quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

CABIDÃO DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE MATO GROSSO


Nininho e Guilherme Maluf adotam medida moralizadora, começando a desmontar o “cabidão” de empregos onerosos aos cofres do Estado que era mantido na Assembleia
 



O Diário Oficial que circulou nesta segunda-feira (9) estampou o decreto legislativo assinado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB), e pelo 1º Secretário, Ondanir Bortolini (o Nininho), exonerando nada menos que 800 servidores comissionados naquela Casa que esteve, por longos anos, submetida ao poder de José Geraldo Riva (PSD). São pessoas não concursadas que atuavam como assessores parlamentares, gerentes de diversos setores do Parlamento, superintendentes, assessores de imprensa, entre outros cargos habilmente encaixados, que apareciam para trabalhar ou não, e que tinham salários que, partindo de um mínimo de R$ 4.000 chegavam até a respeitável cifra de R$ 10 mil mensais.

“A exoneração dos comissionados foi uma decisão conjunta da Mesa Diretora. Uma medida necessária nesse início de ano de gestão para que nós, deputados, possamos reformular todo o quadro funcional do Parlamento”, disse Maluf que, além da pressão dos 172 aprovados em cadastro de reserva, tem anunciado que adotará a postura de seguir o Regimento Interno da Casa e manter uma maioria de servidores efetivos, diminuindo o percentual de cargos em comissão. O número de servidores comissinados na ALMT, que conta com apenas 24 parlamentares, chegou a atingir, nos bons tempos de Riva, a marca dos 2,2 mil, digna do Guinessa.

Uma Comissão, composta pelos deputados Eduardo Botelho (PSB), Wilson Santos (PSDB) e Emanuel Pinheiro (PR), foi instalada para auxiliar a Mesa Diretora no levantamento e reorganização da estrutura da Assembleia. A medida visa gerar economias aos cofres do Legislativo, como os mais R$ 5 milhões/ ano que a AL terá com as demissões oficializadas nessa segunda. Em 2013, o Poder Legislativo teria gasto R$ 221 milhões só com pessoal. O recurso economizado será devolvido ao Executivo estadual em forma de emenda parlamentar.

Ao assumir o mandato, no início do mês, Maluf declarou que iria reduzir despesas e investir na comunicação para melhorar a imagem do poder, e que todos os atos do parlamento terão publicidade para que o cidadão tenha conhecimento de tudo que acontece naquela Casa de Leis. “Para reduzir as despesas, a tarefa é simples, basta desligar os não concursados na Assembleia e chamar os aprovados no último concurso”, comentou o presidente.

A comissão terá 60 dias para trabalhar a reestruturação. Esse trabalho contará com o apoio dos Tribunais de Contas do Estado (TCE/MT) e de Justiça (TJ/MT). A AL também negocia a participação das Fundações Dom Cabral e Getúlio Vargas (FGV) no processo, sem que gere algum custo à Casa.

Com informações da ALMT

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