O título do artigo é “homenagem” a Temer, jurista obscuro que pode se transformar presidente sem ter obtido nenhum voto
UMA PONTE PARA O PASSADO
Por Antonio Cavalcante Filho
Eu não poderia começar diferente essa nova etapa de minha estadia
aqui na terra, quando me aproximo do marco de proteção do Estatuto do
idoso, que dá um tratamento diferente a pessoas que completam 60 anos de
idade.
Graças a generosidade do jornalista Romilson Dourado, e da equipe do
Rdnews, estarei semanalmente, sempre às sextas-feiras, apresentando
opinião sobre assuntos contemporâneos, desde que sejam importantes e que
interfiram na vida dos cidadãos de nosso Mato Grosso.
Na coluna de minha estreia faço alerta, criticando.
O título do artigo é uma “homenagem” a Michel Temer, o jurista
obscuro que pode se transformar presidente da república sem ter obtido
nenhum voto, e tudo graças a um “drible de vaca” na Constituição Federal
que já apresenta um alto custo ao país. O antropólogo Darcy Ribeiro
dizia que travou várias lutas, foi derrotado na maior parte delas, mas
que não ficaria sossegado se estivesse ao lado dos vencedores daqueles
embates.
Guardadas as devidas proporções, eu também me vejo assim, sempre fui
minoria em minhas manifestações político-ideológicas nas relações entre
amigos e, inclusive, sou causa de desentendimento no seio da minha
própria família. É que sempre fui pensamento minoritário, e quem me
defende também é atacado.
Desde os anos 90 do século XX que atuo nos movimentos sociais de
combate à corrupção, sempre tendo em mente que uma eleição malfeita pode
gerar um gestor mal-intencionado. Deste modo, estive nas ruas colhendo
assinaturas para aprovar a lei de iniciativa popular, que tipificou o
crime de corrupção eleitoral, e mais recentemente, defendi a criação da
lei da ficha limpa. Fui um dos 25 eleitores brasileiros a entregar as
assinaturas na Câmara Federal presencialmente, por coincidência, nas
mãos do golpista Michel Temer, então deputado federal e presidente da
Câmara dos Deputados no ano de 2009.
Recebo críticas com normalidade.
O fato é que quando eu denunciava um político do PT, diziam que eu
era do PMDB. Quando eu fazia alguma denúncia ou representação contra o
PMDB, diziam que eu estava a mando PT, ou que eu era um simpatizante do
PSDB ou até mesmo do DEM. Isso, apesar do tempo, não mudou até hoje. E
mesmo com tantas tentativas de me desacreditarem diante da opinião
pública, foi através do MCCE de Mato Grosso, e com o meu testemunho
pessoal na justiça, que o primeiro deputado federal da história do
Brasil foi cassado pela compra de votos.
Parafraseando Enock Cavalcante, “meus amigos, meus inimigos”: a
Democracia é um sistema falho, mas ao lado das ditaduras e das
monarquias ainda é o melhor sistema político. Ao longo da história da
humanidade lutamos muito por ela. Pela democracia milhões de pessoas
pelo mundo a fora foram mortas, torturadas e deportadas. E é por essa
razão que me insurjo contra o Golpe que campeia em nosso país.
Considero, ainda, que os inimigos da democracia são inimigos da
humanidade, e como tal devem ser combatidos.
É a soberania popular que deve prevalecer e não a relativização do voto.
Se mantida a punição a Dilma por infração ao orçamento, poderemos
cassar prefeitos e governadores pelo mesmo fundamento legal. Não
finalizou a obra e usou o recurso do orçamento para outro fim? Então
“impichima” neles!
Com esse argumento, a enrolação do VLT, do tal Parque das Águas e a
revitalização do Bairro do Porto em Cuiabá, que elegeu como deputado o
“bom-moço” dono da empreiteira, mas que ainda não foi concluída pela
prefeitura, merece que tipo de sanção? Pensemos.
Antonio Cavalcante Filho, cidadão, escreve às sextas-feiras neste blog.
Fonte RDNEWS
OS GANGSTERS GOLPISTAS, NÃO SÓ QUEREM ABSOLUTA LIBERDADE PARA ROUBAREM O DINHEIRO PÚBLICO, COMO TAMBÉM SURRUPIAREM OS VOTOS DE MAIS DE 54 MILHÕES DE ELEITORES
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