Sei que é difícil, mas as pessoas que foram enganadas deveriam voltar às ruas e pedir a volta da democracia, que seja aberta investigação para descobrir sobre a origem da dívida pública, exigir o fim dos privilégios de algumas castas (principalmente juízes e membros de tribunais de contas) e a destituição do governo ilegítimo.
Pensa bem, contrariando Tiririca, eu diria “pior do que tá, fica”! Democracia e respeito ao voto é bom e todos nós merecemos.
RD News
Por Antonio Cavalcante Filho
Eu não tenho nenhum problema em ser repetitivo, não possuo nem mesmo um injustificado medo de parecer insistente, então digo: o golpe começou com a recusa de Aécio/PSDB em reconhecer o resultado das urnas em 2014, foi fomentado com a chamada “pauta bomba”, criada no Congresso pelo presidiário Eduardo Cunha (amado por 7, entre 8 deputados federais de Mato Grosso), teve o fomento da mídia tradicional liderada pela golpista Rede Globo e revista Veja, e ainda o sustentáculo financeiro da FIESP, bancos e setores sonegadores.
Passados somente alguns meses, vê-se que o golpe, tal qual uma onda
conservadora, reacionária e altamente devastadora está quebrando as
finanças do Brasil, dos Estados e das prefeituras. O desemprego aumenta,
empresas encerram as portas, não há a menor esperança de melhoria, e é
quase certo o início das temidas convulsões sociais.
É esse o planejamento do consórcio Globo/PSDB/DEM/Fiesp/ Maçonaria?
Durante o reinado de Riva, fui um dos poucos que o criticava e a ele
se opunha. Até há poucos dias, o conteúdo de postagens minhas nas redes
sociais, em defesa da democracia, eram entendidas como “fora da curva”, e
criticadas por alguns blogueiros da direita golpista, como “delírios”
de um “petralha”, mesmo não sendo eu filiado ou sequer militante de
nenhum partido.
Mas estes, diante do descalabro que uma máfia está mergulhando o
país, assim como as panelas das madames, quedaram-se em silêncio!
Hoje, “desvotando”, critico Pedro Taques todos os dias, numa
tentativa quase religiosa de espiar minha culpa e me redimir do pecado
pelo voto que dei ajudando alçar ao poder um sujeito que se revelou
parceiro do maior atentado contra a democracia no Brasil pós-64, e, por
cima, faz no governo do Estado um ataque permanente aos direitos civis, e
ainda se sente no direito de esbravejar quando trabalhadores têm nojo
(palavras dele) em pegar na sua mão para cumprimentá-lo.
Golpistas não merecem perdão.
O país “quebrou”, mas, numa única maracutaia com as teles, o
usurpador causou prejuízo ao erário que pode chegar a R$ 100 bilhões.
Tem recursos bilionários para remunerar bancos, juízes e delegados, mas o
Brasil “quebrou”, dizem os achacadores da República. Cerca de 43% do
orçamento vão para a gorda barriga dos banqueiros, contudo, os golpistas
avançam contra os 22% reservados a aposentadorias de nossos velhinhos. E
ainda congelaram os 4% das despesas com saúde e em 3% a grana destinada
para a educação para os próximos 20 anos.
Era o plano do golpe?
Setores da vida nacional começam a reagir contra o ataque brutal que
os lesa-pátria iniciam contra os direitos civis, direitos sociais e
procuram afastar as ameaças de entrega do Brasil aos estrangeiros. Por
enquanto, eles ainda contam com o apoio da maçonaria, MBL, PSDB, PMDB e
Aecistas, que lhe dão sustentação em parlamentos e redes sociais.
Mas os setores da indústria que se preocupam com o Brasil se reuniram
no início desta semana, fazendo um diagnóstico do estrago causado pelo
golpe e pensando em como mudar esta realidade.
