segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Político-apresentador, Eder deve ser acionado por fazer propaganda ilegal


Além do espaço televisivo, Eder também se promove através de outdoors espalhados pela Capita. É evidente que tem que se tomar providências quanto a isso
 


Eder Moraes, pré-candidato a deputado estadual

O ex-secretário do Escritório de Representação de Mato Grosso em Brasília, Eder Moraes (PMDB), pode ser alvo de ação no TRE por campanha extemporânea. O peemedebista é pré-candidato a deputado estadual e apresentador do programa Eder Moraes - Fatos & Versões, transmitido por três canais de Mato Grosso -TV MT, 27; Canal 47, Rede TV; e 8, TBO. A atividade, até então, é permitida conforme calendário eleitoral. O prazo para que políticos se afastem é até 30 de junho, quando se encerra a realização das convenções.  

Acontece que, segundo o presidente do Movimento de Combate Contra a Corrupção (MCCE) Antônio Cavalcante Filho (Ceará), além do espaço televisivo, Eder também se promove através de outdoors espalhados pela Capital. Teria ainda contratado equipe para fazer panfletagem de seu programa em bairros , o que pode configurar ato ilegal.

Para o líder da entidade fiscalizadora, essa é uma forma de massificar a marca do político, que é justamente o espaço que tem na televisão. "É evidente que tem que se tomar providências quanto a isso", reforça.

A preocupação é ainda maior devido ao "histórico" de Eder Moraes, de acordo com Ceará. Ele reclama que o ex-homem forte do governo Blairo Maggi (PR) e da gestão Silval Barbosa (PMDB) teve o nome envolvido no Escândalos dos Maquinários e na Operação Cartas Marcadas. Por isso, o movimentoo promete ficar atento. O RDNews tentou localizar Eder para comentar o caso, mas ele não atendeu ou retornou as ligações.

Fiscalização integrada

O MCCE garante que levará a situação para um grupo integrado criado pelo TRE juntamente com entidades como Ministério Público, OAB, Polícia Federal e a ONG Moral, a fim de fiscalizar a atuação de pré-candidatos que tentem se aventurar em campanhas políticas antes do período permitido. "O objetivo é garantir a lisura do processo eleitoral e que todos estejam no mesmo nível na campanha, que prevaleça a vontade do povo e não do dinheiro e, acima de tudo, queremos que a democracia seja respeitada, assim como a lei", afirma Ceará.

Até agora, o TRE recebeu duas denúncias de propaganda eleitoral antecipada. O primeiro caso é de Figueirópolis do Oeste e envolve político do PSD. Já sobre a segunda situação o tribunal não pôde fornecer informações para não comprometer a fiscalização da irregularidade, tendo em vista que foi expedido mandado de constatação. 

Conforme o órgão, ambas estão em fase inicial. Primeiro a Justiça expede mandado de constatação, onde o oficial de Justiça vai até o local verificar se a denúncia procede ou não. Em caso positivo, o infrator é intimado a fazer cessar a irregularidade em 48 horas. Após, a denúncia é enviada a Procuradoria Regional Eleitoral que irá analisar os fatos e decidir se oferece ou não a representação. Se a MP oferecer a denúncia, o juiz a recebe, faz a análise e profere a decisão. A multa, se cabível, só será aplicada neste momento. Sendo assim, por enquanto, não há condenações e nem multa aplicada.

Fonte RD News


Saiba mais

Para Eder pré-candidatos ao governo fazem campanha extemporânea


Para o ex-secretário do Escritório de Representação de Mato Grosso em Brasília, Eder Moraes (PMDB), todos os pré-candidatos ao Governo fazem campanha extemporânea e o Movimento de Combate ao Crime Eleitoral (MCCE) “não faz nada sobre isso”. A declaração foi feita nesta segunda (17) em resposta à matéria divulgada pelo Rdnews, na qual afirma que o peemedebista pode ser alvo do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), por propaganda eleitoral irregular devido ao programa Eder Moraes Fatos & Versões e, ainda, a suposta panfletagem para promover seu espaço televisivo.

Eder acusa o coordenador do MCCE, Antônio Cavalcante Filho, o Ceará, de ser mal intencionado, parcial, analfabeto eleitoral e político. “O Ceará constantemente age com litigância e má fé”, afirmou. Segundo o pré-candidato a deputado estadual, o MCCE “entope” o Judiciário de processos desnecessários. “O TRE e a Corte do TJ são de juízes e desembargadores ilibados e que se vêem obrigados a perder tempo julgando e avaliando denúncias vazias”, completou.

Ainda de acordo com Eder, o MCCE está “afoito com relação a algumas figuras políticas, e me incluo nessas vítimas do ímpeto e da voracidade de denunciar”. Mas, segundo ele, ao mesmo tempo os membros do movimento são “verdadeiras tartarugas e lesmas lerdas em relação a outros políticos”. “Eu tenho direito constitucional, democrático e da liberdade de expressão, e meu programa já está incomodando muita gente pela imparcialidade, credibilidade e fundamentação das notícias veiculadas”, reforçou.

O peemedebista disse também que pretende saber “de qual pau de arara caiu o Ceará”, que o líder do MCCE tem que justificar da onde vem seu sustento e ‘quem financia o Movimento’. Por outro lado, assume que fez panfletagem e explica que foi com o objetivo de ampliar a audiência de seu programa, que é transmitido por três canais. “Fiz isso da forma mais decente e honesta e vou continuar fazendo”, adiantou.



O coordenador do MCCE, por sua vez, defende que o movimento existe há cerca de 14 anos e que nunca houve denúncia em que a entidade não fosse alvo de acusações como as de Eder Moraes. “Não sei qual má intenção existe no movimento que defende a lisura eleitoral, que ao longo dos anos propôs para a sociedade a Lei 9.840, de combate ao crime eleitoral. Graças a essa lei, mais de 4 mil candidatos foram cassados no país”, observou.

Ceará ainda disse não saber como se acusa um movimento que propõe ao Brasil a Lei da Ficha Limpa. “Cai por terra qualquer argumento de má intenção. A má intenção existe daqueles que querem se eleger atropelando a legislação eleitoral, cometendo crimes de compra de voto, abuso do poder econômico e uso da máquina administrativa. Esses candidatos que se utilizam destes instrumentos é que nos taxam de mal intencionados, no entanto, mal intencionados são eles, que agem sem ética e sem compromisso com a sociedade”.

O coordenador argumentou também que quem abarrota o Judiciário de processos são criminosos e quadrilhas do crime organizado e que o MCCE nunca se omitiu em momento algum. “Qualquer denúncia é passada para o Ministério Público desde que tenha informações fundamentadas e pelo menos indícios”.

Sobre desmascarar o MCCE, Ceará assegura que o movimento “é um livro aberto, quem tem que ser desmascarado é ele [Eder] e explicar para a população da onde vem o salário dele, os bens e os carros de luxo, é ele quem foi servidor público”. Em contrapartida, o coordenador justificou que é funcionário do Sintep. “É daqui que tiro o meu sustento e da minha família”. Mesmo diante dos fatos, assegura que o MCCE continuará o trabalho que vem desempenhando há mais de uma década.




Visite a pagina do MCCE-MT