sexta-feira, 29 de abril de 2016

UMA PONTE PARA O PASSADO


O título do artigo é “homenagem” a Temer, jurista obscuro que pode se transformar presidente sem ter obtido nenhum voto




 UMA PONTE PARA O PASSADO


  Por Antonio Cavalcante Filho

Eu não poderia começar diferente essa nova etapa de minha estadia aqui na terra, quando me aproximo do marco de proteção do Estatuto do idoso, que dá um tratamento diferente a pessoas que completam 60 anos de idade.

Graças a generosidade do jornalista Romilson Dourado, e da equipe do Rdnews, estarei semanalmente, sempre às sextas-feiras, apresentando opinião sobre assuntos contemporâneos, desde que sejam importantes e que interfiram na vida dos cidadãos de nosso Mato Grosso.

Na coluna de minha estreia faço alerta, criticando.

O título do artigo é uma “homenagem” a Michel Temer, o jurista obscuro que pode se transformar presidente da república sem ter obtido nenhum voto, e tudo graças a um “drible de vaca” na Constituição Federal que já apresenta um alto custo ao país. O antropólogo Darcy Ribeiro dizia que travou várias lutas, foi derrotado na maior parte delas, mas que não ficaria sossegado se estivesse ao lado dos vencedores daqueles embates.

Guardadas as devidas proporções, eu também me vejo assim, sempre fui minoria em minhas manifestações político-ideológicas nas relações entre amigos e, inclusive, sou causa de desentendimento no seio da minha própria família. É que sempre fui pensamento minoritário, e quem me defende também é atacado.

Desde os anos 90 do século XX que atuo nos movimentos sociais de combate à corrupção, sempre tendo em mente que uma eleição malfeita pode gerar um gestor mal-intencionado. Deste modo, estive nas ruas colhendo assinaturas para aprovar a lei de iniciativa popular, que tipificou o crime de corrupção eleitoral, e mais recentemente, defendi a criação da lei da ficha limpa. Fui um dos 25 eleitores brasileiros a entregar as assinaturas na Câmara Federal presencialmente, por coincidência, nas mãos do golpista Michel Temer, então deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados no ano de 2009.

Recebo críticas com normalidade.

O fato é que quando eu denunciava um político do PT, diziam que eu era do PMDB. Quando eu fazia alguma denúncia ou representação contra o PMDB, diziam que eu estava a mando PT, ou que eu era um simpatizante do PSDB ou até mesmo do DEM. Isso, apesar do tempo, não mudou até hoje. E mesmo com tantas tentativas de me desacreditarem diante da opinião pública, foi através do MCCE de Mato Grosso, e com o meu testemunho pessoal na justiça, que o primeiro deputado federal da história do Brasil foi cassado pela compra de votos.

Parafraseando Enock Cavalcante, “meus amigos, meus inimigos”: a Democracia é um sistema falho, mas ao lado das ditaduras e das monarquias ainda é o melhor sistema político. Ao longo da história da humanidade lutamos muito por ela. Pela democracia milhões de pessoas pelo mundo a fora foram mortas, torturadas e deportadas.  E é por essa razão que me insurjo contra o Golpe que campeia em nosso país. Considero, ainda, que os inimigos da democracia são inimigos da humanidade, e como tal devem ser combatidos.  

É a soberania popular que deve prevalecer e não a relativização do voto.

Se mantida a punição a Dilma por infração ao orçamento, poderemos cassar prefeitos e governadores pelo mesmo fundamento legal. Não finalizou a obra e usou o recurso do orçamento para outro fim? Então “impichima” neles!

Com esse argumento, a enrolação do VLT, do tal Parque das Águas e a revitalização do Bairro do Porto em Cuiabá, que elegeu como deputado o “bom-moço” dono da empreiteira, mas que ainda não foi concluída pela prefeitura, merece que tipo de sanção? Pensemos.

Antonio Cavalcante Filho, cidadão, escreve às sextas-feiras neste blog.

Fonte  RDNEWS



OS GANGSTERS GOLPISTAS, NÃO SÓ QUEREM ABSOLUTA LIBERDADE PARA ROUBAREM O DINHEIRO PÚBLICO, COMO TAMBÉM SURRUPIAREM OS VOTOS DE MAIS DE 54 MILHÕES DE ELEITORES




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