Ex-secretário diz que não pode provar informações; depoimento foi feio ao MPE
O ex-secretário de Fazenda Eder Moraes, que falou ao Ministério Público
Mídia News
KARINE MIRANDA
DA REDAÇÃO
O ex-secretário de Fazenda Eder Moraes afirmou, em
depoimento ao Ministério Público Estadual (MPE), que pode ter havido
direcionamento no edital de licitação para as obras do VLT (Veículo Leve
sobre Trilhos), em Cuiabá e Várzea Grande. DA REDAÇÃO
O VLT foi contratado por R$ 1,4 bilhão, por meio de RDC (Regime Diferenciado de Contratação). As empresas contratadas foram a Santa Bárbara, a CR Almeida, a CAF Brasil Indústria e Comércio, a Magna Engenharia Ltda. e Astep Engenharia Ltda.
A reportagem do MidiaNews obteve as gravações, em vídeo, dos depoimentos prestados no ano passado.
"A informação que tenho
é que 15 milhões de euros estão na Espanha. Eles não estão conseguindo
manobrar para trazer isso. Seria um comissionamento dos vagões pagos
pela CAF"
Propina
Eder também fala de uma suposta propina de 15 milhões de euros, que teria sido paga pela empresa CAF Brasil, estaria à disposição em uma conta na Espanha.
"É só suspeita mesmo... Porque falam que o Pedro Nadaf (ex-secretário da Casa Civil) está indo receber isso em São Paulo, em Brasília...", disse.
“A informação que tenho é que 15 milhões de euros estão na Espanha. Eles não estão conseguindo manobrar para trazer isso. Seria um comissionamento dos vagões pagos pela CAF”, disse Eder.
A propina, segundo Eder, teria sido paga pela empresa para que o governador aprovasse a CAF Brasil como responsável pela fabricação dos 40 vagões que vão compor o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
“A CAF está muito receosa em movimentar isso porque, eu acho, que a própria Polícia Federal está sabendo disso, a Interpol... Enfim, o pessoal está colado nisso. Mas isso são informações que eu não posso provar”, afirmou.
Pescaria no Panamá
Eder também falou sobre as suspeitas levantadas pelo empresário Júnior Mendonça, epicentro do suposto esquema de lavagem de dinheiro investigada pela Operação Ararath, de que o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf (PR), estaria realizando viagens ao Panamá, “paraíso fiscal”.
“Eu sei que eles inventam pescarias para lá, constantemente. E conta no Panamá, pelo que eu sei, são contas de paraísos fiscais, que são operadas. É complicado. Sem o auxílio da Interpol e da Federal e do sistema financeiro, não chega a lugar nenhum”, afirmou
Fonte Mídia News
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