Blairo Maggi é investigado em um inquérito sigiloso da Operação Ararath que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Seu ex-vice, Silval Barbosa, está na cadeia; seus ex-secretários, Éder Moraes, Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, também estão presos. O seu sobrinho, o empresário Samuel Maggi, está enrolado com a Justiça federal. São esses hipócritas que dizem estarem combatendo a corrupção.
Alguns setores da política mato-grossense, bem como algumas entidades
de classe e políticos com mandato eletivo já estão se preparando para
uma espécie de “esquenta” para pedirem a cabeça da presidente Dilma
Rousseff (PT) no dia 13 de março, uma data estrategicamente planejada
para, mais uma vez, exigirem o fim do governo do PT. Em Mato Grosso, a
novidade vem do senador Blairo Maggi, que integra os quadros do PR e até
então era aliado da presidente, mas agora se posicionou publicamente
favorável ao impeachment da petista.
Vestindo uma camiseta do “Movimento Muda Brasil”, um dos
organizadores dos protestos contra o governo Dilma, Maggi virou motivo
de críticas e debates nas redes sociais e no aplicativo de celular
WhatsApp. Principalmente porque fazia parte da base de sustentação da
presidente Dilma e nas campanhas eleitorais anteriores, apoiou a eleição
e reeleição da petista.
Diferentemente das manifestações realizadas ao longo de 2015, quando
não se manifestou publicamente, Blairo agora vestiu a camisa e “abraçou a
causa”. “Todos aqueles que não estão de acordo com o governo, com a
situação econômica que estamos vivendo nesse momento, que quer uma
mudança precisa ir para rua porque o Congresso Nacional poderá e fará
sua parte, mas só se mexerá se tiver um apoio popular bastante forte.
Portanto, vem você para rua e muda Brasil”, diz o senador em um vídeo de
28 segundos, no qual conclama a população insatisfeita com o governo
Dilma Rous-seff a sair às ruas no dia 13.
Também representante de Mato Grosso em Brasília, o senador José
Medeiros (PPS), desde que assumiu a vaga em janeiro de 2015, que era de
Pedro Taques (PSDB), se posicionou contrário ao governo Dilma. “Dia 13
eu vou fazer minha parte, dia 13 eu vou pra rua. Do jeito que está não
podemos ficar, o Brasil precisa de cada cidadão e quero convidar você a
sair da rede social, a sair do Facebook, a sair do Twitter e ir para rua
mostrar sua indignação com esse governo que está acabando com o Brasil.
Espero você lá”, diz Medeiros num vídeo que também circula pelas redes
sociais.
Vale dizer, que Blairo e Medeiros, após divulgarem os vídeos chamando
a população para protestar contra a gestão Dilma Rousseff, viraram
alvos de memes que também circulam pelo WhatsApp lembrando que ambos
estão envolvidos em episódios, no mínimo, polêmicos.
Blairo é investigado em um inquérito sigiloso da Operação Ararath que
tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) enquanto Medeiros é pivô no
episódio de suposta fraude na ata das eleições de 2010, quando os nomes
dos suplentes do então candidato Pedro Taques (à época PDT) teriam sido
trocados. Dessa, forma, Medeiros que seria o 2º suplente ficou como 1º e
assumiu a vaga com a renúncia de Taques. O caso continua sendo
contestado na Justiça Eleitoral.
Fonte Só Notícias
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