sábado, 2 de agosto de 2014

Supermercado Modelo lavou dinheiro de Junior Mendonça, diz PF


A quantia de R$ 3 milhões serviu para ser entregue ao deputado estadual José Riva (PSD) e os valores decorrentes dessa transação financeira foram retirados da conta da Amazônia Petróleo por meio de transferência para contas de empresas indicadas pelo parlamentar 




Da Redação

Folha Max

A movimentação financeira da rede de supermercados Modelo, que fechou as portas nesta semana em Mato Grosso, configura em indícios suficientes que identificam lavagem de dinheiro. É o que revela relatório da Polícia Federal produzido com base em documentos apreendidos no transcorrer da Operação Ararath ao qual FOLHAMAX teve acesso. 

No dia 20 de maio, na quinta etapa da operação deflagrada pela Polícia Federal, o proprietário do supermercado Modelo, Altevir Magalhães, prestou depoimento na sede da PF. Na ocasião, o advogado Jackson Mario da Souza alegou que se fazia necessários prestar esclarecimentos a respeito de um empréstimo de R$ 1,45 milhões.

Filiado ao PMDB, Magalhães sempre manteve proximidades com a classe política e concorreu a suplente de senador em 2010 na chapa encabeçada pelo petista Carlos Abicalil, que terminou em terceiro lugar. Conforme a investigação da Polícia Federal, em fevereiro de 2011, o Bic Banco autorizou a concessão de um empréstimo simulado em nome da rede de combustíveis Amazônia Petróleo, de propriedade do empresário Gércio Marcelino Mendonça Junior, conhecido como Junior Mendonça. 

A quantia de R$ 3 milhões serviu para ser entregue ao deputado estadual José Riva (PSD) e os valores decorrentes dessa transação financeira foram retirados da conta da Amazônia Petróleo por meio de transferência para contas de empresas indicadas pelo parlamentar, na qual está o Supermercado Modelo, JVP Factoring Mercantil e Baggio e Cia LTDA. 

Antes considerada uma das redes de supermercados mais conceituadas de Mato Grosso, o Modelo acumulou grave crise financeira fechando todas unidades como CPA 1 e 3, Pantanal Shopping, Hipermercado Modelo nas proximidades do bairro Santa Rosa e uma unidade de atacado na Avenida Beira Rio. Além de encerrar as atividades, a rede de supermercados terá que pagar milhões de dívidas trabalhistas para os colaboradores que perderam os postos de trabalho.

Fonte Folha Max


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