“O dia de hoje é um marco. Até aqui, nas últimas manifestações, estavam vindo às ruas apenas os movimentos organizados. Hoje tivemos um salto de qualidade. Muita gente que não está necessariamente mobilizada veio às ruas. Começou a cair a ficha sobre o tamanho do ataque das reformas trabalhista e da Previdência. É o início de um novo momento”. (Guilherme Boulos). Por tudo o que se viu neste 15/03, é impossível dar as costas para o óbvio: sem a ajuda da Globo, o Brasil parou
Imagem da avenida paulista nesta quarta-feira (15/03)
A população brasileira foi às ruas
nesta quarta-feira (15) em todas as capitais do país e no distrito
federal para protestar contra as reformas trabalhista e da Previdência
propostas pelo governo Temer.
O Dia Nacional de Paralisações foi organizado por
professores da rede pública, estudantes, motoristas, metroviários,
metalúrgicos, bancários, aposentados, movimentos sociais e sindicais. Foram registrados atos em mais de 200 cidades do Brasil.
Como era de se esperar, as manifestações não
tiveram a devida cobertura da mídia, nem antes, nem durante e nem
depois. Sem helicópteros, sem drones e entradas ao vivo. Pelo contrário,
os protestos chegaram a ser criminalizados pelos veículos da imprensa
tradicional.
Nunca é demais lembrar que a TV Globo, à época dos
protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff, foi elemento central para o
sucesso de público daquelas manifestações, já que convocava os atos
desde as primeiras horas do dia.
Na avenida paulista, em São Paulo, onde os
organizadores estimaram um público de mais de 200 mil pessoas, não havia
apenas gente identificada com bandeiras do campo progressista.
Várias pessoas diziam que foram enganadas pela
Globo e que perceberam que foram lesadas. “Estamos acordando e aderindo à
luta”, disse uma manifestante que participava de um ato popular pela
primeira vez.
Imagem da manifestação no Rio de Janeiro:
Uma professora que caminhava pela paulista
reclamava que o projeto que Michel Temer tenta implantar no Brasil foi
rejeitado pelas urnas. “Esse golpe foi contra os trabalhadores, os
aposentados e, principalmente, contra as mulheres”.
Guilherme Boulos, coordenador do MTST, reforçou o que a reportagem de Pragmatismo Político
identificou nas ruas. “O dia de hoje é um marco. Até aqui, nas últimas
manifestações, estavam vindo às ruas apenas os movimentos organizados.
Hoje tivemos um salto de qualidade. Muita gente que não está
necessariamente mobilizada veio às ruas. Começou a cair a ficha sobre o
tamanho do ataque das reformas trabalhista e da Previdência. É o início
de um novo momento”.
A avaliação de Raimundo Bonfim, coordenador da
Frente Brasil Popular, vai no mesmo sentido. “Está caindo a ficha da
população. No momento do impeachment de Dilma a coisa era mais
politizada. Nesse momento, é uma questão concreta, o povo está fazendo
as contas. Não é uma coisa que depende de filiação partidária, o
prejuízo [se aprovadas as reformas trabalhista da Previdência] vai ser
de todo mundo”.
Por tudo o que se viu neste 15/03, é impossível dar as costas para o óbvio: sem a ajuda da Globo, o Brasil parou.
Fonte Pragmatismo Político
https://www.facebook.com/antoniocavalcantefilho.cavalcante
Visite a pagina do MCCE-MT
www.mcce-mt.org
Visite a pagina do MCCE-MT
www.mcce-mt.org