domingo, 12 de março de 2017

OS NAZI-DOIDOS


O nazi-doido não é apenas o tonto do Militonto, nem tão somente o idiota do Midiota. O nazi-doido, além da encarnação da perversidade, da ignorância e da vilania, é a materialização da maldade e a própria essência do iníquo enlouquecido. Enfim, o nazi-doido é o fascista do qual falava o grande filósofo e jurista italiano Norberto Bobbio: "O fascista fala o tempo todo em corrupção. Fez isso na Itália em 1922, na Alemanha em 1933 e no Brasil em 1964. Ele acusa, insulta e agride, como se fosse puro e honesto. Mas, o fascista é apenas um criminoso comum, um sociopata que faz carreira na política. No poder, essa direita não hesita em torturar, estuprar e roubar sua carteira, sua liberdade e seus direitos. Mais do que a corrupção, o fascista pratica a maldade". Se encontrar um nazi-doido, fã de Bolsonaro, não titubeie: dê a ele um livro de história! 





Por Antonio Cavalcante Filho 


Dou sequência à apresentação de uma ideia, neste espaço, argumentando sobre a definição que tenho de algumas figuras que têm sido marcantes na cena nacional – geralmente para o mal – nos últimos anos. 

E fecho minhas divagações dessa trilogia que teve início com a apresentação do Midiota onde conceituei o ativo e o passivo) e o Militonto, “ser humaninho” caricato que, muitas vezes, se ativa contra os seus próprios interesses, mesmo que sem o saber, é o que chamo de perfeito idiota, utilíssimo ao sistema plutocrático que avança em nosso país. 

Hoje apresentarei a vocês o nazi-doido e se escreve assim mesmo, com hífen. Não contrário à ortografia, porque se trata de uma adjetivação, onde apresento a “qualidade” de uma pessoa. 

Origem do nazi-doido? 

Bem, o termo nazista é adjetivo e substantivo de dois gêneros que descreve o que ou quem é adepto ou seguidor do nazismo ou um militante da causa hitlerista. Já o termo “doido” se refere ao “serhumaninho” que age insanamente, apresentando sinais de loucura, louco, maluco. É quem age como doido, de maneira insensata, desajuizadamente. 

Bom, é aí que mora o perigo. Eu trago a descrição de um sujeito que idolatra Hitler, um dos maiores criminosos da história da humanidade e que, ao mesmo tempo, é um sujeito que age desajuizadamente. As palavras têm uma força que a gente não imagina e elas, muitas vezes, são apropriadas pelo emissor da ideia com intenções ocultas, que as utiliza dissimuladamente, facilitando a conformação de uma ideia ou premissa. 

No caso do texto, que fecho a trilogia iniciada com a conceituação de Midiota, passou por Militonto e agora chega a nazi-doido, faço questão de manter o sentido das palavras tal qual encontro nos dicionários. É que é fácil conceituar o sujeito que é nazista e/ou doido. Apenas fico com o uso da palavra composta com o uso do hífen (nazi-doido) para demonstrar que se trata de uma adjetivação. 

O nazi-doido é perigoso. Agride covardemente mulheres, não aceita a convivência com homossexuais, negros, índios e outras minorias, como os deficientes físicos. Não admite dividir espaços públicos com pessoas que não sejam iguais a eles, misóginos, violentos e extremamente midiotizados. 

Diversos exemplos de nazi-doidos clássicos estão próximos a um movimento elitizado conhecido como MBL, ou Movimento Brasil Livre, que usa recursos financeiros de origem não declarada, para desenvolver as suas atividades, o que prova que não são livres coisíssima nenhuma. Representam sim os interesses de quem os financia e certamente não são os melhores para o povo brasileiro. 

O MBL protestou contra o ministro Teori Zaviaski, do STF, recentemente morto em acidente aéreo. Após a morte não ouvi um “pio” de desculpas dos “lutadores” do MBL. Uma das bandeiras do nazi-doidos é a defesa da liberação do uso indiscriminado de armas, o que se revela uma grande besteira.

Os nazis são o que se pode chamar de “cagalhões” e acham que uma arma na cintura lhes fará mais forte. O que essa gentinha não imagina é que se o uso de armamento for livre, o “adversário” dele também estará armado, e aí dá para imaginar as carnificinas diárias.

Em dezembro um doidão desses assassinou a ex-esposa e mais uma dezena de pessoas da família dela, em Campinas (SP), mostrando o quão são perigosos os nazi-doidos. 

