Igreja que ‘ganhou’ do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), no apagar das luzes de seu governo, um terreno de R$ 7,3 milhões tem o “ficha suja” Humberto Bosaipo como ‘um dos líderes’
Membro da Igreja Assembleia de Deus Nova Aliança, o ex- deputado
estadual e ex-conselheiro do TCE, Humberto Bosaipo ficou tristemente
famoso devido à sua parceria com o deputado José Geraldo Riva no rombo
dos cofres da Assembleia Legislativa de Mato Grosso levado à Justiça
pelo Ministério Público Estadual, através dos promotores Roberto Turin e
Célio Fúrio
Igreja que ‘ganhou’ terreno de R$ 7,3 milhões tem Bosaipo como ‘um dos líderes’
A Igreja Assembleia de Deus Nova Aliança teve a doação de
área nobre na avenida Juliano Costa Marques, em Cuiabá, no último ato do
ex-governador Silval Barbosa
DO REPÓRTER MT
A Igreja Assembleia de Deus Nova Aliança, que recebeu como último ato
do governador Silval Barbosa (PMDB), a doação de um terreno avaliado em
mais de R$ 7,3 mihões, pertencente ao estado, é a congregação que tem
como um de seus líderes o ex-conselheiro, que renunciou ao TCE para não
ser preso (já que seu processo voltou para primeira instância, e, com
isso, ganhou tempo), ficha suja Humberto Bosaipo. Também é fiel da
igreja, o ex-governador.
A área em questão possui 11.350 metros quadrados e a doação foi
regularizada por meio da lei nº 10.246, de 31 de dezembro de 2014. No
local, segundo a lei, devem ser construídos prédios voltados para
ministração de cursos, como homeopatia, de técnicas de locução,
fotografia e bacharelado em Teologia, através de convênio com a
Faculdade de Teológica Integrada, além de cursos de teatro, dança e
coral.
A avaliação do imóvel consta na Secretaria de Estado de
Administração, no laudo nº 230/2014/SAOP, do Processo nº
199705/2014/SAD. O terreno fica na Avenida Juliano Costa Marques, Quadra
nº 03, Lote 02, Setor B, Centro Político Administrativo. A avenida foi
uma das que receberam investimentos para a Copa, sendo uma das primeiras
obras a ser entregues. Foi totalmente duplicada. A igreja tem dois anos
para construir os prédios e instalar o Centro de Multiuso e os cursos
ministrados.
MAIS DOAÇÕES E VENDA
O ex-governador, em cinco anos de gestão, fez várias doações de áreas
públicas para igrejas, sindicatos e associações. Além disso “vendeu”
uma enorme área ao lado do Hospital de Câncer, para o agiota Jânio
Viegas de Pinho, dono da JVP Factoring Fomento Mercantil. Ele pagou R$
1.085.170,35 por terreno de 72 mil metros quadrados, que vale, no mínimo
R$ 30 milhões. O MPE, por meio da 12ª Promotoria de Justiça de Defesa
do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, abriu inquérito
civil para investigar a venda.
O Ministério Público Estadual (MPE) também recorreu à Justiça para
anular 31 termos de permissão de bens e imóveis públicos feito pelo
então (des) governador.
O MPE requer a proibição de qualquer edificação nos terrenos
questionados. A Secretaria Administração (SAD) informou que há 56 Termos
de Permissões de Uso de Bem Imóvel Público celebrados por Silval
Barbosa. E o que é pior, tais permissões poderão se estender por até 60
anos, com direito a renovação.
As ações para derrubar tais práticas do (des) governo de Silval
tramitam na Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular da
Capital.
FICHA SUJA
No dia 10 de dezembro de 2014 o presidente do Tribunal de Contas do
Estado, Waldir Teis, acatou o pedido de renúncia do conselheiro Humberto
Bosaipo e declarou vaga a cadeira do ex-deputado na Corte.
O ato de renúncia é de número 163/2014. Bosaipo viu na renúncia,
segundo apurou o RpMT com fontes do Tribunal, a única forma de ganhar
fôlego em processo de improbidade administrativa, referente à época em
que comandou a Assembleia Legislativa.
Bosaipo teria renunciado para não ser cassado ou até mesmo preso, já
que não seria possível sua aposentadoria como ex-conselheiro. Com a
renúnicia, o processo de Bosaipo volta para Primeira Instância e ele
ganha tempo.
O governador Pedro Taques (PDT) avalia revogar o ato de doação da área para tal Igreja.
O governo de Silval Barbosa (PMDB), para alguns analistas, marca o final
da Era Maggi. Para outros, a Era Maggi se estende também pelo governo
do Pedro Taques (PDT), já que a família Maggi apareceu entre os
principais financiadores a investir na campanha eleitoral do atual
governador
Fonte pagina do Enock
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