quinta-feira, 24 de março de 2016

A lista da Odebretch é uma ofensa pessoal a Moro


Essa lista só seria realmente valiosa para eles se Lula e Dilma estivessem ali. Como simplesmente não estão, a lista não passa de uma ofensa pessoal ao juiz Sérgio Moro. 




Diário do Centro do Mundo

Por Carlos Fernandes 

Os ventos do impeachment começam a mudar mais uma vez. Se há dois diaso ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, desautorizou publicamente o juiz Sérgio Moro ao retirar Lula do alcance de sua indecente perseguição política, ontem revelou-se mais um percalço na trajetória messiânica do cavaleiro cruzado de toga.

Uma lista contendo um plantel de mais de 200 políticos de cerca de 20 partidos diferentes das mais variadas vertentes ideológicas — e sem Dilma ou Lula — é uma descoberta que não só atrapalha frontalmente os seus objetivos quanto desconstrói terrivelmente todos os argumentos medíocres, oportunistas, hipócritas e farsantes que durante todo esse tempo cercaram a Operação Lava Jato.

Rasgado o véu não só dos políticos puritanos mas da própria política, somente com muita ignorância ou má-fé para acreditar que o problema da corrupção no Brasil diz respeito a uma única sigla partidária. Está mais do que claro que não é retirando o PT do governo sob tortura escancarada da democracia que iremos “ter de volta o país que queremos”. Expressão essa aliás das mais idiotas.

Não são simplesmente os políticos ou mesmo os seus partidos que emporcalham a seara política deste país. É fundamentalmente o sistema político, a estrutura subterrânea que sustenta todo o lamaçal. É isso principalmente o que revela a lista da Odebrecth, mas não é isso o que a Globo, Moro e seus lacaios gostariam que fosse revelado.

Essa lista só seria realmente valiosa para eles se Lula e Dilma estivessem ali. Como simplesmente não estão, a lista não passa de uma ofensa pessoal ao juiz Sérgio Moro.

Fonte Diário do Centro do Mundo 


SOU TRABALHADOR, NÃO SOU GOLPISTA! VOU PRAS RUAS EM DEFESA DA DEMOCRACIA E DO BRASIL!




Saiba mais 


O País tem direito à lista e à delação da Odebrecht





Por Tereza Cruvinel

Quando divulgou a conversa ilegalmente grampeada entre Lula e Dilma, o juiz Sergio Moro alegou  “interesse público” no assunto.  Acrescentou que os governados têm o direito de saber o que fazem (inclusive na intimidade) os governantes.  Os mesmos argumentos , e muitos outros, podem ser invocados pela sociedade  para exigir a divulgação da “lista da Odebrecht”, contendo mais de 300 nomes de políticos que receberam “capilés” da empreiteira, logo posta sob sigilo por Moro.  Por que nela há pessoas “com foro” ou porque ela não atende a seuis critérios de seletividade?  Da mesma forma, a sociedade tem direito de exigir do Ministério Público que aceite a proposta da construtora para uma “colaboração definitiva”, afastando a suspeita de que a recusa se relaciona com a amplitude do esquema de financiamento partidário-eleitoral que a Odebrecht planejava desnudar.

O desinteresse de Moro  e dos procuradores pelas revelações da construtora  transpareceu já na noite de terça-feira, conforme registrou este blog. O Jornal Nacional , ao noticiar a Operação Xepa, que fez buscas e apreensões em várias unidades da Odebrecht, destacou trechos da nota pública da empresa,  passando ligeiramente sobre o trecho em que afirma não ter a construtora “responsabilidade dominante” pelos fatos apurados e pela existência de “um sistema ilegítimo e ilegal de financiamento do sistema partidário-eleitoral”.  A seguir, William Bonner informa que “nossos repórteres” ouviram do  Ministério Público que tal acordo não havia sido assinado e que seria analisado segundo as prioridades da Operação Lava Jato.  O desinteresse do Ministério Público confirmou-se nesta quarta-feira logo que começaram a ser divulgados nomes da oposição que figuram na lista da Odebrecht, tais como Aécio Neves, José Serra, Rodrigo Maia e Eduardo Cunha, para ficar só em quatro importantes lanceiros do impeachment.  Moro colocou o material sob sigilo e os procuradores praticamente descartaram a delação da Odebrecht.

A sociedade  tem o direito de conhecer este “sistema ilegal e ilegítimo” de financiamento do conjunto de partidos que a representa.  Quando diz que não tem  “responsabilidade dominante”  por sua existência, a Odebrecht diz implicitamente que não o criou sozinha,  que  ele não nasceu agora, nos governos do PT, que ele envolve um conjunto de empresas e partidos, enfim, que este é o sistema político-eleitoral que temos, fomentador da corrupção.   A lista contém informações que remontam aos anos 1980.   Se o objetivo é passar o país a limpo, tal sistema precisa ser conhecido  para ser desmontado e substituído.  Moro, em seu já muito citado artigo sobre a Operação Mãos Limpas da Itália, refere-se  à necessidade de “deslegitimação” do sistema partidário que lá estava fortemente associado à corrupção. Já a Lava Jato parece querer deslegitimar apenas uma parte do sistema partidário,  composta pelo PT e partidos aliados.

A divulgação da lista iluminaria uma parte do porão. Mas a “colaboração definitiva”, expressão cunhada pela Odebrecht para indicar a disposição de seus dirigentes de falar tudo o que sabem, e certamente sobre todos, é fundamental para o completo desvelamento do esquema. Na colaboração eles não apenas citariam nomes mas apontariam mecanismos operacionais ainda não de todo conhecidos.   A parte ainda lúcida da sociedade, que não se deixou cegar pelo ódio, que mesmo não gostando do PT percebe a seletividade do processo, tem o direito de conhecer a lista e as revelações da Odebrecht. Depois do desgaste com as ilegalidades cometidas contra Lula, Dilma e outros políticos grampeados, a Lava Jato faria bem em afastar as evidências de que seu propósito não é uma faxina mas sim uma chacina política.

Fonte Brasil 247


NÃO PRECISO SER PETISTA PARA DEFENDER A DEMOCRACIA E O BRASIL!

NO DIA 31 DE MARÇO EU VOU DE QUALQUER COR. VOU DE VERDE, AMARELO, AZUL, BRANCO, PRETO OU VERMELHO. MAS, LUTAR CONTRA O FASCISMO E O GOLPISMO, EU VOU!




Visite a pagina do MCCE-MT