Já é de conhecimento mundial que os movimentos que
protagonizaram as manifestações ‘espontâneas’ eram financiados por Aécio
Neves e Ronaldo Caiado, entre outros, como disse em entrevista ao DCM
Daniela Schwery, ex-militante tucana. “Essa turma é PSDB”, disse ela em
relação aos movimentos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff.
Por Mauro Donato
Em 2014 e 2015 era tudo uma coisa só. Bolsonaro pai subia
para discursar em caminhões do MBL (Movimento Brasil Livre) e fazia
selfies com adoradores do Revoltados OnLine que por sua vez abraçavam
amigos do Vem Pra Rua e eram todos seguidores de Reinaldo Azevedo.
Tudo por um impeachment. O tempo passou, o impeachment
também e o caldo entornou para os ‘movimentos’ que iam até Brasília
bajular Eduardo Cunha.
Já no primeiro mês de 2016, Kim Kataguiri, power ranger do
MBL, passou a criticar Jair Bolsonaro. Levou o troco. Reinaldo Azevedo
saiu em defesa do franzino líder e colega de jornal.
“Quem se atém apenas à retórica e ao desempenho circenses do
deputado Bolsonaro fica com a falsa impressão de que ele participou de
alguma guerra — ou mesmo que combateu o terrorismo de esquerda. Não! Ele
nunca deve ter matado uma galinha. Ou venceu, no máximo, uma galinha”,
escreveu Azevedo, o que culminou em bate-boca com o ultra-direitista
Olavo de Carvalho.
Tudo meio de mentirinha, como luta de telecatch. Com 2018 se
aproximando, agora a família Bolsonaro vem a público informar que
desconfia que o PSDB esteja por trás dos ataques que o MBL vêm fazendo a
Jair Bolsonaro.
No Twitter, o filho de Jair, Flávio Bolsonaro, escreveu: “O
MBL está dando chilique. Achava que, com a ruína do PT, o PSDB ocuparia o
espaço que ficou aberto. Não contava que a direita ia surgir com um
nome de tanto peso como o do Jair Bolsonaro.”
Segundo pesquisas, Jair Bolsonaro tem algo entre 11% (Ibope)
e 9%, (Datafolha) nas intenções de voto para presidente da República.
Bom, vamos por partes. Desconfia? Basta uma excursão pela
página do MBL no Facebook para constatar que João Doria é o candidato
preferido pelo movimento. De dez postagens, oito são elogiosas à gestão
Doria em São Paulo.
“Doria cumpre promessa e remove acampamento do MTST na
avenida Paulista”; “Doria apresenta programa Doutor Saúde na zona leste
de São Paulo”; “População terá banheiros públicos graças a parceria com
iniciatica privada”.
É campanha explícita (alô TSE, fique de olho). Qualquer
observador mais atento já percebeu. “Bateu o desespero, a quadrilha vai
fazer de tudo para tirar seu pai do páreo e abrir caminho para o Doria”,
postou um seguidor do filho de Bolsonaro após o tuíte do deputado. Se
até um seguidor de Bolsonaro já notou, está fácil.
Já é de conhecimento mundial que os movimentos que
protagonizaram as manifestações ‘espontâneas’ eram financiados por Aécio
Neves e Ronaldo Caiado, entre outros, como disse em entrevista ao DCM
Daniela Schwery, ex-militante tucana. “Essa turma é PSDB”, disse ela em
relação aos movimentos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff.
A endossar Schwery estão os áudios vazados do líder do MBL
Renan Santos, admitindo que partidos financiaram o movimento (que se
dizia apartidário e coletava dinheiro de cidadão pios.
Tudo isso foi revelado no ano passado e Bolsonaro, claro,
soube. Apontar o dedo para os tucanos e o MBL agora é mera estratégia de
guerra visando 2018.
Fonte Diário do Centro do Mundo
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