No mesmo Estado de São Paulo uns nazisitinhas desmiolados espancaram e mataram um vendedor ambulante, que desenvolvia as suas atividades no metrô da Capital. O crime ocorreu porque os nazi-doidos agrediam um homossexual que passava pelo local. O vendedor, trabalhador honesto que ganhava a sua vida de modo decente, se incomodou com o ataque homofóbico e saiu em defesa do travesti. 

O ódio dos nazi-doidos se voltou contra ele, que foi espancado até a morte. Há motivos para nos preocuparmos com os nazis. Eles avançam celeremente na política e se utilizam de setores da igreja para concretizar suas maldades. O “papa” dos nazis, deputado Jair Bolsonaro, sujeito que diz ter pego em armas, mas nunca leu um livro, foi batizado no Rio Jordão por um pastor que também comanda um partido político. 

E quais são os métodos que os nazi-doidos deverão defender e aplicar na política e na igreja? Uma leitura da obra “Mein Kampf” (Minha Luta) escrita por Adolph Hitler, o “messias” dos nazi-doidos, dá uma ideia aproximada do que deverá ser a sociedade atingida por essas mentes perturbadas. 

O Nazismo é política de ditadura e governou a Alemanha entre 1933 e 1945 (Terceiro Reich), liderado por Adolf Hitler. 

A ideologia política nazi surgiu após a Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918), período em que a Alemanha foi destruída economicamente e humilhada em razão da derrota na guerra. Havia um sentimento de revolta entre os alemães, que culpavam o governo pela situação do país e exigiam mudanças drásticas. 

O Partido Nazi nasce em 1919, e a palavra é abreviação de Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, em alemão), que começava a disseminar ideais antissemitas entre a sociedade alemã. 

Os nazi-doidos originais alegavam que a culpa de todos os problemas da crise que enfrentavam era dos imigrantes judeus, dos comunistas e dos liberais. Eles "roubavam" as oportunidades dos "alemães puros", que segundo os nazistas pertenciam a uma "raça superior"; a chamada raça ariana. 

Pois bem. 

Em 1935 foram promulgadas as Leis de Nuremberg (não confundir com Tribunal de Nuremberg, que viria a punir esses assassinos) e se deu início à perseguição de judeus (excluídos de cargos públicos, do exercício de profissões liberais, do comércio e dos bancos, impedidos de frequentar cinemas, teatros e restaurantes). Foram obrigados a usar uma estrela-de-davi amarela costurada sobre a roupa para que fossem facilmente reconhecidos. 

Os judeus foram cruelmente executados e entre as vítimas haviam militantes comunistas, homossexuais, ciganos, eslavos, deficientes físicos, deficientes mentais, prisioneiros de guerra soviéticos, membros da elite intelectual polaca, russa e de outros países do Leste Europeu, ativistas políticos, testemunhas de Jeová, alguns sacerdotes católicos e sindicalistas, pacientes psiquiátricos e criminosos de delito comum. 

Essas pessoas pereceram nos campos de concentração e de extermínio e o número de vítimas dos nazi-doidos chega a seis milhões de seres humanos. O nazi-doido é o que há de pior da trilogia coxinha dos golpistas que saíram às ruas pedindo o fim da democracia e pela intervenção militar no Brasil.

O nazi-doido não é apenas o tonto do Militonto, nem tão somente o idiota do Midiota. O nazi-doido, além da encarnação da perversidade, da ignorância e da vilania, é a materialização da maldade e a própria essência do iníquo enlouquecido. 

Enfim, o nazi-doido é o fascista do qual falava o grande filósofo e jurista italiano Norberto Bobbio: "O fascista fala o tempo todo em corrupção. Fez isso na Itália em 1922, na Alemanha em 1933 e no Brasil em 1964. Ele acusa, insulta e agride, como se fosse puro e honesto. Mas, o fascista é apenas um criminoso comum, um sociopata que faz carreira na política. No poder, essa direita não hesita em torturar, estuprar e roubar sua carteira, sua liberdade e seus direitos. Mais do que a corrupção, o fascista pratica a maldade". 

Se encontrar um nazi-doido, fã de Bolsonaro, não titubeie: dê a ele um livro de história!

Antonio Cavalcante Filho, cidadão, escreve às sextas feiras neste Blog. E-mail: antoniocavalcantefilho@outlook.com

Fonte RD News


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