Apesar ter sido ele proprio o homem que convidou Alan Malouf para se integrar no seu grupo político, Zé Pedro Taques insiste na tese de que não sabia de nada. A secretária do Gabinete de Combate à Corrupção, Adriana Vandoni, parece que também não sabia de nada e parece ter ficado com receio de vir a saber de alguma coisa, tanto que jogou a toalha, abandonou o pomposo cargo que fazia tanta questão de exaltar e abriu fuga do governo, por razões pessoais
Paulo Taques Alan Malouf, Zé Pedro Taques e Adriana Vandoni, a secretária que escafedeu-se
Por Enock Cavalcanti
Que o empresário Alan Malouf, proprietário do requintado Buffet Leila
Malouf, e um dos nomes mais badalados do jet set cuiabano, atuou como
caixa de campanha do então senador e candidato a governador Zé Pedro
Taques, é um fato sabido e conhecido nos bastidores da politica de Mato
Grosso. Para o grosso da população, todavia, Alan Malouf era um cara
fora de foco, o famoso “quem?”. O povão não tem tempo nem saco para
conhecer todos os peões do tabuleiro da política regional.
O que a comunidade cuiabana, mato-grossense e brasileira vem
descobrindo, nestes últimos dias, é que Alan Malouf, pessoa de grande
confiança do governador tucano, teria sido um dos chefes de organização
mafiosa especialmente montada para saquear os cofres da Secretaria de
Educação do Estado à sombra do governo de Zé Pedro Taques.
A denúncia parte do Gaeco – dentro da chamada Operação Rêmora. Vejam
que em depoimento aos promotores de Justiça e delegados, o próprio Alan
Malouf contou aquela que pode ser a origem de toda esta trama: ele foi
convidado pessoalmente por Zé Pedro Taques para ajudá-lo na sua campanha
para o governo do Estado, organizando o recolhimento de dinheiro dos
seus possiveis apoiadores. As investigações do Gaeco, certamente,
apontam que Alan Malouf, talvez estimulado pelo convite do Zé Pedro, que
acabou ganhando a eleição do médico Lúdio Cabral, resolveu organizar
muitas outras coisas mais.
As revelações de Alan Malouf, Govani Guizardi e outros possiveis
envolvidos no esquema centralizam as atenções em Mato Grosso – e vejam
que até agora não se falou na abertura de uma CPI na Assembleia para
investigar mais cuidadosamente os fatos. Um dos motivos para esse
inércia talvez seja o fato do atual presidente da AL, Guilherme Maluf,
está entre os investigados pelo Gaeco e até citado pelo empresário Alan
Malouf, seu parente, como um dos possíveis beneficiados do esquema
criminoso que teria sido montado.
A investigações da midia corporativa são discretas. O Governo do
Estado tem desmentido, sistematicamente, qualquer envolvimento ou
participação do atual governador Zé Pedro Taques no esquema mas a
deputada Janaína Riva é uma das que já começou a falar, no âmbito do
Legislativo, em possível pedido de impeachmente do Zé Pedro, que segue
dizendo que não tem tempo para ter medo sejá do que fora.
Apesar ter sido ele proprio o homem que convidou Alan Malouf para se
integrar no seu grupo político, Zé Pedro Taques insiste na tese de que
não sabia de nada. A secretária do Gabinete de Combate à Corrupção,
Adriana Vandoni, parece que também não sabia de nada e parece ter ficado
com receio de vir a saber de alguma coisa, tanto que jogou a toalha,
abandonou o pomposo cargo que fazia tanta questão de exaltar e abriu
fuga do governo, por razões pessoais que, como destacou o prefeito
Roberto França em seu programa de televisão, não foram bem explicadas.
Roberto França, dada a sua força de audiência, parece ter sido
acionado para criar uma blindagem em torno do atual governador, tanto
que, nesta terça-feira já disparou criticas pesadas contra a deputada
Janaina, dizendo que ela não produz nada como deputada e que se limita a
desfilar como pretensa musa da Assembleia. Roberto não falou nada do
pedido de impeachment que vem sendo sugerido por Janaina mas bufou como
um autentico tucano desesperado em tirar as suspeitas contra Zé Pedro
Taques das manchetes.
Fonte Enock Cavalcanti
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