O Brasil perde hoje uma figura que nunca quis holofotes. Que nunca pediu um carguinho em qualquer governo. Que não ficava badalando em colunas sociais. Que não usava joias caras, que não fazia pose de intelectual. Que talvez também por tudo isso foi massacrada de forma vil por um bando de canalhas liderados pelas Organizações Globo.
Por Renato Rovai
A morte de Dona Marisa Letícia não foi natural. Ela foi
sendo assassinada aos poucos por um conluio, cujo pilar foi a mídia
tradicional com destaque ultraespecial às Organizações Globo, à grande
maioria do Judiciário envolvido nas investigações da Lava Jato e a uma
classe política corrupta que se lambuzou em acusações sem provas contra
ela e sua família.
Dona Marisa Letícia sempre foi uma mulher simples, mas não
simplória como alguns idiotas imaginavam. Fui o primeiro jornalista a
entrevistá-la para uma publicação de caráter nacional ainda em 1989,
quando Lula disputava sua primeira eleição presidencial.
Naquele momento, Dona Marisa era motivo de chacota porque o
também candidato Paulo Maluf havia dito algo como: o Lula não pode
ganhar a eleição porque a Dona Marisa não vai conseguir lavar todas as
janelas do Palácio do Planalto. Naquela entrevista, evidentemente toquei
no assunto, Dona Marisa riu e respondeu: não tem problema se eu não der
conta eu chamo a dona Sylvia para me ajudar e riu de forma gostosa.
Dona Marisa sempre teve importância fundamental nas decisões
que Lula tomava. Quando o bicho pegava, o baiano, como é conhecido no
ABC, recorria a ela.
Dona Marisa Letícia foi achincalhada nos últimos anos. Teve
sua vida absolutamente investigada e o que se concluiu depois de tudo
isso é que ela comprou dois pedalinhos para os netos, visitou um
apartamento no Guarujá e não o comprou, e que ela também fala palavrões.
De forma canalha e ilegal, o juiz Sergio Moro permitiu
vazamento de uma conversa privada divulgada pelo Jornal Nacional, que é
cúmplice, entre ela e seu filho. Onde ela mandava os paneleiros enfiarem
a panela no cu. Mas sem deixar de perder o humor e a ternura. A galega
Marisa Letícia sempre foi assim bem direta.
Tive a oportunidade de conviver um pouco mais com ela na
campanha para prefeitura de São Bernardo do Campo de Djalma Bom em 1992.
A galega reunia mulheres, discutia panfletos, criticava a campanha, mas
sempre de maneira muito fraternal e nunca se colocando como a esposa do
Lula.
O Brasil perde hoje uma figura que nunca quis holofotes. Que
nunca pediu um carguinho em qualquer governo. Que não ficava badalando
em colunas sociais. Que não usava joias caras, que não fazia pose de
intelectual. Que talvez também por tudo isso foi massacrada de forma vil
por um bando de canalhas liderados pelas Organizações Globo.
Eles podem dizer o que quiserem. Eles podem agora tentar uma
cobertura midiática menos indecorosa, mas eles não vão poder escapar do
óbvio, Dona Marisa foi sendo aos poucos assassinada por essa turma.
Fonte Revista Fórum
NOSSA SOLIDARIEDADE À FAMÍLIA DO EX-PRESIDENTE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA NESSE MOMENTO DE TÃO PROFUNDO PESAR!
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