Éder Moraes, que é um arquivo vivo, diz temer virar um arquivo morto e já fala em fazer delação premiada. “Sei que corro risco de vida porque muitos estão incomodados com que tenho dito, mas quem me conhece sabe da minha vontade e determinação.(…) Minha caixa de email está cheia, mas Blairo e Silval deveriam ter a ombridade de ao menos ligar e perguntar se eu estava precisando de algo. Não é assim que se trata companheiros e lembre-se que eu cuidei do caixa dos dois (…)Na verdade quem tem que ter dor de barriga com essa operação não sou eu”
Um possível acordo de Éder Moraes com a Polícia Federal e o Ministério
Público pode resultar em importantes revelações sobre os bastidores do
poder em Mato Grosso e os possíveis negócios sujos tramados à sombra das
administrações de Blairo Maggi(PR) e Silval Barbosa (PMDB)
ARQUIVO VIVO
Éder teme morte, admite delação e dispara: cuidei dos caixas de Maggi e Silval
Éder Moraes: “não irei furtar de dizer a verdade aos orgãos investigativos”
Em entrevista há pouco ao programa Chamada Geral (Mega FM 95), o
ex-secretário da Casa Civil, Fazenda e Copa, Éder Moraes Dias, revelou
que teme ser assassinado a qualquer momento por ter ocupado nos últimos
12 anos cargos estratégicos no Governo de Mato Grosso. “Sei que corro
risco de vida porque muitos estão incomodados com que tenho dito, mas
quem me conhece sabe da minha vontade e determinação e desafios”, disse.
Éder Moraes teve na manhã de ontem a casa no condomínio Florais dos
Lagos, em Cuiabá, invadida por agentes da Polícia em cumprimento de
mandado de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em Mato
Grosso. Além dele, outros 23 locais foram ocupados pela PF em Mato
Grosso, Goiás, Distrito Federal e São Paulo.
“Respeito o trabalho da Polícia Federal e Justiça Federal e, como fui
secretário por 12 anos, muito daquilo que aconteceu em Mato Grosso
passou por minhas mãos”, considerou, ao garantir estar “tranquilo por
tenho a consciência de que não fez nada de errado” e cumpriu somente
ordens dadas pelo ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR) e o
atual governador Silval Barbosa (PMDB) fazendo com base em leis,
decretos e programas de governo.
Segundo Éder Moraes, não existe a “conversa fiada de que estaria
fazendo ameaças veladas” aos dois líderes políticos. “Não tenho rebo
preso de ninguém, mas o que houve foi uma gestão compartilhada em que o
subordinado cumpre ordens dos chefes”, explicou.
Durante a entrevista ao radialista Lino Rossi, o ex-secretário e
atual presidente do Mixto ameaçou até mesmo fazer uma delação premiada
ao Ministério Público Federal. “Já aviso: não vou me furtar de dizer que
não irei me furtar de dizer a verdade para qualquer sistema de
investigação”, avisou.
PRECONCEITO SULISTA
O executivo, que hoje é também apresentador de televisão e rádio,
refutou os comentários de que tivesse se tornado um milionário após ter
ocupado cargos estratégicos no palácio Paiaguás. “Não estou rico e meu
patrimônio está declarado. O Éder não nasceu hoje e tenho uma história
no mercado financeiro como diretor de banco”, explicou.
O executivo garantiu ainda que não possui fortuna na mão de outras
pessoas, como por exemplo o empresário Valdir Agostinho Piran, que
também foi alvo da Polícia Federal. “Se eu ter algum real na mão de
alguém, quero publicamente pedir que ela me devolva”, disse, ao negar
que qualquer cheque ou nota promissória tenha sido apreendida em sua
casa, já que a PF localizou R$ 126 milhões em documentos assinados por
diversas autoridades públicas de Mato Grosso.
