Jornal norte-americano The New York Times critica a "desigualdade" nas reformas fiscais em curso no Brasil; jornal relata que, enquanto os trabalhadores terão benefícios cortados, juízes e políticos têm aumentos de salários e cita que o Congresso, "em vias de aprovar uma reforma previdenciária", agora está permitindo que seus membros obtenham pensão vitalícia depois de apenas dois anos; para o jornal americano, o governo defende que todos precisam aderir ao programa de austeridade, mas sua postura indica que "a pressão é sobre os menos favorecidos"
Leia em inglês a reportagem do New York Times.
O jornal norte-americano The New York Times critica a "desigualdade"
nas reformas fiscais em curso no Brasil. Em reportagem publicada na
sexta-feira, 3, o jornal relata que, enquanto os trabalhadores terão
benefícios cortados, juízes e políticos têm aumentos de salários e cita
que o Congresso, "em vias de aprovar uma reforma previdenciária", agora
está permitindo que seus membros obtenham pensão vitalícia depois de
apenas dois anos.
O texto lembra que Michel Temer defende o corte de gastos,
mas não ajudou a sua popularidade realizar um "banquete pago com
dinheiro de contribuintes" para persuadir os deputados a aprovarem suas
reformas. Para o NYT, embora alguns sinais de recuperação econômica
tenham surgido, a situação do povo nas ruas "conta uma história
diferente".
A partir do depoimento de personagens, o jornal afirma que o
governo defende que todos precisam aderir ao programa de austeridade,
mas sua postura indica que "a pressão é sobre os menos favorecidos".
Menciona que uma das principais "conquistas" do governo Temer - a
aprovação de um teto para os gastos públicos - é também um dos seus
calcanhares de Aquiles.
"O sistema tem tudo para aumentar a desigualdade, mas Temer
está minimizando a ideia de que o Brasil precisa de uma reforma no
estilo grego", comenta Pedro Paulo Zahluth Bastos, economista da
Unicamp. A falta de cobrança de impostos sobre os rendimentos de
proprietários de ações também é citada como um dos pontos críticos.
A reportagem do correspondente Simon Romero também cita a
situação financeira do Rio de Janeiro, que é vista como um "case" da
seriedade do problema no Brasil. Em função do descontentamento da
população, completa o jornal, políticos ultraconservadores como Jair
Bolsonaro vem ganhando espaço no País.
Fonte Brasil 247
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