terça-feira, 19 de abril de 2016

A abrilada do Golpe


O que dizer do velho PMDB que tripudiou sobre a sua própria história. De trincheira de resistência a desditosa de 64 à artífice do golpe em 2016 




Por Gilson Romeu da Cunha*


“Como beber dessa bebida amarga Tragar a dor...” 

A abrilada dos golpistas, no domingo (17), foi de causar asco a qualquer ser minimamente racional. Mas, o deprimente teatro de horrores serviu para lançar luz sobre o perfil político dos deputados do baixo clero, uma corja fisiológica que atua exclusivamente nos porões do legislativo federal, ratazanas da política nacional. Dos 513 deputados, 300 estão sendo processados por corrupção. 

Neste momento traumático da vida nacional, o exercício do voto para esses parlamentares foi um ato mecânico em nome da mãe, pai, filhos e a vovozinha quase centenária. Entretanto, a expressão máxima da degradação humana se deu quando o nazi-facista Jair Bolsonaro dedicou seu voto aos golpistas de 64 e à memória do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. 

Gaúcho de Santa Maria (RS), Ustra era um dos mais temidos torturadores do regime militar. Atuava no DOI- CODI de São Paulo e foi o executor da tortura e sevícias da atriz Bete Mendes. 

O que dizer do velho PMDB que tripudiou sobre a sua própria história. De trincheira de resistência a desditosa de 64 à artífice do golpe em 2016, consorciado com a Rede Globo e os jornais Folha de São Paulo e Estadão. Novamente a família Marinho no olho do furacão. O grande Leviatã estreitando o horizonte mental do povo brasileiro com a manipulação da informação. Saudoso Ulisses, que miserável politicalha! 

“Atordoado eu permaneço atento Na arquibancada pra a qualquer momento Ver emergir o monstro da lagoa....” 

*Gilson Romeu da Cunha é professor da rede estadual de ensino.