Decidiram propor uma agenda de ação com 10 pontos que atingirão
várias frentes, e os temas serão levados a ministros, Congresso Nacional
e ao próprio “presidente” usurpador. Foi instituída uma Frente
Parlamentar em Defesa da Engenharia e do Desenvolvimento, que decidiu
combater o desmonte da indústria nacional e a abertura a empresas
estrangeiras, tão ou mais corruptas que as nacionais.
O encontro foi resultado da uma articulação entre fabricantes de
máquinas e engenheiros em defesa da indústria brasileira, que constatou o
enfraquecimento das empresas nacionais especialmente nos setores de
petróleo e gás. O golpe sufoca o setor produtivo, paralisa as empresas,
produz forte desemprego, e, se isso ocorre no setor primário da
economia, nos demais segmentos o efeito é mais devastador.
Na Grande Cuiabá, vejo com tristeza a desolação de empresários de
setores tradicionais como o de hotelaria, gastronomia e demais
prestadores de serviço. Outro dia voltei a bares que frequento em Várzea
Grande, próximo à Univag, e vi somente desolação. Num local onde havia
quatro casas noturnas, duas fecharam as portas. Até o “tiozinho”, que
vendia cerveja a preços populares num bar próximo ao terminal de ônibus
(e que vibrava com os xingamentos que eram dirigidos à Dilma durante o
Jornal Nacional), encerrou suas atividades. Fiquei triste, naquele
boteco a cerveja era boa e barata!
Engraçado é constatar que várias dessas pessoas receberam sem
questionar a promessa de que o país estava ruim, e que somente o
“impeachment” (conspiração midiático-parlamente-judicial) resolveria o
problema da corrupção. Só que não. O primeiro passo dos golpistas foi
acabar com a agência que combatia a corrupção, a Controladoria Geral da
União (CGU).
Estudo feito pela Transparência Internacional registra em 2016 uma
queda de três posições do Brasil no ranking da corrupção. Mas isso não é
um caso isolado. Neste ano, mais nações pioraram o índice do que
melhoraram. Mesmo não sendo o país mais corrupto do mundo, é verdade, o
nosso se encontra numa posição vergonhosa. Só que, o problema da
corrupção não se resolve com golpe de estado, muito pelo contrário, a
corrupção só será debelada com mais democracia. Menos democracia, mais
corrupção, mais impunidade e menos desenvolvimento e justiça social.
Se observarmos bem, veremos que as demais ações do golpe foram contra
os direitos de minorias, mulheres, eles pretendem acabar com a escola
livre (um ator pornô foi chamado para planejar a educação das crianças),
e os recursos da saúde e a previdência serão entregues ao setor
privado.
Fiquei chocado com a “liquidação” de móveis de empresas que estão
fechando as portas, como noticiaram os blogs de Cuiabá esta semana. O
golpe quebrou farmácias, hotéis, restaurantes e nem mesmo o boteco do
tiozinho midiotizado, que vendia cerveja a baixo custo, em Várzea
Grande, resistiu.
Sei que é difícil, mas as pessoas que foram enganadas deveriam voltar
às ruas e pedir a volta da democracia, que seja aberta investigação
para descobrir sobre a origem da dívida pública, exigir o fim dos
privilégios de algumas castas (principalmente juízes e membros de
tribunais de contas) e a destituição do governo ilegítimo.
Pensa bem, contrariando Tiririca, eu diria “pior do que tá, fica”! Democracia e respeito ao voto é bom e todos nós merecemos.
Antonio Cavalcante Filho, cidadão, escreve às sextas feiras neste Blog. E-mail: antoniocavalcantefilho@outlook.com
Fonte RD News
FRASES QUE NÃO PODEMOS ESQUECER:
No texto, revelado pela
Folha, “essa porra” são as investigações sobre Machado, um dos operador
do PMDB dentro do complexo Petrobras, afastado por Dilma: “Tem que
resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa
sangria”, diz Jucá, um dos articuladores do impeachment de Dilma.
Machado respondeu que era necessária “uma coisa política e rápida”.
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