Essa lista só seria realmente valiosa para eles se Lula e Dilma estivessem ali. Como simplesmente não estão, a lista não passa de uma ofensa pessoal ao juiz Sérgio Moro.
Diário do Centro do Mundo
Por Carlos Fernandes
Os ventos do impeachment começam a mudar mais uma vez. Se há dois diaso ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, desautorizou publicamente o juiz Sérgio Moro ao retirar Lula do alcance de sua indecente perseguição política, ontem revelou-se mais um percalço na trajetória messiânica do cavaleiro cruzado de toga.
Uma lista contendo um plantel de mais de 200 políticos de cerca de 20
partidos diferentes das mais variadas vertentes ideológicas — e sem
Dilma ou Lula — é uma descoberta que não só atrapalha frontalmente os
seus objetivos quanto desconstrói terrivelmente todos os argumentos
medíocres, oportunistas, hipócritas e farsantes que durante todo esse
tempo cercaram a Operação Lava Jato.
Rasgado o véu não só dos políticos puritanos mas da própria política,
somente com muita ignorância ou má-fé para acreditar que o problema da
corrupção no Brasil diz respeito a uma única sigla partidária. Está mais
do que claro que não é retirando o PT do governo sob tortura
escancarada da democracia que iremos “ter de volta o país que queremos”.
Expressão essa aliás das mais idiotas.
Não são simplesmente os políticos ou mesmo os seus partidos que
emporcalham a seara política deste país. É fundamentalmente o sistema
político, a estrutura subterrânea que sustenta todo o lamaçal. É isso
principalmente o que revela a lista da Odebrecth, mas não é isso o que a
Globo, Moro e seus lacaios gostariam que fosse revelado.
Essa lista só seria realmente valiosa para eles se Lula e Dilma
estivessem ali. Como simplesmente não estão, a lista não passa de uma
ofensa pessoal ao juiz Sérgio Moro.
Fonte Diário do Centro do Mundo
SOU TRABALHADOR, NÃO SOU GOLPISTA! VOU PRAS RUAS EM DEFESA DA DEMOCRACIA E DO BRASIL!
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Saiba mais
O País tem direito à lista e à delação da Odebrecht
Por Tereza Cruvinel
Quando divulgou a conversa
ilegalmente grampeada entre Lula e Dilma, o juiz Sergio Moro alegou
“interesse público” no assunto. Acrescentou que os governados têm o
direito de saber o que fazem (inclusive na intimidade) os governantes.
Os mesmos argumentos , e muitos outros, podem ser invocados pela
sociedade para exigir a divulgação da “lista da Odebrecht”, contendo
mais de 300 nomes de políticos que receberam “capilés” da empreiteira,
logo posta sob sigilo por Moro. Por que nela há pessoas “com foro” ou
porque ela não atende a seuis critérios de seletividade? Da mesma
forma, a sociedade tem direito de exigir do Ministério Público que
aceite a proposta da construtora para uma “colaboração definitiva”,
afastando a suspeita de que a recusa se relaciona com a amplitude do
esquema de financiamento partidário-eleitoral que a Odebrecht planejava
desnudar.
O desinteresse de Moro e dos
procuradores pelas revelações da construtora transpareceu já na noite
de terça-feira, conforme registrou este blog. O Jornal Nacional , ao
noticiar a Operação Xepa, que fez buscas e apreensões em várias unidades
da Odebrecht, destacou trechos da nota pública da empresa, passando
ligeiramente sobre o trecho em que afirma não ter a construtora
“responsabilidade dominante” pelos fatos apurados e pela existência de
“um sistema ilegítimo e ilegal de financiamento do sistema
partidário-eleitoral”. A seguir, William Bonner informa que “nossos
repórteres” ouviram do Ministério Público que tal acordo não havia sido
assinado e que seria analisado segundo as prioridades da Operação Lava
Jato. O desinteresse do Ministério Público confirmou-se nesta
quarta-feira logo que começaram a ser divulgados nomes da oposição que
figuram na lista da Odebrecht, tais como Aécio Neves, José Serra,
Rodrigo Maia e Eduardo Cunha, para ficar só em quatro importantes
lanceiros do impeachment. Moro colocou o material sob sigilo e os
procuradores praticamente descartaram a delação da Odebrecht.
A sociedade tem o direito de
conhecer este “sistema ilegal e ilegítimo” de financiamento do conjunto
de partidos que a representa. Quando diz que não tem “responsabilidade
dominante” por sua existência, a Odebrecht diz implicitamente que não o
criou sozinha, que ele não nasceu agora, nos governos do PT, que ele
envolve um conjunto de empresas e partidos, enfim, que este é o sistema
político-eleitoral que temos, fomentador da corrupção. A lista contém
informações que remontam aos anos 1980. Se o objetivo é passar o país a
limpo, tal sistema precisa ser conhecido para ser desmontado e
substituído. Moro, em seu já muito citado artigo sobre a Operação Mãos
Limpas da Itália, refere-se à necessidade de “deslegitimação” do
sistema partidário que lá estava fortemente associado à corrupção. Já a
Lava Jato parece querer deslegitimar apenas uma parte do sistema
partidário, composta pelo PT e partidos aliados.
A divulgação da lista iluminaria uma
parte do porão. Mas a “colaboração definitiva”, expressão cunhada pela
Odebrecht para indicar a disposição de seus dirigentes de falar tudo o
que sabem, e certamente sobre todos, é fundamental para o completo
desvelamento do esquema. Na colaboração eles não apenas citariam nomes
mas apontariam mecanismos operacionais ainda não de todo conhecidos. A
parte ainda lúcida da sociedade, que não se deixou cegar pelo ódio, que
mesmo não gostando do PT percebe a seletividade do processo, tem o
direito de conhecer a lista e as revelações da Odebrecht. Depois do
desgaste com as ilegalidades cometidas contra Lula, Dilma e outros
políticos grampeados, a Lava Jato faria bem em afastar as evidências de
que seu propósito não é uma faxina mas sim uma chacina política.
Fonte Brasil 247
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NO DIA 31 DE MARÇO EU VOU DE QUALQUER COR. VOU DE VERDE, AMARELO, AZUL, BRANCO, PRETO OU VERMELHO. MAS, LUTAR CONTRA O FASCISMO E O GOLPISMO, EU VOU!
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