Como o golpe com Cunha se tornou inviável, os líderes da oposição passaram a discutir um novo plano, o de levar adiante o impeachment ou a cassação da chama Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral com outro presidente na Câmara.
Brasil 247
Ao longo do ano passado, o Brasil acompanhou a formação de uma aliança indecorosa entre representantes da oposição, como Aécio Neves (PSDB-MG) e Paulinho da Força (SD-SP), com o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para levar adiante um golpe contra a democracia brasileira; quando a sociedade se deu conta de que o pedido de impeachment aprovado por Cunha era apenas uma tentativa de vingança do presidente da Câmara e de revanchismo dos derrotados nas eleições de 2014, os artífices do golpe começaram a acalentar um outro plano: levar adiante o impeachment, mas com outro condutor, menos contaminado por denúncias de corrupção; agora, fica no ar a dúvida: a oposição terá responsabilidade para ajudar a tirar o Brasil da crise ou tentará um golpe sem o peso de Cunha?
247 – Nesta quarta-feira, 247 presta uma homenagem ao blog Limpinho & Cheiroso.
Sim, porque desde que a situação do
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se tornou insustentável,
diante de inúmeras acusações de corrupção, setores da oposição,
capitaneada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), passaram a traçar um
novo plano: o de levar adiante o golpe "limpinho e cheiroso" contra a
democracia após a queda de Cunha.
Para quem não se lembra, em 2015, um
ano praticamente perdido para o Brasil, a oposição selou uma aliança
indecorosa com Cunha. Ele, um personagem que se tornou símbolo da
corrupção no País, se tornou o cavaleiro de uma tentativa de derrubada
de uma presidente reconhecida como honesta até por seus adversários.
Mais do que simplesmente apoiar o
impeachment, a oposição também se aliou a Cunha nas chamadas
pautas-bomba do Congresso, de altíssimo custo fiscal para o País. O
PSDB, por exemplo, votou pela derrubada do fator previdenciário, criado
pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, pelo que veio a se
arrepender apenas no início de 2016.
Com Cunha à frente do processo, o
impeachment se desmoralizou completamente. Afinal, como sustentar um
discurso moralista se era Cunha, com suas contas na Suíça, quem conduzia
a questão? Além disso, a sociedade passou a enxergar no impeachment a
simples tentativa de vingança por parte de um parlamentar acossado por
denúncias de corrupção.
Diante desse cenário, Aécio Neves
passou a pregar a saída de Cunha da presidência da Câmara como se não
tivesse sido um dos seus maiores aliados – registre-se aqui que a
posição de Paulinho da Força (SD-SP) foi menos cínica. O sindicalista da
Força prometeu ser fiel a Cunha até o fim. Assim como Paulinho, o
deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que entregou o pedido de impeachment
ao presidente da Câmara, também fez o que pôde para manter a aliança
entre os tucanos e o deputado agora réu no Supremo Tribunal Federal por
corrupção e lavagem de dinheiro (leia mais aqui).
Um novo discurso
Como o golpe com Cunha se tornou
inviável, os líderes da oposição passaram a discutir um novo plano, o de
levar adiante o impeachment ou a cassação da chama Dilma-Temer no
Tribunal Superior Eleitoral com outro presidente na Câmara. Cogitava-se,
por exemplo, o nome de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
Uma das razões para essa guinada era
o fato de que, na hipótese de cassação via TSE, Cunha assumiria a
presidência por 90 dias, até que convocasse novas eleições
presidenciais. O que seria absolutamente extravagante, como disse o
ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal.
No entanto, após a queda de Cunha,
esse plano também terá grandes dificuldades para ser levado adiante. O
mais provável é que a presidente Dilma Rousseff recupere, agora,
condições mínimas de governabilidade. E se a oposição tiver algum pingo
de responsabilidade com o País tentará ajudá-la a tirar o País da atual
crise em que se encontra. Uma crise que foi eminentemente política antes
de contaminar a economia.
Fonte Brasil 247
EDUARDO CUNHA, O HERÓI DOS COXINHAS GOLPISTAS E FASCISTAS MIRINS DO VEM PRA RUA NO DIA 13 DE MARÇO, DANÇOU!
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