sábado, 27 de agosto de 2016

NÃO VOTE EM GOLPISTAS


Infelizmente, essa nossa Constituição está sendo rasgada e a democracia assassinada por uma conspiração de politicoides canalhocratas que se uniram num conluio para tomar o poder, de assalto, ao imporem um golpe midiático-parlamentar-judicial contra a presidenta legitimamente eleita. 





Por Antonio Cavalcante Filho 



A nossa jovem Constituição Federal, documento que encerra o acordo celebrado entre as pessoas que habitam este continente chamado Brasil, de promover a convivência pacífica entre os divergentes, o respeito ao estado democrático de direito, e que veicula a regra de que todo poder emana do povo, nos traz uma série de princípios e normas de natureza objetiva. É o nosso contrato social, instrumento abstrato que obriga a cada um de nós a renunciar um pouco da nossa individualidade e destinarmos nossos esforços para o bem comum.

Infelizmente, essa nossa Constituição está sendo rasgada e a democracia assassinada por uma conspiração de politicoides canalhocratas que se uniram num conluio para tomar o poder, de assalto, ao imporem um golpe midiático-parlamentar-judicial contra a presidenta legitimamente eleita. E aí, me parece bastante contraditória, a postura de alguns setores da política em acreditar que uma nova eleição, ou uma eleição municipal, possa juntar os cacos quebrados de nossa democracia.

Sempre acreditei que o voto nulo é uma das formas mais legítimas de protesto, ainda que não tenha efetividade em mudar a direção da política ou escolher as melhores pessoas por meio do processo de eleição. O voto nulo seria uma espécie de não-eleição. O voto nulo é uma forma eficiente do eleitor dizer que, os partidos políticos que negligenciaram em seu papel de escolher os melhores candidatos e candidatas não foram dignos da missão que lhes foi dada.

É claro que ao me verem pregando o voto nulo, muitos me acusarão de agir contra a democracia, e que tal postura desmotivaria as pessoas (eleitores) a contribuírem para a melhoria do processo eleitoral, mas isso não tem fundamento. Aos partidos políticos e candidatos é dado o poder de mudar o estado de coisas, de oferecer alternativas por meio de projetos de governo e cujo processo de aprovação é uma eleição. Se os legitimados negligenciam, cabe ao povo dizer “não, não aceito esse estado de coisas, não aceito esses projetos, não aceito esses candidatos, a eles nego o voto que legitimaria a farsa”.

Bem isso.

E nas eleições de 2016 há um novo e grave componente: o golpe! O golpe contra a democracia, o golpe contra as conquistas sociais, enfim, o golpe contra a maioria dos brasileiros e dos verdadeiros interesses da soberania nacional.

O Eduardo Cunha (vulgo Caranguejo), deputado ídolo da bancada federal de Mato Grosso, deu um tremendo golpe ao ingressar na presidência da Câmara Federal e direcionar a pauta das votações aos projetos de seu interesse. Entre eles esse remendo na lei eleitoral (Lei 9.504/97), que somente agora começa a ser criticada pelos setores envolvidos.

Então, essa eleição ruim (de 2016) está sendo regida por regras ruins. A única boa notícia é o fim do patrocínio de campanhas por empresas, o que ocorre graças à decisão do Supremo Tribunal Federal, a partir de processo proposto pelo Conselho Federal da OAB.

No entanto, por outro lado, continua em curso o criminoso golpe contra a jovem democracia com o endosso de diversos partidos políticos, que desde 2014, vêm gerando um caos no país, se valendo de processos judiciais e de denúncias fantasiosas bancadas por setores da mídia, impedindo assim que a gestão pública caminhasse livremente.

Nesse momento, o Brasil é refém de ações golpistas que estão acabando com o programa nuclear, negando o pré-sal que destinaria 100% dos recursos paras as áreas de educação e saúde pública e avançam, com celeridade, contra os projetos de programas sociais de distribuição de renda, de moradia e de geração de empregos.

Os partidos políticos que estão patrocinando o golpe, e os candidatos que se apresentam por essas legendas estão cometendo uma heresia contra a democracia e os trabalhadores: ora, se estão a cassar uma presidenta eleita pela maioria dos eleitores, sem que ela tenha cometido crime algum, por que razão estariam agora pedindo os nossos votos por meio de um sistema (eleitoral), se nem eles mesmos respeitam as regras do tal “jogo democrático”?

Sinceramente, os golpistas estão nos lançando em um longo e tenebroso inverno cinzento, do qual sairemos em data não prevista, causando danos irreparáveis (e permanentes) ao povo brasileiro.
Assim, aos inúmeros amigos que tenho deixo dois recados: primeiramente, um “Fora Temer”, e que não votem em candidatos e partidos golpistas de modo algum, eles fazem um mal terrível ao processo democrático. E, em segundo lugar, avaliem a possibilidade de anular o voto, se nenhum candidato e nenhum partido político lhes apresentarem confiáveis e dignos de falarem em nome do eleitor.

Não votem em golpistas!

Antonio Cavalcante Filho, cidadão, escreve às sextas feiras neste Blog. E-mail: antoniocavalcantefilho@outlook.com

Fonte: RD New


INDEPENDENTE DA SUA POSIÇÃO POLÍTICA, DEFENDA A DEMOCRACIA. DIGA NÃO AO GOLPE E AOS GOLPISTAS!