quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Delcídio meteu os pés pelas mãos, não o governo


Delcídio, amigo do Cerra, vai em cana. "Petista" apoiou projeto de entregar o pré-sal à Chevron



Se existe uma gravação – e deve existir – em que Delcídio do Amaral propõe mesada de 50 mil reais e fuga num jato Falcon 50 para Nestor Cerveró desistir da delação premiada na qual contaria que ele recebeu grana do esquema da Petrobrás e que havia ministros do STF dispostos a relaxar a prisão de acusados na Lava Jato, como ele, o senador não só tentou obstruir a investigação como se auto incriminou e ganhou 11 inimigos no STF.


Por  Alex Solnik

Se não tivesse culpa no cartório não precisaria fazer uma proposta tão mirabolante e tão onerosa. Aliás, não precisaria fazer proposta alguma, apenas esperar a hora de se defender e, munido de todos os documentos necessários, provar que diz a verdade e Cerveró mente. Agindo como agiu, perdeu qualquer argumento de defesa. Ficou nu.

Faltou saber se os 50 mil reais mensais seriam vitalícios, mas é uma bufunfa bastante considerável de que poucos milionários disponibilizam. Se o que garantiria esse lastro não eram os milhões que recebeu de Cerveró, onde os ganhou? É isso que deverá explicar nos interrogatórios a que será submetido em Curitiba.

Por mais que "analistas isentos" vociferem que "a Lava Jato chegou mais perto do Palácio do Planalto", o fato de ser o líder do governo no Senado não significa que o governo compactue com seus atos ou seja co-partícipe. O que ele fez – e se não tivesse feito não teria sido o primeiro senador em toda a história a ser preso no exercício do mandato – foi como pessoa física, o governo não tem nada a ver com isso.

O governo tem que cuidar de apontar um novo líder porque Delcídio já é ex e tudo indica que a temporada curitibana não tem prazo para acabar.

Fonte Brasil 247

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Moro ajuda, sem querer, à “destucanização” do PT





Duas coisas parecem evidentes, com o recrudescimento das prisões da Operação Lava-Jato.

A primeira, é que – como se disse ontem – foi necessário dar manivela ao fole de uma investigação que, agora, deveria estar concentrada em tudo o que se apurou e nas responsabilidades de quem esteve envolvido.

A segunda é que o “inchaço” do PT, provocado pela chegada ao poder de Lula – como toda enchente, aliás – trouxe para ele uma maré de detritos neoliberais como os cidadãos presos hoje.

Para não parecer escrito sob encomenda depois dos fatos, traço a imagem de  Delcídio Amaral – inimigo da Petrobras desde sempre, quando se filiou ao PSDB para ocupar um cargo de direção na empresa – e ajudado por escritos alheios, já de algum tempo.

“(…) “Uma coisa o Delcídio tem de entender: O PT deu tudo o que ele tem na política, que é o mandato de senador”, comentou o deputado federal Vander Loubet. O PT foi buscá-lo para os seus quadros depois de ele encontrar as portas fechadas no PFL, no PMDB e PSDB. E quando tentou sair do PT para concorrer ao Governo do Estado nas eleições de 2006 pelo PSDB, Delcídio foi vetado pela senadora Marisa Serrano, a maior estrela do partido em Mato Grosso do Sul. Rejeitado pelos grandes partidos, o único que escancarou as portas para a sua entrada foi o PT. Delcídio, na época imaginava estar filiado ao PSDB e depois descobriu que a sua ficha não tinha sido encaminhada à Justiça Eleitoral.

Na dura disputa eleitoral com grandes lideranças políticas do Estado, Delcídio saiu da lanterninha com apoio da militância do PT e de amigos para conquistar o Senado, derrotando surpreendentemente o mito da política estadual, ex-governador Pedro Pedrossian. “Hoje, Delcídio despreza a militância e jogou todos os amigos para fora”, comentou um petista, que preferiu o anonimato para não atrapalhar o esforço de mais uma tentativa de reaproximação do senador com o ex-governador José Orcírio dos Santos. (Correio do Estado, MS, 25/1/2011)

Sobre André Esteves, não é preciso ir tão longe. A coluna de Monica Bergamo de 2 de abril de 2014 mostra a quem ele apoiava e promovia: Aécio Neves.

A história rocambolesca de negociação de dinheiro e fuga que teriam mantido com o ex-diretor Nestor Cerveró mostra o espetáculo de intrigas, chantagens e baixeza em que acusados e acusadores estão metidos na Lava-Jato.

Delcídio, sobretudo, foi uma figura que o PT absorveu e integrou e, agora, paga por ele.

É um dos preços da política, o que vem com a maré montante e o que se vai com a vazante. Neste caso, diretamente pelo ralo.

O Dr. Sérgio Moro, sem querer, vai ajudando a tirar do PT a “tucanidade” que se entranhou nele.

Fonte Tijolaço

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