O Supremo, desgraçadamente, está na mesma vala-comum dos demais poderes: sem honra e sem créditos. Alguns de seus membros já perderam o pudor e sequer primam por manter aparências.
São muitos os fatos e evidências a indicarem, lamentavelmente, que os capa-pretas da mais alta corte da justiça (aqueles que deveriam ser os guardiões da Constituição), foram cúmplices, mais uma vez, de um golpe de estado, como já ocorrera antes, em 1964.
Em artigo recente, publicado aqui fiz
algumas críticas ao falecido ministro Teori Zavascki. Entre elas, que o
eminente membro do STF ao postergar o afastamento de Eduardo Cunha da
presidência da Câmara tornou-se peça fundamental para a consolidação do
fajuto impeachment de Dilma Rousseff.
No mesmo artigo fiz uma ressalva, que transcrevo:
Não quero crer que Teori tenha agido dessa forma por vontade e decisão próprias. Acontece, que ele faz parte de um grupo altamente hermético que agiu, o tempo todo, numa mesma direção.
E ainda ponderei:
Talvez, seu trabalho e suas qualidades técnicas e
jurídicas poderiam se diferenciar dos demais membros do STF justamente
nesse momento, quando seu papel de relator se tornaria central.
E talvez, por isso mesmo, tenha ocorrido esse estranhíssimo acidente.
Mas, ambas as hipóteses dificilmente poderão ser comprovadas.
Agora, li um texto publicado no blog do Marcelo Auler, aqui, reproduzindo um artigo do ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão. Nele, o também subprocurador-geral da República afirma:
Mas, sou testemunha de que Teori não descansou. Insistiu com os
colegas semanas a fio na necessidade de se afastar Eduardo Cunha. Só
logrou, porém, sucesso depois de consumado o afastamento processual de
Dilma Rousseff no procedimento de impeachment que corria no congresso.
Sentiu-se mal por isso, mas não era dono das circunstâncias políticas
que dominavam aquele momento.
Tenho todos os motivos para acreditar em Aragão e no seu
testemunho. E, portanto, reconhecer que, provavelmente, tenha produzido
um juízo apresado sobre Teori Zavascki, pelo menos nesse episódio.
Porém, o que mais me chamou à atenção no texto
do subprocurador-geral da República foi a confirmação, cada vez mais
cabal, que o STF não somente criou todas as condições para o golpe como,
também, sacramentou a vilania dos bandoleiros da nossa democracia; dos
rapineiros de 54 milhões de votos.
O Supremo, desgraçadamente, está na mesma vala-comum dos demais
poderes: sem honra e sem créditos. Alguns de seus membros já perderam o
pudor e sequer primam por manter aparências.
São muitos os fatos e evidências a indicarem, lamentavelmente, que
os capa-pretas da mais alta corte da justiça (aqueles que deveriam ser
os guardiões da Constituição), foram cúmplices, mais uma vez, de um
golpe de estado, como já ocorrera antes, em 1964. Como asseverou Fábio
Konder Comparato, um dos juristas respeitadíssimo (aqui), a justiça em nosso país é um poder submisso às elites, corrupto em sua essência e comprometido com a injustiça.
Temos insistido sobre o papel estratégico que a juristocracia tupiniquim desempenhou no golpe de estado (veja aqui).
Entre as muitas reformas que precisam ser feitas para colocar o Brasil
no patamar de uma república de fato, uma delas, sem dúvida, é a do
sistema de justiça.
A Constituição Federal de 1988 – que produziu tantos avanços
institucionais - deixou de reformar três sistemas: policial, prisional e
de justiça. Mera coincidência?
Fonte Brasil 247
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