Conselheiro Luiz Henrique Lima, do TCE-MT, identificou que durante a gestão de Riva, no ano de 2011, cada carro da Assembleia consumia 216 litros de combustível por dia. O combustível era adquirido dos postos da Amazônia Petróleo, do empresário Junior Mendonça, delator da Ararath. Riva, que tenta se viabilizar como candidato a governador pelo PSD, é o parlamentar mais processado por corrupção em toda a história de Mato Grosso. Quatro decisões do TJ-MT o tornam ficha suja e inelegivel, segundo parecer, entre outros, do procurador geral da República, Rodrigo Janot.
O
Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE) apontou que na gestão
do deputado estadual José Geraldo Riva (PSD), que é candidato ao
governo do Estado pela Coligação Viva Mato Grosso, os carros da
Assembleia Legislativa consumiram em um ano combustível que daria para
abastecer a frota em um período de oito anos. (CLIQUE AQUI)
O valor foi
analisado no período que compreende os meses de janeiro a dezembro de
2011, quando Riva era o presidente da Instituição, no Contrato nº
02/2011, firmado entre o Legislativo Mato-grossense e a Amazônia
Petróleo de propriedade de Gércio Mendonça Junior, o Junior Mendonça –
apontado como pivô do esquema de lavagem de dinheiro orquestrado por
Eder Moraes em Mato Grosso.
O resultado consta
do relatório anual de conta de gestão da Assembleia e foi feito pelo
conselheiro substituto do Tribunal de Contas, Luiz Henrique Lima. No
relatório o conselheiro explica que ao analisar a frota de 24 veículos
Corolla que a Assembleia dispunha e o valor gasto com combustível,
“seriam necessários aproximadamente oito anos para consumir o volume
registrado pela AL/MT como de consumo de gasolina apenas do último
trimestre de 2011 (1.234.875,22 litros)”.
Ainda
segundo o órgão de controle externo, com relação à frota de nove carros
do setor administrativo, “o consumo foi na ordem de 175.080 litros de gasolina, o que equivale ao consumo diário por veículo de 216 litros de gasolina, correspondendo a 1.080km rodados com base na autonomia de 5 km por litro de combustível”.
“Conclui-se que
não existe possibilidade real de um veículo consumir em média 216 litros
de gasolina e rodar 1.080km em um dia”, de acordo com o relatório do
TCE.
Dinheiro não contabilizado
O Tribunal também apontou que durante a gestão de José Geraldo Riva (PSD), à frente da Assembleia naquele ano, há diferença de R$ 3.1118.823,14 entre o valor pago pela instituição à Amazônia Petróleo e o declarado na prestação de contas.
De acordo com o
relatório apresentado pelo conselheiro substituto, a empresa do agiota
Junior Mendonça, que é investigado na Operação Ararath pela Polícia
Federal por lavagem de dinheiro e crime contra o sistema financeira, por
operação de “banco clandestino”, emitiu notas fiscais pelo fornecimento
de combustível à Assembleia no valor de R$ 13.025.755,00, entretanto, somente o valor de R$ 9.906.931,86 foi prestado contas ao Tribunal.
Relação investigada
Esse contrato que foi feito por Riva com a Amazônia Petróleo já está sendo investigado pela Delegacia Fazendária do Estado.
“Os indícios nos
apontam que o quantitativo de combustíveis adquiridos de 2009 a 2013
pela Assembleia Legislativa não corresponde aos veículos utilizados pela
Casa Legislativa. Não é uma questão de preço, é uma questão da
quantidade de litros de combustíveis adquiridos em relação à frota”,
explicou o delegado da Delegacia Fazendária, Rogers Elizandro Jarbas, no
dia 17 de julho, quando Júnior Mendonça prestou depoimento na Polícia
Civil sobre os contratos com a AL.
No cumprimento dos
mandados de busca e apreensão, feitos pela Polícia Federal,
foi encontrado um documento que comprova que o valor pago pelo contrato
firmado entre a Amazônia Petróleo e a Assembleia (Contrato o02/2011) era
repassado diretamente para o Banco Industrial e Comercial (BIC), com
autorização de José Riva
Fonte Blog do Antero
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