quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

NEGÓCIOS NÃO REPUBLICANOS:


Igreja que ‘ganhou’ do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), no apagar das luzes de seu governo, um terreno de R$ 7,3 milhões tem o “ficha suja” Humberto Bosaipo como ‘um dos líderes’

Membro da Igreja Assembleia de Deus Nova Aliança, o ex- deputado estadual e ex-conselheiro do TCE, Humberto Bosaipo ficou tristemente famoso devido à sua parceria com o deputado José Geraldo Riva no rombo dos cofres da Assembleia Legislativa de Mato Grosso levado à Justiça pelo Ministério Público Estadual, através dos promotores Roberto Turin e Célio Fúrio


Igreja que ‘ganhou’ terreno de R$ 7,3 milhões tem Bosaipo como ‘um dos líderes’

A Igreja Assembleia de Deus Nova Aliança teve a doação de área nobre na avenida Juliano Costa Marques, em Cuiabá, no último ato do ex-governador Silval Barbosa



DO REPÓRTER MT

A Igreja Assembleia de Deus Nova Aliança, que recebeu como último ato do governador Silval Barbosa (PMDB), a doação de um terreno avaliado em mais de R$ 7,3 mihões, pertencente ao estado, é a congregação que tem como um de seus líderes o ex-conselheiro, que renunciou ao TCE para não ser preso (já que seu processo voltou para primeira instância, e, com isso, ganhou tempo), ficha suja Humberto Bosaipo. Também é fiel da igreja, o ex-governador.

A área em questão possui 11.350 metros quadrados e a doação foi regularizada por meio da lei nº 10.246, de 31 de dezembro de 2014. No local, segundo a lei, devem ser construídos prédios voltados para ministração de cursos, como homeopatia, de técnicas de locução, fotografia e bacharelado em Teologia, através de convênio com a Faculdade de Teológica Integrada, além de cursos de teatro, dança e coral.

A avaliação do imóvel consta na Secretaria de Estado de Administração, no laudo nº 230/2014/SAOP, do Processo nº 199705/2014/SAD. O terreno fica na Avenida Juliano Costa Marques, Quadra nº 03, Lote 02, Setor B, Centro Político Administrativo. A avenida foi uma das que receberam investimentos para a Copa, sendo uma das primeiras obras a ser entregues. Foi totalmente duplicada. A igreja tem dois anos para construir os prédios e instalar o Centro de Multiuso e os cursos ministrados.

MAIS DOAÇÕES E VENDA

O ex-governador, em cinco anos de gestão, fez várias doações de áreas públicas para igrejas, sindicatos e associações. Além disso “vendeu” uma enorme área ao lado do Hospital de Câncer, para o agiota Jânio Viegas de Pinho, dono da JVP Factoring Fomento Mercantil. Ele pagou R$ 1.085.170,35 por terreno de 72 mil metros quadrados, que vale, no mínimo R$ 30 milhões. O MPE, por meio da 12ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, abriu inquérito civil para investigar a venda.

O Ministério Público Estadual (MPE) também recorreu à Justiça para anular 31 termos de permissão de bens e imóveis públicos feito pelo então (des) governador.

O MPE requer a proibição de qualquer edificação nos terrenos questionados. A Secretaria Administração (SAD) informou que há 56 Termos de Permissões de Uso de Bem Imóvel Público celebrados por Silval Barbosa. E o que é pior, tais permissões poderão se estender por até 60 anos, com direito a renovação.

As ações para derrubar tais práticas do (des) governo de Silval tramitam na Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular da Capital.

FICHA SUJA

No dia 10 de dezembro de 2014 o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Waldir Teis, acatou o pedido de renúncia do conselheiro Humberto Bosaipo e declarou vaga a cadeira do ex-deputado na Corte.

O ato de renúncia é de número 163/2014. Bosaipo viu na renúncia, segundo apurou o RpMT com fontes do Tribunal, a única forma de ganhar fôlego em processo de improbidade administrativa, referente à época em que comandou a Assembleia Legislativa.

Bosaipo teria renunciado para não ser cassado ou até mesmo preso, já que não seria possível sua aposentadoria como ex-conselheiro. Com a renúnicia, o processo de Bosaipo volta para Primeira Instância e ele ganha tempo.

O governador Pedro Taques (PDT) avalia revogar o ato de doação da área para tal Igreja.

O governo de Silval Barbosa (PMDB), para alguns analistas, marca o final da Era Maggi. Para outros, a Era Maggi se estende também pelo governo do Pedro Taques (PDT), já que a família Maggi apareceu entre os principais financiadores a investir na campanha eleitoral do atual governador

Fonte pagina do Enock



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