sábado, 3 de outubro de 2015

A inapagável grandeza de Ernesto Che Guevara


Che Guevara foi, verdadeiramente raro e exemplar. Homem de seu tempo e para todos os tempos, porque soube sentir o mundo e a época que vivia. Sentiu que a liberdade do homem exigia, e ainda exige, a superação histórica do capitalismo e, para tanto, lançou-se numa luta de morte contra o imperialismo. 



“Estás em todas as partes, 
No índio feito de sonho e cobre 
e no negro, envolto em espumosa multidão.
Estás no açúcar, no sal e nos cafezais, 
Vivo, como não te queriam”,

(Nicolás Guillén) 

No dia 9 de outubro de 1967, há 46 anos, em um vilarejo distante e miserável da Bolívia, Ernesto “Che” Guevara, capturado e ferido, foi assassinado por militares bolivianos, a mando do governo dos EUA. Durante todos estes anos, muitos tentaram deformar a grandeza moral daquele que, segundo o filósofo Jean Paul Sartre, foi o homem mais extraordinário do século XX. 

Che realmente foi extraordinário, um homem singular e exemplar, de sorte que que até seus adversários (aqueles que não chafurdam na ignorância política e na miséria cultural-ideológica) reconhecem o gigantismo do médico argentino, de solidariedade raras vezes vista na História.

Ernesto Che Guevara viajou duas vezes pela América do Sul e isto foi o bastante para que seu coração escolhesse lutar pelos mais pobres, pelos condenados da Terra. Che esteve na Guatemala trabalhando como médico voluntário e lá vivenciou na carne a agressão imperialista e covarde dos EUA. De lá se foi para o México, onde conheceu o grupo revolucionário de Fidel Castro e, de lá, partiu para a luta vitoriosa ao lado do povo cubano, em janeiro 1959. 

Che sempre se notabilizou. Depois dos combates, ao passo que seu grupo prosseguia a marcha, ele permanecia atendendo a seus feridos e, ainda aos feridos do Exército inimigo. Quando sua asma o impedia de prosseguir a marcha, Che, com seu notável espírito de sacrifício, ordenava a seus companheiros que não parassem por ele. Para Che, o coletivo estava sempre em primeiro lugar. 

Che Guevara se tornou Ministro após a vitória revolucionária em Cuba, mas nunca chamou para si nenhum privilégio, nunca admitiu que seu posto e sua importância dentro da Revolução lhe conferissem qualquer tipo de benefício. Che conclamava o povo ao trabalho voluntário e sempre se apresentava em todas as frentes, pois acreditava firmemente na exemplaridade moral. 

Mas até mesmo a Revolução Cubana pareceu pouco a um homem como Che, e, assim, coerente e consequente com sua solidariedade internacional, levou centenas de cubanos consigo para libertar o antigo Congo Belga do jugo colonialista. Malsucedido, Che volta para Cuba depois de algum tempo, com o coração disposto a incendiar a América do Sul e, com isso, viaja para a Bolívia. 

Todavia, após um ano de trabalho político, o grupo de Che é encontrado na selva boliviana e, aos 39 anos de idade, o titã latinoamericano é capturado e morto. 

Aqueles que comemoram a morte do Che se precipitam, porque onde houver injustiça e opressão, o signo de Che Guevara estará presente. Onde os homens buscarem sua verdadeira emancipação, Che estará vivo. Che é e, sempre será, um gigante, ao passo que seus detratores, rastejarão pela vida... 

Não há como esconder um gigante como Che no pequeno baú da mediocridade e do reacionarismo. Che é um homem raro, exemplo raro de amor ao próximo. Che foi absolutamente coerente com suas ideias e levou às últimas consequências seus ideais. Che sentiu a dor das pessoas em todas as partes do mundo e doou sua vida a elas. A seu tempo, lutou como se lutava no mundo, pela via das armas. 

Há pouco tempo, a UNESCO transformou os escritos de Che Guevara em Patrimônio da Humanidade. Agora, as obra de Che pertencem ao Programa de “Memória do Mundo”. Isto significa que a obra de Che representa um símbolo de rebeldia, de libertação do homem e de solidariedade internacional. 

E o que fazem ou fizeram pela humanidade aqueles que o caluniam e atacam sua grandeza moral? Che Guevara foi, verdadeiramente raro e exemplar. Homem de seu tempo e para todos os tempos, porque soube sentir o mundo e a época que vivia. Sentiu que a liberdade do homem exigia, e ainda exige, a superação histórica do capitalismo e, para tanto, lançou-se numa luta de morte contra o imperialismo. 

Che lutou com todas as suas forças até cair mortal e heroicamente na Bolívia. 

Mas já estava previsto. Che sabia e, por isso, legou-nos a célebre frase: 

“Derrota após derrota, até a vitória sempre!” 

Fonte Informiga


Comandante Che Guevara 
 (Victor Jara)




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