sexta-feira, 31 de julho de 2015

A entrevista de Beatriz Catta Preta é mais um prego no caixão de Cunha.

  



O depoimento da advogada Beatriz Catta Preta ao Jornal Nacional é mais um prego no caixão de Eduardo Cunha.

Ao Jornal Nacional, Beatriz revelou que sua decisão de abandonar a defesa de seus clientes na Lava Jato se deveu a ameaças “veladas”, “cifradas”. Diante delas, foi preciso zelar pela segurança “da família, dos filhos”.

Não especificou nada.

Mas a pressão, contou, partiu dos integrantes da CPI da Petrobras, que querem que ela explique, por exemplo, de onde vêm seus honorários — o que a OAB considera uma ameaça para o direito de defesa no país.

Aparentando segurança, afirmou que está deixando a carreira. A mudança para Miami era um boato. Estava de férias, na verdade. O repórter César Tralli passeou por um escritório vazio.

A “retaliação” começou depois do depoimento do empresário Júlio Camargo, tido como operador do PMDB. Camargo, como se sabe, acusou Cunha de receber propina de 5 milhões de dólares.

O autor do requerimento para Beatriz falar na CPI é o deputado Celso Pansera, que o doleiro Alberto Yousseff chamou de “pau mandado” do presidente da Câmara.

“Sim, venho sofrendo intimidação pelas minhas filhas, minha ex-esposa, pela CPI coordenada por alguns políticos e eu acho isso um absurdo”, disse Yousseff.

Pansera e outros colegas da comissão parlamentar de inquérito teriam solicitado uma investigação de Julio Camargo para desqualificá-lo. A Kroll teria sido contratada para o serviço. Tudo sob a orientação do chefe EC.

“Está em vigor a ‘moral da gangue’, que acredita triunfar pela vingança, intimidação e corrupção”, escreveram os advogados de Camargo que substituíram a Catta Preta.

Beatriz Catta Preta é a maior especialista do Brasil em delação premiada. Orientou nove dos 23 delatores da Lava Jato. Declarou que Camargo tem provas do suborno de Cunha.

Arriscaria tudo numa farsa desta monta? All in?

Ela não é a primeira e não será a última pessoa que se diz achacada por Eduardo Cunha, que aparelhou a CPI, transformando-a em seu instrumento de chantagem.

Cunha dirá que quem está por trás de tudo é o governo federal, mas seus métodos são cada vez mais expostos. A questão é quanto tempo ele — e o Brasil — suporta até jogar a toalha.



Saiba mais


Catta Preta rompe silêncio: delator ‘apresentou provas’ da propina para Eduardo Cunha 




Diário do Centro do Mundo

A advogada Beatriz Catta Preta deu uma entrevista ao Jornal Nacional a respeito de sua decisão de abandonar a defesa de seus clientes na operação Lava Jato.

(Aqui, o vídeo.)

Há algumas semanas, a CPI da Petrobras decidiu convocá-la para prestar esclarecimentos sobre a origem de seus honorários. O requerimento foi apresentado pelo deputado Celso Pansera, do PMDB, acusado pelo doleiro Alberto Yousseff de  ser “pau-mandado” do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

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Ao JN, Catta Preta desmentiu as notícias de que foi para Miami. “Saí de férias. Nunca cogitei sair do país, como estão dizendo na imprensa”, afirma.

O motivo: “Zelar pela segurança da minha família, dos meus filhos. Não recebi ameaças diretas. Elas vêm de forma cifrada, elas vêm veladas”.

Ela anunciou que está abandonando a carreira. A retaliação começou depois do testemunho do empresário Júlio Camargo, que acusou Cunha de receber propina de 5 milhões de dólares.

Catta Preta afirmou que Júlio Camargo apresentou provas em todos os depoimentos dele. Incluído o que relata pagamentos de propina ao presidente da Câmara.

Segundo ela, Camargo não contou sobre Cunha em depoimentos anteriores por “receio”. Ele teve “medo de chegar ao presidente da Câmara”.

A “gota d’água”, como ela chamou, de sua decisão de sair da profissão foi a CPI. Sobre as suspeitas levantadas a respeito de seu pagamento, disse que o dinheiro “foi recebido no Brasil, impostos recolhidos. A vida do escritório, e a minha, é absolutamente correta”, declarou.

De acordo com o advogado de Eduardo Cunha, a atitude de Beatriz Catta Preta é “coisa montada”.

Fonte Diário do Centro do mundo



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