Como neófito tucano, o atual governador de MT tem que se mostrar disposto a assumir todos os dogmas do partido. Nesse sentido, a entrevista à Veja lembrou os rituais iniciáticos a que um novo membro de uma irmandade tem que se submeter. Veja destacou que “o governador de MT, um ex-procurador, diz que é possível fazer política sem corrupção e estranha a resistência de Janot em não apurar acusações a Dilma Rousseff”. E por que a Procuradoria Geral da República apuraria acusações que não existem?! Nenhum dos delatores jamais tocou no nome da presidenta em seus depoimentos. Já no nome de Aécio Neves, sim. O doleiro Alberto Youssef explicou em detalhes como o senador mineiro era beneficiado pelo esquema criminoso de Furnas. Mesmo assim, Janot não denunciou o presidente do PSDB. Mas disso, Zé Pedro Taques, aparentemente escalado para fazer o jogo sujo do PSDB, não fala.
Zé Pedro Taques, governador de Mato Grosso, recentemente convertido ao
tucanato, por má fé cínica ou obtusidade córnea só consegue enxergar
erros nos seus adversários da esquerda política – como na presidenta
Dilma Roussef, por exemplo, do Partido dos Trabalhadores. É a moralidade
seletiva de quem não tem o pudor de fprçar a mão, manipulando e
distorcendo informações, enquanto vai contribuindo, com o passado que
construiu sob orientação do juiz Julier Sebastião, para “lavar” a
imagens de direitistas emblemáticos como, por exemplo, Aécio Neves. Sem a
orientação de Julier, Zé Pedro vai se igualando a muitos dos demais
tucanos com os quais agora convive. Claro, há muitos tucanos sérios,
dignos, ressalte-se. Mas essa conversão à manipulação dos fatos, bem
retratada pelo jornalista Johnny Marcus em artigo divulgado em seu
perfil no Facebook., nos permite especular que Zé Pedro Taques parece
ter se rendido ao lado negro da Força. É o Darth Vader pantaneiro. Vale
ler. Para sua conferência, divulgamos também a íntegra da entrevista de
Zé Pedro à revista Veja, para que você constate como o ex-procurador da
República esconde os questionamentos levantados durante os inquéritos da
Lava Jato aos seus novos correligionários e faz carga contra a
presidenta Dilma movido, imagina-se, por interesse eleitoral. Também
divulgamos um pouco do que se disse (e que se precisaria investigar)
sobre Aécio mas Zé Pedro, a exemplo do procurador Janot, fez questão de
ignorar, talvez como corolário de uma nova moralidade que Zé Pedro
parece ter assumido como sua, a moralidade tucana. E segue a vida. (EC)
Da pagina do Enock Cavalcanti
LEIA O ARTIGO DE JOHNNY MARCUS
PROFISSÃO DE FÉ TUCANA
Por Johnny Marcus
Recém convertido ao ideário peessedebista, o governador
mato-grossense Pedro Taques figurou com pompa circunstância nas páginas
amarelas da Veja.
A Veja, só para recordar, é aquele semanário que teve como editor de
fato por muito tempo o bicheiro goiano Carlinhos Cachoeira, em parceria
com outro “paladino” da moralidade (na visão da revista), o ex-senador
pelo DEM Demóstenes Torres.
Pedro Taques é ex-procurador da República. Sua atuação, ao lado do
ex-juiz Julier Sebastião, é um marco no combate ao crime organizado em
Mato Grosso.
Taques, logo depois de eleito, já falava em sair do PDT – partido da
base aliada do governo Dilma. Como isso era impossível sem que perdesse o
mandato por infidelidade partidária, esperou pela mais que oportuna
janela aprovada em junho último pela Câmara dos Deputados, em tenebroso
processo conduzido pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha.
O governador de Mato Grosso flertou com PMDB e PSB, mas acabou indo
para o PSDB, partido que dia sim, dia sim pede o afastamento da
presidenta eleita democraticamente Dilma Rousseff.
E é nas páginas amarelas da Veja que Pedro Taques começa seu périplo,
com destaque especial para o impeachment. Quem melhor do que um
operador de direito e ex-procurador da República para justificar essa
tentativa de golpe branco?
Deprimente ver nosso governador prestar-se a esse papel.
Metaforicamente, na alcateia tucana, Taques é o lobo ômega – aquele que é
o último da hierarquia e responsável pelo serviço sujo. Apesar dessa
nada honrosa posição, o lobo ômega é protegido pelo grupo, já que também
faz parte da família.
Na entrevista, Veja destaca que “o governador de Mato Grosso, um
ex-procurador, diz que é possível fazer política sem corrupção e
estranha a resistência de Janot em não apurar acusações a Dilma
Rousseff”.
E por que a Procuradoria Geral da República apuraria acusações que
não existem? Nenhum dos delatores jamais tocou no nome da presidenta em
seus depoimentos.
Já no nome de Aécio Neves sim. O doleiro Alberto Youssef explicou em
detalhes como o senador mineiro era beneficiado pelo esquema criminoso
de Furnas. Mesmo assim, Rodrigo Janot não denunciou o presidente do
PSDB. Mas essa resistência Pedro Taques não estranha.
Como também parece não estranhar que o juiz Sérgio Moro esteja
sentado desde 2012 em cima de processo de denúncia de corrupção contra o
senador do PSDB paraibano Cássio Cunha Lima.
Ou muito menos que o deputado federal mato-grossense Nilson Leitão,
também do PSDB e coordenador de campanha de Aécio em Mato-Grosso, tenha
sido acusado pelo Ministério Público de liderar um esquema que desviou
mais de R$ 100 milhões dos cofres públicos, quando prefeito de Sinop.
Como neófito tucano, Pedro Taques tem se mostrar fiel e disposto a
assumir todos os dogmas do partido. Nesse sentido, a entrevista à Veja
lembra em muito os rituais iniciáticos a que um novo membro de uma
irmandade tem que se submeter.
Jonhny Marcus é jornalista em Mato Grosso
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