Se a matilha nas ruas não fosse tão primária, acharia no mínimo estranho estar trabalhando para pulhas como Michel Temer, Eduardo Cunha, Aécio Neves, Marta Suplicy et caterva. Como a questão virou destruir o “governo comunista”, a Dilmanta e o Lularápio, vamos em frente.
O governador do Maranhão, Flávio Dino, falou em entrevista,
dia desses, no “novo traço do brasileiro, que é a falta de
razoabilidade”.
Para Dino, “o ódio que já havia nas redes sociais
transbordou para as ruas e o nome disso é fascismo. Tiraram o gênio do
fascismo da garrafa e agora não sabem como colocá-lo de volta.”
Veja a imagem abaixo.
São manifestantes em Curitiba fazendo uma saudação clássica. Não é bonito?
A conversa de que o protesto é contra a corrupção foi desmoralizada
pelos bandidos oficiais e pelo próprios manifestantes. A rede Habib’s,
que quis pegar carona na onda antipetista, está sob investigação por
fraude fiscal. Agripino Maia, o presidente do DEM, que réu em vários
crimes, conclamou os brasileiros a ir para as ruas.
Etc.
O que sobrou?
A fúria homicida contra um partido, contra seus seguidores e contra
seu líder. Um cartaz na Fiesp mostrava Lula e Dilma com um tiro na
cabeça. Bonecos dos dois eram decapitados numa guilhotina.
Uma picape levava pessoas vestidas como os dois numa jaula,
exatamente como os assassinos do Estado Islâmico fazem com suas vítimas.
Duas lideranças sobressaem desse caldo: Sergio Moro e ele, Jair
Bolsonaro, homenageados, sobretudo, pela canalha pedindo intervenção
militar.
Tudo faz parte do show: a cobertura ao vivo da GloboNews se incumbiu
de inflar números quando as imagens não favoreciam. Uma lupa foi
adicionada às câmeras de modo a fechar o ângulo quando necessário.
Em Ribeirão Preto, “segundo os manifestantes”, havia 55 mil pessoas
(que cabiam, misteriosamente, em três ruas). No Rio de Janeiro, a PM
declarou que não fará a contagem. Ficamos, portanto, com a contagem
oficial dos organizadores: entre 750 mil e um milhão.
São os coxinhas de sempre, apenas mais animados para exercer sua
indignação seletiva, sua intolerância, sua hipocrisia e seu
autoritarismo.
Os salvadores da pátria sempre aparecem depois. Stalin se orgulhava
de ser honesto, Mussolini dizia que o atraso econômico da Itália era
causado pela corrupção da classe política, Hitler atribuía aos
socialistas e aos judeus a crise na Alemanha.
Collor, até ser enxotado pelos mesmos que o inventaram, era o
“caçador de marajás”. Não haverá recuperação econômica mágica quando o
governo Dilma cair, mas não importa. Se a matilha nas ruas não fosse tão
primária, acharia no mínimo estranho estar trabalhando para pulhas como
Michel Temer, Eduardo Cunha, Aécio Neves, Marta Suplicy et caterva.
Como a questão virou destruir o “governo comunista”, a Dilmanta e o
Lularápio, vamos em frente.
A questão é quem virá depois. A foto no início do texto dá uma pista.
HOJE,
13 DE MARÇO, OS COXINHAS FASCISTAS DO 'IMPITIMISMO' GOLPISTA JÁ ESTÃO
NAS RUAS PEDINDO UM GOLPE CONTRA A DEMOCRACIA E A CONSTITUIÇÃO.
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