, o Só Noticias, o Midia News e o RD News, etc, etc, alimentados fartamente com inserções publicitárias da Assembléia. Com todo este esquema, a pressão para que a Assembleia coloque em votação uma proposta, que seria bastante natural, nesta altura do campeonato, de quebra de decoro, em faces dos seus processos e de suas condenações, se atenua e Riva continuar a manipular os cordéis do poder no Legislativo estadual. Na Câmara Federal e no Senado Federal, o silêncio sobre as ações da dupla Riva e Bosaipo e a pregação em defesa de imediatas atitudes moralizadoras no ambito da AL-MT não se fazem ouvir , livrando o parlamentar do PSD de um constrangimento que seria nacional e registrando-se, no modesto entendimento deste blogue, uma omissão igualmente perniciosa dos senhores Carlos Bezerra (PMDB), Valtenir Pereira (Pros), Nilson Leitão (PSDB), Wellington Fagundes (PR), Pedro Henry (PP), Júlio Campos (DEM), Eliene Lima (PSD), Ságuas Moraes (PT), Blairo Maggi (PR), Pedro Taques(PDT) e Jaime Campos (DEM). No final das contas, o poder político de Riva ainda consegue neutralizar a força das decisões contrárias a ele que se tem registrado no âmbito do Poder Judiciário, pois a cortina de fumaça diante dos olhos da maioria do povo se mantém. Confira o noticiário. (EC)
 
 
 
 
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