quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Coordenador da Lava Jato se posiciona contra impeachment





Coordenador da Lava Jato se posiciona contra impeachment






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É impressionante como funcionam esses mecanismos de poder que vem da mídia. 

Tudo é tão rápido, disciplinado e hierarquizado!

A Globo manda e todo mundo passa a cumprir a cartilha, rigorosamente, imediatamente. 

De uma hora para outra, como um jogo combinado, importantes forças políticas e sociais, da elite, que pareciam defender o golpe ou lavavam as mãos diante de sua iminência, resolveram se alinhar ao lado da legalidade. 

Primeiro veio a carta dos industriais da Fiesp e Firjan pedindo responsabilidade e bom senso a todos os agentes políticos, em nome da governabilidade e do interesse nacional. 

Em seguida, a Globo deu um cavalo de pau em sua linha editorial e publicou editorial contra o impeachment, contra o golpe e contra a irresponsabilidade do PSDB. 

O presidente do Senado fechou pacto com o governo para aprovar uma série de reformas, algumas bastante conservadoras, mas que tem o significado político de enterrar o golpe do impeachment.

E agora próprio coordenador geral da força-tarefa da Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol, deixa claro, em entrevista à Rede TV, que não é simpático à ideia de "trocar o governante". 

Dallagnol enfatizou ainda que a corrupção é um problema histórico e antigo no país, e não pode ser, evidentemente, atribuído aos governos do PT. 

Ele menciona especificamente a corrupção ligada à privataria tucana. 

Será que caiu a ficha nessa gente que um golpe contra Dilma, baseado numa corrupção que, enfim, está sendo combatida, seria um vexame internacional, e poria em risco a estabilidade política e econômica por tempo indeterminado?

Será que os procuradores da Lava Jato perceberam, na undécima hora, que ficariam manchados pelo impeachment, caso forçassem a barra?

Ou será que tudo faz parte de um plano ainda mais sinistro? Como ainda faltam algumas delações forjadas, os procuradores, assim como a Globo, estariam procurando se desvencilhar da responsabilidade de terem participado de uma conspiração judicial, deixando que o golpe aconteça por si só.

Será que estão seguindo a máxima de um pagode antigo, cujo refrão dizia: "deixa acontecer naturalmente..."?

De qualquer forma, abre-se espaço de alguns dias para o governo respirar. Espere-se que aproveite a brecha para sair de sua irritante apatia. 

Leia a resenha e assista o vídeo abaixo, capturados do facebook de um internauta amigo.

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Por Jorge Solla, em seu Facebook.

PROCURADOR DA LAVA-JATO DISCORDA QUE CORRUPÇÃO AUMENTOU E SALIENTA: “EXISTIU CORRUPÇÃO EM TODA A HISTÓRIA DO BRASIL”

Em entrevista à Rede TV, o procurador coordenador da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, discordou da percepção de que a corrupção aumentou nos últimos anos, nem de que a Lava-Jato seja o maior escândalo de corrupção do país.

“Escutamos pela própria mídia que em governos anteriores, que não são do PT, em governos federais, existiu um grande nível de corrupção em diversas esferas, talvez em privatizações, existem rumores neste sentido. O Arnaldo Jabor tem uma frase de que a Lava-Jato revela coisas sempre sabidas, mas nunca provadas”, disse.

“Muitas vezes as pessoas colocam a responsabilidade da corrupção sobre um partido ou governante A ou B, mas o que vemos ao longo da história do Brasil é que a corrupção não tem partido, não tem cor. Ela foi praticada ao longo de toda a história por diferentes partidos e governantes”, prosseguiu.

“Não podemos ter a ilusão de que resolvemos a corrupção no país mudando o governante, já cometemos esse erro no passado”, completou.






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