quinta-feira, 27 de março de 2014

Em audiência do julgamento, Lutero Ponce vê perseguição e se diz injustiçado


A impunidade não salva da pena e castigo merecido; retarda-o para o fazer mais grave pela reincidência e agravação das culpas e crimes subseqüentes. (Marquês de Maricá) 


Ex-vereador por Cuiabá Lutero Ponce,


Em audiência do julgamento do ex-vereador por Cuiabá Lutero Ponce, nesta quinta (27), na 3ª Vara da Fazenda Pública, o ex-parlamentar diz que foi injustiçado e não quer mais saber de política. Cassado em 2009, por quebra de decoro, improbidade administrativa e corrupção, Lutero afirma que após o episódio está cuidando dos negócios da família: um buffet e uma fazenda.

Apesar das acusações, o ex-vereador acredita que será inocentado, porque, segundo ele, durante o mandato aumentou o salário dos funcionários, reformou a Câmara e fez o Plano de Cargo, Carreira e Salário (PCCS). “Parei de mexer com esse negócio (política). Das coisas que eu fiz, nunca nenhum funcionário reclamou de nada”, declara em entrevista ao Rdnews.

Lutero atribui o fato da cassação à perseguição política, sofrida pelo então presidente da Câmara, Deucimar Silva (PP). Ele relembra que foi cassado por 14 votos contra 4. Conforme o ex-parlamentar, dos que votaram a favor da cassação, 12 não têm mais mandato. Dos quatro que foram contra a invalidação do mandato, somente Lúdio Cabral (PT) não é mais vereador, por deixar o cargo para disputar à Prefeitura de Cuiabá, em 2012, onde saiu derrotado. “Curiosamente, todos que pediram minha cassação não conseguiram se reeleger”, insinua. 

Para se defender, Lutero explica que todas as licitações, que foram alvo de investigação, tiveram requerimento de saída e entrada, conforme a legalidade. O ex-vereador é enfático ao apontar Deucimar como principal articulador de sua cassação. Argumenta que o progressista se revoltou quando o ex-parlamentar foi presidente do Legislativo. Na ocasião, Deucimar perdeu o mandato por trocar de partido devido à Lei de Fidelidade Partidária e culpou Lutero que poderia tê-lo “salvado”. “Deucimar, por ter força política, na época, fez muito barulho. Fui eleito por 5 mil pessoas e cassado por 14 vereadores. Fui injustiçado”.

Cassação

O ex-presidente da Câmara Lutero Ponce, embora tivesse pedido de prisão decretada pela Justiça em junho de 2009, não foi preso por não ter sido localizado. Na ocasião, Lutero só apareceu após o habeas corpus ser concedido. O ex-parlamentar argumentou que estava viajando e que jamais havia fugido. É acusado de causar rombo de R$ 7 milhões ao erário. O julgamento do ex-parlamentar é relativo a processo que apura fraudes em licitações realizadas à época em que comandou o Legislativo.

Fonte RD News



 

https://www.facebook.com/antoniocavalcantefilho.cavalcante

Visite a pagina do MCCE-MT

www.mcce-mt.org