VEJAM O TAMANHO DO ABSURDO PROFERIDO POR ESSE REPRESENTANTE DA EXTREMA-DIREITA NA CÂMARA FEDERAL CONTRA A DEPUTADA MARIA DO ROSÁRIO:
ATÉ QUANDO VAMOS SUPORTAR O INSUPORTÁVEL
O Congresso Nacional do Sarney, do Renan, do Maluf e do Bolsonaro continua sendo o símbolo máximo do Brasil podre.
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Bolsonaro é a cara – sem máscara – da oposição
Não é preciso dizer mais sobre esse que atende por “Jair Bolsonaro”. O relato de sua última fala conhecida resume a sua vida pública e, mais ainda, a sua vida privada
Brasil 247
Por Eduardo Guimarães
No meio da tarde da última terça-feira (9/12), estava reunido com
blogueiros discutindo o quadro político atual quando uma jovem que
participava da reunião interrompeu o orador do momento para anunciar que
alguma coisa chamada “Jair Bolsonaro” grunhiu, da tribuna da Câmara dos
Deputados, que só não estupraria a deputada pelo PT gaúcho Maria do
Rosário porque ela “não merece” ser estuprada por ele.
Desta vez, Maria do Rosário teve mais sorte. Em 2003, além de dizer a
mesma coisa esse portento de “valentia” que atende por “Jair Bolsonaro”
ainda empurrou a parlamentar enquanto a chamava de “vagabunda”.
Porém, esse “homem” não se limitou a agredir moralmente apenas a
deputada petista; também cobriu outra mulher de insultos e calúnias, a
presidente da República, Dilma Rousseff:
“(…) A Maria do Rosário saiu daqui agora correndo. Por que
não falou da sua chefe, Dilma Rousseff, cujo primeiro marido sequestrou
um avião e foi para Cuba, participou da execução do major alemão? O
segundo marido confessou publicamente que expropriava bancos, roubava
bancos, pegava armas em quarteis e assaltava caminhões de carga na
Baixada Fluminense. Por que não fala isso? (…)”
O sujeito citou o “primeiro” e o “segundo” maridos de Dilma como um
anátema. Acusou-os de crimes, mas, na mesma frase, a principal acusação
que fez, de forma implícita, foi a de que uma mulher, veja só, é tão
questionável moralmente que até já teve dois maridos (!). Para uma
aberração como a que atende por “Jair Bolsonaro”, mulher que teve dois
maridos dispensa maiores comentários.
Você, mulher de qualquer orientação político-ideológica, faixa
etária, nível de escolaridade, de renda, que resida em qualquer parte do
país e que tenha a cor da pele ou dos cabelos que tiver, gostaria de
ser casada com esse sujeito? Algum dia, quando era uma adolescente, você
sonhou que o homem da sua vida poderia ser alguém capaz de admitir a
hipótese de estuprar uma mulher?
Você amaria essa coisa chamada “Jair Bolsonaro”? Que mulher pode amar
um homem que demonstra prazer ao violar mulheres mental e moralmente e,
pelo que propôs em sua teoria sobre meritocracia de suas vítimas,
também fisicamente?
Não é preciso dizer mais sobre esse que atende por “Jair Bolsonaro”. O
relato de sua última fala conhecida resume a sua vida pública e, mais
ainda, a sua vida privada. O fato, porém, é que, apesar de sua ultra
sinceridade, esse espécime não passa de um resumo da oposição a Dilma
Rousseff.
Além da tese sobre meritocracia das vítimas de estupro, o que foi que
“Jair Bolsonaro” expeliu, nessa diarreia verborrágica que o acometeu na
Casa do Povo, que não diz a oposição formal a Dilma ou essa oposição
envergonhada que habita os verdadeiros canis que teimam em se
autodenominar “redações”?
Eis um trecho da “argumentação” padrão da oposição a Dilma Rousseff:
“(…) Dilma Rousseff, deve estar envergonhada, sim, Vossa
Excelência, por ter roubado, só, dois milhões e meio de dólares da casa
do Ademar. Agora, são bilhões da Petrobrás. Presidente do Conselho de
Administração, ministra das Minas e Energia, chefe da Casa Civil,
Presidente da República, não sabe de nada… Quantas dezenas de milhares
de pessoas morrem por esse dinheiro desviado para o seu partido, para a
sua casa (…) Esteve agora na Unasul reunida com a escória da América
Latina tratando, entre outras coisas, da abertura do espaço aéreo para
os países aqui da Unasul… Cuba não faz parte mais; tá no bolo. Além do
tráfico de drogas e o tráfico de armas e munições… Já tem onze mil
cubanos aqui (…)”
Ufa! Não é fácil ouvir esse animal…
Mas o mais engraçado é que ele acusa o partido de Maria do Rosário
apesar de o partido a que pertence, pelos seus critérios, ser muito
pior. “Jair Bolsonaro”, do PP, acusa o PT baseado, por exemplo, nas
“delações” de gente como o doleiro Alberto Youssef, o mesmo que, segundo
matéria do Estadão do último dia 1º, deu declarações nada abonadoras sobre o grupo político do agressor de deputada e da presidente da República.
Abaixo, trecho da matéria do jornal paulista:
“(…) O doleiro Alberto Yousseff afirmou a investigadores da
Operação Lava Jato que ‘só sobram dois no PP’ ao reforçar o envolvimento
de políticos do partido no esquema de corrupção da Petrobrás (…)”
Detalhe: O PP, de “Jair Bolsonaro”, tem 39 deputados e 5 senadores.
Se “sobram dois” no partido, de onde esse energúmeno tirou coragem para
acusar o partido de Maria do Rosário?
Enfim, a parte publicável da catilinária do agressor de mulheres
emula o que diz, por exemplo, Aécio Neves. A tese de que Dilma “deve se
envergonhar” foi usada à exaustão pelo tucano ao longo da recente
campanha eleitoral. Se fosse dito que a fala acima sobre corrupção na
Petrobrás partiu do senador pelo PSDB mineiro, ninguém duvidaria. A
oposição encontra seu símbolo nesse monumento à covardia.
Fonte Brasil 247
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