Éder Moraes afirmou ser vítima de preconceito por ser um cuiabano que
conseguiu visibilidade num momento em que lideranças políticas com
origem no Sul do país comandam a política regional. “Nós cuiabanos
acordamos cedo para ralar a bunda no caco de vidro enquanto os
forasteiros que vem do Sul detonam os cofres públicos e tudo fica por
isso mesmo. Isso é uma perseguição bairrista”, salientou.
Pré-candidato a deputado estadual pelo PMDB, Éder Moraes Dias revelou
ter recebido centenas de manifestações populares de apoio após a
operação. “Minha caixa de email está cheia, mas Blairo Silval deveriam
ter a ombridade de ao menos ligar e perguntar se eu estava precisando de
algo. Não é assim que se trata companheiros e lembre-se que eu cuidei
do caixa dos dois”, disse em tom de mágoa.
Fonte pagina do Enock
Saiba mais
POLÍTICA VICIADA: Senador Pedro Taques garante uma “boquinha”em seu gabinete, às custas dos cofres públicos, para Ariadne Mendonça, filha do empresário Fernando Mendonça, maior doador de sua campanha eleitoral. Mendonça é investigado por possível envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro
Mantendo a rotina de troca de favores entre os políticos e seus apoiadores, Pedro Taques garantiu uma boquinha, às custas dos cofres públicos, no Senado Federal, para Ariadne, filha do empresário Fernando Mendonça que injetou dinheiro em sua campanha
Filha de alvo da PF trabalha no gabinete de Pedro Taques
Pai de Ariane Mendonça doou R$ 230 mil durante campanha ao Senado de Taques em 2010 e é investigado pela Polícia Federal por esquema de lavagem de dinheiro
Site institucional do senador Pedro Taques mostra a funcionária Ariane Mendonça, filha de investigado da Polícia Federal por esquema de lavagem de dinheiro
DOUGLAS TRIELLI
DO ISSO É NOTICIA
A filha do empresário Fernando Mendonça, que foi alvo da quarta fase da Operação Ararath, compõe a equipe que trabalha diretamente com o senador Pedro Taques (PDT), em Brasília. A informação está disponível no site do parlamentar.
De acordo com a assessoria de Taques, Ariane Mendonça trabalha no gabinete do parlamentar em Brasília e dá suporte a área de comunicação. “Ela ajuda na publicação de matérias nas redes sociais, publicação de vídeos, toda essa parte de mídias sociais”, informou o gabinete do parlamentar.
Ariane está na equipe de Taques desde quando o pedetista assumiu uma cadeira no Senado em 2010. Para tanto, Taques teve ajuda financeira do Atacado Mendonça, que pertence ao pai de Ariane.
O Isso É Notícia apurou que a empresa Vale Formoso Distribuição Ltda é a razão social da empresa, que funciona na Avenida Governador Júlio Campos, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a empresa de Fernando Mendonça fez seis depósitos na conta de campanha do pedetista, com valores que vão de R$ 10 mil a R$ 100 mil. No total, a empresa doou mais de R$ 230 mil ao senador. Taques, ao todo, declarou à Justiça que gastou R$ 1,1 milhão.
Taques, que tem amizade pessoal com o empresário, também já teria dito, em conversas no meio político, que pretendia nomeá-lo como secretário de Fazenda, caso vencesse a disputa de outubro pelo comando do Palácio Paiaguás.
O empresário teve sua casa e empresa revistada pela Polícia Federal na deflagração da quarta fase da Operação Ararath. A PF realizou 24 buscas e apreensões em residências e empresas, entre elas a do empresário Valdir Piran, conhecido por atuar com factoring e agiotagem na Capital. As buscas foram autorizadas pelo juiz Jefferson Scheneider, da Segunda Vara Criminal da Justiça Federal de Cuiabá.
Mendonça é investigado por participação no esquema de lavagem de dinheiro que seria encabeçado pelo empresário Júnior Mendonça, dono da Amazônia Petróleo e da Globo Fomental Mercantil, pivô das investigações.
Fonte pagina do Enock
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