A quantia de R$ 3 milhões serviu para ser entregue ao deputado estadual José Riva (PSD) e os valores decorrentes dessa transação financeira foram retirados da conta da Amazônia Petróleo por meio de transferência para contas de empresas indicadas pelo parlamentar
RAFAEL COSTA
Da Redação
Da Redação
Folha Max
A movimentação financeira da rede de supermercados Modelo, que fechou
as portas nesta semana em Mato Grosso, configura em indícios
suficientes que identificam lavagem de dinheiro. É o que revela
relatório da Polícia Federal produzido com base em documentos
apreendidos no transcorrer da Operação Ararath ao qual FOLHAMAX teve acesso.
No dia 20 de maio, na quinta etapa da operação deflagrada pela
Polícia Federal, o proprietário do supermercado Modelo, Altevir
Magalhães, prestou depoimento na sede da PF. Na ocasião, o advogado
Jackson Mario da Souza alegou que se fazia necessários prestar
esclarecimentos a respeito de um empréstimo de R$ 1,45 milhões.
Filiado ao PMDB, Magalhães sempre manteve proximidades com a classe
política e concorreu a suplente de senador em 2010 na chapa encabeçada
pelo petista Carlos Abicalil, que terminou em terceiro lugar. Conforme a
investigação da Polícia Federal, em fevereiro de 2011, o Bic Banco
autorizou a concessão de um empréstimo simulado em nome da rede de
combustíveis Amazônia Petróleo, de propriedade do empresário Gércio
Marcelino Mendonça Junior, conhecido como Junior Mendonça.
A quantia de R$ 3 milhões serviu para ser entregue ao deputado
estadual José Riva (PSD) e os valores decorrentes dessa transação
financeira foram retirados da conta da Amazônia Petróleo por meio de
transferência para contas de empresas indicadas pelo parlamentar, na
qual está o Supermercado Modelo, JVP Factoring Mercantil e Baggio e Cia
LTDA.
Antes considerada uma das redes de supermercados mais conceituadas de
Mato Grosso, o Modelo acumulou grave crise financeira fechando todas
unidades como CPA 1 e 3, Pantanal Shopping, Hipermercado Modelo nas
proximidades do bairro Santa Rosa e uma unidade de atacado na Avenida
Beira Rio. Além de encerrar as atividades, a rede de supermercados terá
que pagar milhões de dívidas trabalhistas para os colaboradores que
perderam os postos de trabalho.
Fonte Folha Max
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